Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

29 abril 2007

Comunicação Real

Como é bom, logo pela manhãzinha, observar a harmônica dança das árvores ao vento, com seus mais variados tons de verde. Neste silêncio, o que se ouve são os sons naturais da vida pulsando. O som do vento nas árvores é tal e qual o som das marés: há um espaço de tempo sincronizado. O céu está azul e com poucas nuvens carregadas. O ar é gélido. Cães e pássaros completam a melodia matutina enquanto uma pequena águia, sem o menor esforço, tudo do alto observa em seu bailado circular. Ao lado de um pequeno viveiro de pássaros, um jovem rapaz macula o ar gélido com a fumaça de seu cigarro. Os mais variados tipos de pássaros que cruzam o bem tratado jardim, entoando seus cantos, nada cobram por sua arte.
A natureza só dá, enquanto que o homem, em tudo vê uma oportunidade de mercantilização. Agora, o sol começa a dar seu toque especial no topo das imensas árvores, o que faz ressaltar ainda mais a percepção da vida presente nelas.

Será possível haver uma real comunicação onde existe a presença de uma atitude de mente fechada causada pela crença no condicionado, naquilo que é convencional?
Por que nos agarramos ao conhecido através de várias formas de racionalização?
Por que as pessoas acham "normal" a recusa da escuta de um novo paradigma?
A dificuldade da transmissão da mensagem de um novo paradigma estaria na falta de assertividade do orador, ou na falta de receptividade do ouvinte por causa de seus condicionamentos?

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!