Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

29 março 2016

27 março 2016

26 março 2016

25 março 2016

Sobre a ausência de proximidade emocional, afeição e carinho


[...]
Out: O que acontece à criança que não encontra esse amor no ambiente familiar, que não encontra a proximidade emocional, a afeição e o carinho?

DB: cresce um ser disfuncional, desequilibrado.

Out: essa é uma necessidade; se a criança não encontra em casa, onde buscará?

DB: saquei: nas coisas, no mundo, bebida, relações.

Out: lembra-se de eu lhe falando que "não encontrava isso nos confrades?"... comprometimento... corremos o risco de continuar buscando isso no externo, numa sociedade de adultos adulterados adulterantes. Veja como isso é sério: não há como não se desapontar, pois apontamos no outro a responsabilidade de nos dar aquilo que não recebemos no lar disfuncional; não percebemos que o outro também não tem pra dar, ai queremos que um grupo nos dê isso, que o politico nos dê isso, que o guru nos dê isso, que a confraria nos dê isso... E o mais foda: que um deus idealizado nos dê isso. 

DB: A raiz da dependência psicológica de qualquer coisa externa é isso, essa falta de amor que não tivemos na infância; é verdade, Out. 

Out: se não percebemos nossa falta de autonomia psíquica, saímos pelo mundo feito bebês carentes e, de forma inconsciente, antes de nos desapontarmos com o outro (a quem apontamos a exigência de nos dar o que nossos pais não tiveram para dar) nos afastamos e os culpamos... Percebe o movimento neurótico que recria e alimenta o ressentimento original de nossa infância?

DB: Sim! Nossa cara, é inconsciente mesmo.

Out: Então, ao não ter nossa exigência infantil atendida, caímos na birra infantil e queremos "deixar de brincar de viver"... Queremos sair do mundo, seja pelo sexo, pela droga, pelos calmantes ou, numa atitude mais extremada, pelo suicídio. Precisamos de calmantes quando não encontramos seres calmos e amantes.

DB: !!!!!!

Out: Está conseguindo ver o tamanho do buraco da toca do coelho louco?

DB: Sim, cara; é maior do que eu imaginava; é muito complexo. Estamos cegos, pelo menos me vejo assim: totalmente inconsciente.

Out: Estamos num jogo de xadrez de transferência e contratransferência. 

DB: Só culpamos o outro pela expectativa depositada da falta de amor não recebido no passado.... Que loucura! Por vezes penso seriamente em me matar, mas essa percepção que você me passou, quebra o movimento do suicídio. É birra. Eu te juro, Out: todos os dias acordo tenso e ansioso, mas ainda não sei o porque; estou escrevendo tudo o que passa na minha mente; por enquanto, o que achei foi uma extrema preocupação com minha saúde, com o modo de sobreviver.

Out: Me parece natural; se não fosse isso, talvez você já teria se matado ou enlouquecido. O problema é se esse sentimento natural (que advêm da percepção de nossas carências), extrapola a naturalidade e torna-se uma neurose, uma obsessão paranoide. Percebe? É comum ver isso, principalmente nos mais idosos... Só falam de doença. É a sua atual preocupação, que se tornou crônica. 

DB: Vejo que isso sempre existiu; agora que você falou isso, é verdade. 

Out: É a grande sacada do filme "Revolver"... Sofremos pela necessidade do tapinha nas costas, de sermos aceitos, vistos como seres importantes. E de onde vem isso? Não seria da infância?

DB: Sim, infância!

Out: Transferimos de forma inconsciente essa necessidade da fase infantil e a grande maioria parece se melindrar quando não recebe conforme a expectativa inconsciente... Sua mãe tem isso e cobra de você; você não dá, então, ela se sente no direito de surtar. Seu pai tem isso e cobra de você; você não dá, ele surta. Você tem isso e cobra deles, como eles não têm, você surta. Sua irmã tem isso e cobra de você; você não tem, ela surta. Você faz o mesmo com sua irmã: ela não tem, você surta. Levando mais longe ainda, você cobra isso do politico: ele não tem, você surta, bate panela, sai em passeata, pede pela ditadura (mais uma fora a do lar) e pede impeachment... Você não acha um abençoado nesta terra pra te dar isso, então, você idealiza um Deus conforme a sua imagem e semelhança... Ele não dá, você surta e vira um amargo ateu praguejante... Percebe a veracidade desse movimento insano?

DB: Nossa! Agora isso ficou muito claro! Movimento insano mesmo: a todo momento, transferência de uma necessidade fundamental que não recebemos.

Out: Então, para sermos aceitos, criamos um mundo de "segredos e mentiras" e, se alguém expõe essa mentira, queremos matá-lo. Não fui aceito quando fui eu mesmo, então crio uma máscara, e se essa máscara é percebida como máscara, então, me desespero: quero logo matar ou me matar.

DB: Para sair disso, só uma experiencia religiosa irreversível? Eu não sei! Não penso direito; se a pergunta foi idiota, desculpe.

Out: Veja, já está criando expectativa, só que agora, na experiência religiosa...

DB: Puutz!!!

Out: E já carregamos um condicionamento do que seja a tal experiência religiosa. Essa expectativa nos vêm por causa do desespero de se ver novamente na solidão; de se ver novamente abandonado aos próprios sentimentos não compreendidos que nos remetem novamente à situação da infância... Faz sentido para você?

DB: Cara: é um grande labirinto mesmo.

Out: Por isso o nome do filme: "Revolver"... Não quero "ré volver", então, penso logo no revolver e um balaço na cabeça...

DB: Faz sentido sim... Revolver,  é isso: voltar ao lar... Caramba, meu! 

Out: Não quero passar novamente por tudo aquilo; não quero me ver como aquela menininha trancada dentro do armário da cozinha; não quer ter o mesmo medo dela; não quero ver que meu pai tinha as mãos pregadas na mesa da adulteração psíquica do lar disfuncional; não quero ver que meu tio estava perdido no meio de suas dividas emocionais, perdido na máfia do jogo da adulteração. 

DB: Mas eu acho que temos que estar como você e a Deca para olhar para isso, porque do jeito que estou, de verdade, acho que se eu ver a infância... Fudeu!

Out: Não queremos ver que o Sr. Gold adulterou todo mundo... Só o adulto que somos poderá dar "colo" para a criança amedrontada (essa, para mim, é a libertadora experiência religiosa)

DB: É um paradoxo! Não entendo essas coisas...

Out: Os padres quiseram dar seu colo para nossa criança ferida e, muitos deles, nos feriram ainda mais.

DB: Sim, abusaram mesmo! E os professores também! Não sei porque os anônimos trabalham com a ideia de deus porque isso fode mais ainda. Eu estava lembrando de algumas coisas... Os professores fuderam comigo.

Out: Com grande parte de nós; alguns sofreram abuso sexual de padres, professores e de "amiguinhos" da escola: o troca troca sem troca real.

DB: Meu deus! 

Out: Nossa necessidade de afeto foi adulterada pela sexualização; nossa necessidade de aceitação foi adulterada pela sexualização... Consegue ver isso, ou soa como loucura?

DB: Consigo sim, isso eu consigo ver; dá até mal estar... Eu só queria a solução. Por vezes, sinto que seria melhor explodir essa merda, pois parece não ter solução. Eu sei que é imaturidade. 

Out: Isso é o sentimento da criança assustada que também não via solução lá naqueles tempos; ela entra em pânico e acha que agora vai ver ser da mesma forma; mas veja: você agora não está mais só! Agora você tem com quem pensar alto; tem com quem falar de forma aberta e franca. Já não precisa mais se esconder embaixo da cama ou atrás do sofá ou da cortina da "sala de mal estar"... Você pode falar dos seus sentimentos, da sua confusão e do seu desespero... Pra isso os Anônimos e as Testemunhas Esclarecedoras. Só não podemos mais fugir, não podemos mais evitar o enfrentamento. Lembra-se da primeira frase do filme "Revolver"?

DB: Não, qual era?

Out: "Postergar a luta é dar mais força ao inimigo!"

DB: "PQP"!!!!

Out: Aquela prisão do filme "Revolver", bem que pode ser vista como a prisão de nossa história.

DB: Cara, faz muito sentido isso, muito mesmo! Hoje vou para os anônimos; não vou faltar. 

Out: Veja que na saída da prisão, ele é acompanhado por dois vultos (seria uma representação da família?)... Os carrascos afetivos, os carcereiros emocionais?

DB: Puutz! Carrascos afetivos!!!!!! Boa! 

Out: E ele só manteve contato com livros, do mesmo modo como você se encontra agora!

DB: É verdade! kkkkkkkkk

Out: É você hoje, tentando entender a equação matemática da sua vida

DB: !!!!!! É bem isso que você disse: mas a matemática nunca bate! 

Out: É como nos avisa o filme "Revolver": ninguém admite isso, nem pra si mesmo, mas o processo de adulteração psíquica está por trás de toda dor que já existiu, por trás de todos os crimes que foram cometidos... Tenho que sair agora; vou almoçar; volto já! Valeu a prosa! Até mais tarde!

DB: Ok!

15 março 2016

13 março 2016

08 março 2016

Mentes barulhentas

Outsider

Em busca de um toque Interestelar


Celsão: Bom dia, Outsider!...Você e a Deca estão bem?
Out: Bom dia! Aqui, beleza! E com você?
C: Estou bem tranquilo...
O: Que bom!
C: Assisti o filme Interestellar...
O: E aí? Novidades de percepção? Já assisti umas sete vezes. Esse filme é fantástico!
C: É de uma dimensão muito alta. Estou percebendo muito das nossas conversas de anos e anos... Tudo para mim, hoje se encaixa. Parece até um quebra-cabeça cósmico.
O: Esse quebra-cabeças nunca será revelado enquanto não compreendermos onde é que nossa cabeça foi quebrada.
C: O engraçado é que têm coisas que você falou pra mim, há uns oito anos atrás, e que só hoje estou compreendendo. Isso é incrível...
O: vou te convidar a revisitar sua história, livre de qualquer pessoalidade emocional; perceber onde e quando sua "Conexão Interestellar" foi corrompida.
C: Então, em algum momento foi quebrada?
O: Perceber onde e quando você foi desconectado, no tempo e espaço, através dos "cientistas chefes parentais e sociais", onde foi retirado da sua mente o seu "transmissor", fazendo com que você ficasse caído, com dores que impediam a clareza do olhar, impotente e isolado de uma comunicação real com o mundo que o cerca; impotente e estendido no solo de um mundo de "gélidas e ácidas emoções"... Num mundo "sem nutrição emocional e espiritual".
C: Entendi: voltar a se ligar... Um contato direto com a fonte...
O: Descubra quem foi o "Dr. Mann" que desviou sua vida.
C: Entendi.
O: Descubra quem foi o "Dr. Brand" que lhe enfiou um mundo de mentiras; um mundo de crenças não questionadas e comprovadas. Descubra quem encheu sua casa mental e emocional com a "infectante poeira sistêmica"... Quem afetou sua gravitação psíquica.
C: Fez a lavagem cerebral na minha casa... Quem me corrompeu cosmicamente...
O: Quem fez você dar tanta importância ao "tempo psicológico", ao tempo do relógio... Quem te fez se tornar prisioneiro num quarto fechado, cercado de livros; totalmente perdido e solitário; sem saber seu rumo...
C: O meu próprio ego...
O: Seu ego?... Então, você está mais perdido do que eu imaginava (risos).
C: Sim... Deve ser a minha própria sede interna por poder.
O: Seu ego foi só o mecanismo de defesa, que você criou para sobreviver nesse "planeta em decadência", o qual desde a mais tenra idade, nos força "o uso de máscaras de sobrevivência".
C: Devo ter me perdido de mim mesmo.
O: Se quiser saber o que é vida, terá que entrar num planeta em que tudo é visto de ponta cabeça... O ponta cabeça é que é o mundo correto... Nascemos de ponta cabeça, mas temos que viver de pé. O problema é que a vida toda, devido os Dr. Mann e Dr. Brand que surgem em nossa vida, continuamos andando de ponta cabeça. Se quiser saber o que é vida, terá que se lançar no espaço do autoconhecimento, sem defesa nenhuma, sem nave nenhuma, sem proteção nenhuma, sem desejo nenhum, sem apego parental nenhum. Sem pisar nas desconhecidas cordas, você não acorda.
C: "Totalmente vulnerável, Dean"... frase do filme "Poder além da vida".
O: Celso, veja bem, ocorreu um novo insight...
C: Diz...
O: Tivemos a nossa vida roubada; nossa vida foi roubada por adultos que também tiveram suas vidas roubadas.
C: Sim, certo! 
O: Fomos padronizados psicologicamente por pessoas padronizadas; funcionamos através de padrões e estamos inconscientes desses padrões. Em tudo estamos padronizados. Por exemplo, até mesmo em como ver a questão da gravidade e da energia.
C: Sim, claro..
O: Não percebemos que somos um "pacote de padrões" reagindo a outros "pacotes de padrões"... O que escrevo vai tocar seus padrões; você vai reagir conforme seus padrões e não ao que escrevo.
C: Sim, vai bater no fundo.
O: Então, não há relação de fato... Só há choques de padrões.
C: Não existe troca...
O: E um dos padrões é que temos que ser hipócritas. Isso porque temos medo de criar crises (o que também é um padrão).
C: Entendi...
O: Por medo. Para evitar isso, entramos no padrão do isolamento.
C: Para não termos choques.
O: Cada um se torna um Dr. Mann em seu isolado mundinho gelado, tentando sobreviver com seus poucos recursos tecnológicos, mantendo contato com "robôs"... De certo modo, estamos todos robotizados.
C: Sem contato...
O: Atacando os outros, de modo covarde, para sair desse mundinho gelado de isolamento.
C: Outro padrão que criamos para nos sentirmos melhores...
O: Temos por padrão, não conseguir cooperar... Temos por padrão a competição. Resumindo: sem perceber onde estamos padronizados, sem perceber nossos padrões reativos, sem perceber a natureza exata da instalação dos padrões, não há como saber o que é VIDA NUTRITIVA. O problema é que, olhar isso com seriedade, causa dor... 
C: Sem vida não existe o contato.
O: E todo fogem da dor! Todos... Todos... Todos!
C: A dor cria uma reação.
O: Ninguém quer olhar onde é que foi roubado de si mesmo. Todos preferem a negação e a idealização.
C: Porque gera muita dor.
O: A negação e a idealização do ambiente original cria o padrão de perpetuação da dor, tanto em si mesmo como no ambiente através de seu derrame. Sem olhar isso, sem passar por isso, não há amor; há tão somente um pacote de convenientes padrões. Sofrimento e repetição dos mesmos. Estou escrevendo o livro sobre Nós, Adultos Adulterados Adulterantes.
C: Legal... Me avisa, pois quero ler.
O: No momento, estou trabalhando o capítulo: Inventariando a natureza emocional do ambiente inicial... Isso é bem retratado no filme Interestellar. Trata-se do importante reconhecimento inicial de que, o que plantávamos, não está dando mais colheita; não está possibilitando vida com qualidade; só está nos robotizando emocional e tecnologicamente e, consequentemente, nos tornando seres insensíveis por demais (isso fica claro no filme, através do padrão emocional dos personagens cientistas). Perdemos a sensibilidade à Graça (representada pela personagem Amelia Brand). Ela está ao nosso lado, mas nosso embotamento, nossas preocupações, nossos variados modos de apegos, nos impedem de percebê-la. Quem não foi percebido, tem enormes dificuldades de percepção. A Graça está perdida num mundo distante; a Graça está solitária num planeta distante, esperando por nós; ela pede por uma "exploração de nós mesmos", pede para que exploremos o solo de onde viemos para que possamos nos deparar com o solo que somos; isso só é possível se nos aventuramos no desconhecido "Buraco Negro" de nossa infância. 
C: Entendi...
O: Ousar se lançar e sentir durante a travessia, os impactos da turbulência... É no meio dela que se dá o primeiro e breve contato com a Graça... Por mais leve que seja esse toque, ele nos maravilha, ele nos transforma; lembra-se da cena em que a Amelia Brand toca a mão desconhecida em meio da turbulência?
C: Sim.
O: Quando voltamos dessa exploração — que demanda longo anos —, as pessoas significativas de nossa vida já não se mostram os mesmos; os vemos de forma diferenciada, pois já não os vemos com o ranço do tempo, com o ranço do padrão que cria a "cegueira emocional"; já não os vemos com nosso velho olhar padronizado. 
C: Entendi: tudo se faz novo...
O: E eles também não nos reconhecem do mesmo modo, pois, energeticamente, psicologicamente, espiritualmente — se me permite o uso desta palavra —, estamos transmutados. E o mais maravilhoso dessa viagem por espaços nunca antes explorados, é que não fica nenhuma forma de apego; ao contrário, as relações passam a ser um incentivo mútuo de irmos para nós mesmos, para irmos em busca do resgate da Graça, para irmos em direção ao solo em que a Graça pisa
C: Porque eles estão nos padrões e nós não...
O: O filme deixa claro o padrão comum estabelecido de se dar excessivo valor à Tradição, com seu apego parental. 
C: Sim, percebi...
O: Isso fica bem explícito quando fazem o "Museu da Casa Cooper". Fica claro como nossa cultura é presa fácil do "Tempo Psicológico".
C: Está tudo dentro do tempo psicológico... O planeta todo, assim como nós, estamos dentro disso...
O: A maioria está sendo sufocada por essa "escura poeira sistêmica", que nos rouba o ar e dificulta nossa clareza de visão; perceber isso, já é caminhar em direção à possibilidade de novos mundos. 
C: Sem dúvida!
O: A troca de figurinhas está ótima, mas, preciso sair para buscar a neta na escola. Até outra hora. Um forte abraço!
C: Outro!

Reconhecimento

Outsider

Hipocrisia e sadismo

Outsider

Gostou? Então compartilhe!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Postagens populares

Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!