Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

12 agosto 2008

TV destrói relacionamento


A televisão nos transformou numa nação de VOYEURS que só se excita vendo os outros agirem... a televisão diminui a vigilância, inibi a ação, cria um cinismo sensório, produz mentes estreitas e rigidamente delimitadas, programa o inconsciente com sonhos emprestados, destrói o apreço pela complexidade e cria uma mentalidade que compra a visão comercial da vida... quanto mais atraente se torna a televisão, maior a probabilidade de um dia acordarmos e descobrirmos que nos esquecemos de viver.

A existência dos comerciais de televisão depende de nossa passividade, do não questionamento, da obediência às falsas mensagenzinhas de aparente entusiasmo que as heroínas oficiais sopram em nosso ouvido, de seguirmos o conselho das cínicas "personalidades" que emprestam seu nome para nos convencer de que um toque de açucar faz bem. Não faz! É preciso ser estúpido para que o sistema funcione. Mude de canal!

Quem controla os sonhos de uma nação detém o poder de formar a realidade. Os criadores de imagem, os fabricantes de heróis e heroínas, os contadores de histórias, os bardos oficiais configuram nossos desejos e governam o que iremos amar. Já tivemos nossos bardos, os trovadores itinerantes, os piquiniques familiares onde os tios contavam coisas engraçadas que nossos pais faziam quando crianças e avós que se lembravam do começo dos tempos. Agora, no máximo, temos as novelas em capítulos que nos são oferecidas por um patrocinador para quem somos cópias carbono, consumidores em série. Pelas imagens que mostra e detém, a televisão molda nossos desejos.

Sam Keen

01 agosto 2008

Sou como a Lua:

Sou como a Lua:
Tenho várias fazes,
Vários ângulos,
Me modifico diariamente...
Nunca sou o mesmo.
Há quem reclame!
Sou novo,
Minguante,
Cheio,
Crescente,
mas, não crente.
E se enganas
Ao apontar o dedo para mim;
Aquilo que vês,
Assim como a Lua
É somente minha metade.

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!