Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

30 setembro 2015

Reverberação

Outsider

Fuga espiritual

Chafurdados em meio de nossa antipatia, arrogância, autoconsideração, autopiedade, avareza, ciúme, cobiça, cólera, crueldade, dependência emocional, desconfiança, desonestidade, discórdia, egotismo, espirito de disputa, exibicionismo, exploração, fascinação, ganância, grosseria, gula, identificação, ilusão, incapacidade de amar, inconformismo, inconsciência, incredulidade, indiferença, iniquidade, injúria, intelectualismo livresco, intolerância, inveja, ira, irresponsabilidade, irritação, lascívia, luxúria, maledicência, manipulação, masoquismo, medo, mentira, narcisismo, ódio, ofensibilidade, orgulho, paranoia, partidarismo, pessimismo, possessividade, preguiça, prepotência, ressentimento, retalhação, sadismo, sentimentalismo, soberba, sonhos, suscetibilidade, tradicionalismo, vaidade, vingança, voyeurismo — entre tantas outras coisas mais —, queremos com facilidade e de modo inconsciente, fugir disso tudo, por meio da busca do “Eu Sou”... Nessa ilusão, só pode ser triste, o fim para nosso Policarpo Quaresma...

Outsider

Práticas espirituais

Outsider

Modismo espiritual

Outsider

28 setembro 2015

Sacrifício

Outsider

Família e loucura

Outsider

Explicação

Outsider

Será possível um estado de ser livre de conflito?

Será possível um estado de ser livre de conflito? Ou temos que nos contentar com a minimização dos conflitos? Eu não vejo que isso é possível: eu sei! Foi vivido isso intensamente, mas não há isso hoje, aqui e agora; há um estado livre de qualquer conformismo, livre de qualquer escolha, livre de qualquer limitação psicológica, isso, quando a mente não está presente. Quando a mente está presente, procuramos "dar sentido" as coisas; quando a mente não está presente, tudo tem seu sentido — que não é o sentido da mente; o sentido da mente é sempre condicionado...

Outsider

24 setembro 2015

Desonestidade

Outsider

Vício de aceitação

Outsider

Escuta, Israel, escuta!

Cálculos, cálculos, cálculos... conjecturas, conjecturas e conjecturas, para fugir da não compreensão do estado de ser que faz buscar por cálculos, cálculos, cálculos, conjecturas, conjecturas e conjecturas, em cima do que disse o Out, em cima do que disse o Krishnamurti, em cima do que disse o Nisargadatta, em cima do que disse Lao-Tsé... Vamos continuar com cálculos, conjecturas, dúvidas, buscas, enquanto não conseguirmos ficar sentados, em silêncio, observando a realidade do estado de ser que nos faz buscar pelo Out, o Krishnamurti, o Lao-Tsé, o Nisargadatta e quinhentos mil nomes aí que forem surgindo...

Compreender o estado de ser que nos faz surgir, inclusive a vontade de vir aqui neste grupo, ir ao Blog, ir em qualquer canto... isso só ocorre com o tempo; por isso que continuo dizendo, independente do que fale qualquer mestre: há um processo! Há um tempo de prontificação! O próprio Krishnamurti, ou qualquer outro mestre precisou de um tempo de assimilação; precisou de um tempo de percepção, para que ocorresse um estado criativo e aí ele pudesse falar à partir desse estado criativo.

É preciso nos questionarmos: Qual é o estado de ser da qual parte a busca? A natureza exata dessa busca está em compreender o estado que motivou a busca, ou é só mais uma estratégia de fuga criada pela mente, para que não ocorra a compreensão do "estado de ser" que motiva essa busca?...

Vejo que, durante muitos anos, a busca é uma fuga do nosso confuso estado de ser; estamos tão confusos, que não sabemos nem mesmo a qual escola seguir ou a qual mestre escutar (se é que todas as nossas formas de cálculos, conjecturas e nossas "disfarçadas disputas", nos deixam escutar alguém... elas não deixam!). Sempre está lá o cálculo, a conjectura e está sempre o nosso espírito de disputa, que nos impede de podermos, de fato, escutar, que nos impede de podermos "confiar".

E o resultado disso aí? Qual que é?... De tanta fuga por conhecimento, nós criamos a nossa própria "Torre de Babel", uma vez que os mestres sempre acabam se contradizendo, uns aos outros; e com isso, a "natureza exata" do nosso conflito, a "natureza exata" do estado de ser que nos leva a partir para a busca, permanece sem ser compreendida.

A coisa toda seria muito mais fácil se soubéssemos escutar; o triste, é que nós não sabemos escutar; nós "pensamos" que sabemos escutar. Nossa escuta sempre pára nas imagens, nas palavras, nas conjecturas e no cálculo. Raramente se dá um momento de "reverberação"; aliás, quase nenhum de nós pára para meditar no que significa, quando nos é pedido para "deixar reverberar"... Nossa busca de certeza, de segurança e de auto-afirmação, impede o escutar; impede o reverberar. A questão do escutar, a questão do reverberar é tão importante, ela é tão essencial, que se pegarmos em algumas artes antigas, veremos que os anjos, os querubins, são representados com suas trombetas, não na boca, mas nos ouvidos; mas a "mente diabólica" ela impede a escuta dos anjos que nos falam... Não há como!

Não queremos, de fato, escutar, para não termos consciência do quanto somos... desonestos...

Outsider

23 setembro 2015

Deserto do real

Outsider

Certifique-se

Outsider

A maior das mentiras

Outsider

Da diferença da qualidade das escolas

A crise iniciática nos abre a porta do caminho do autoconhecimento, o qual traz consigo, um processo de re-família e também de re-educação. 

A crise iniciática nos apresenta "novos pais e novos padrinhos conscienciais". Ela nos apresenta novas escolas com seus novos mestres, com seus novos cursos e novas matérias, as quais não nos direcionam para o irrefletido vício de colecionar matéria morta, mas sim, para a restauração do olhar capaz de perceber a VIDA que anima toda manifestação e matéria. 

Nas escolas sistêmicas, aprendemos conhecimento; nas escolas iniciáticas, desaprendemos o espírito pelo qual nos foi passado o conhecimento e, ao assim fazê-lo, nos possibilita o encontro com a Sabedoria, encontro este que aguçá  a inteligência com a qualidade do Amor Integrativo, que sabe fazer o correto uso do conhecimento adquirido. 

As escolas sistêmicas nos apresentam estados com suas capitais; as escolas iniciáticas nos capacitam estados conscienciais.  

Nas escolas sistêmicas, somos forçados ao uso de um uniforme; nas escolas iniciáticas, aprendemos a ir além do ajustamento forçado das aparências e das formas, para que assim seja possível a integração no Uno, onde toda dualidade se perde. 

Nas escolas sistêmicas, chegamos quase que como uma folha em branco, uma vez que já haviam nela, rabiscos e rasgos das mais variadas matizes, causados pela nossa família de origem; As escolas iniciáticas têm a função de, com sua dor, nos tornar o necessariamente "rasos" no que diz respeito ao conhecimento adquirido e na memória de toda forma de rabisco e rasgo emocional; elas nos apresentam a borracha da observação sem escolhas, onde todo rabisco emocional pode ser devidamente apagado da memória. Sem a manifestação desse "estado raso", não podemos ser como um "soldado raso", devidamente prontificado para ter soldado as suas fragmentações psicológicas, através da purificadora chama do Ser que somos.

As escolas sistêmicas se preocupam apenas em nos tornar funcionais gladiadores na estreita arena da matéria e do capital. As escolas iniciáticas se preocupam em nos facultar o estado de prontificação para que seja possível a manifestação da escuta da voz mansa e suave do coração. Não existe tal coisa como "teste vocacional", que seja capaz de apontar aquilo que só o coração pode nos apontar. O que o sistema tem por teste vocacional, traz consigo o mesmo resultado de querer escrever com um lápis sem ponta; lhe falta a ponta que aponta, mesmo que por linhas tortas. 

A escola sistêmica nos "forma"; as escolas iniciáticas nos "integram".

As escolas sistêmicas nos mesmerizam; as escolas iniciáticas reluzem nossa originalidade. 

As escolas sistêmicas nos tornam "donos"; as escolas iniciáticas nos devolvem ao coração de nosso único dono, onde toda forma de dano, pode chegar ao seu findar. 

Outsider

17 setembro 2015

11 setembro 2015

Casamento

Outsider

Olhar ácido

Acidez: essa é a realidade de quem está sob os domínios da mente adquirida. Não tem mais nada para dar, pois a visão está centrada no ego livresco e não num coração integrado. Não é uma visão cujo único espírito é o de esclarecer e integrar, mas sim, de atacar e chocar. A mente adquirida nunca saberá o que é amor e compaixão, visto que ela só sabe causar, só quer polemizar. Esse é o seu modo de dizer: "Olhem pra mim, eu existo! Vejam como sou inteligente... Me aplaudam, me reverenciem... Tenham medo de mim!"

Nesse tipo de olhar, nunca teremos uma revolução, apenas o aumento de confusão e divisão. Isso é bem natural enquanto estamos na infância espiritual; é uma espécie de birra infantil; é uma forma de dizer: "não brinco mais... estou de mal". É  pura vaidade intelectual.

Esse olhar ocorre porque, de fato, SOMOS TRISTES; em nossa arrogância tentamos esconder dos outros — e de nós mesmos — nossa triste realidade interna.

Quando rimos, nosso riso é de desespero; nosso riso é de solidão. É um riso que sabe que não dá mais para viver aquilo, mas que também desconhece AQUILO  que está para além daquilo. Nesse confuso labirinto, somos o sujo falando dos maltrapilhos. São apenas dois lados da mesma moeda, cujo sistema econômico defendido é O EGO.

Quando sob o domínio da mente adquirida, mantemos um riso amarelo que não tem a clareza do AMOR. Nosso riso é um riso de medo; medo de que saibam o que fomos ontem, o que somos hoje e o medo do que seremos amanhã.

Quando na mente adquirida, desconhecemos o amor, só temos apego, dependência e interesse.

Outsider

10 setembro 2015

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!