Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.
30 julho 2017
27 julho 2017
22 julho 2017
19 julho 2017
A voz do coração
Tente escutar seu coração. É preciso deixar ressoar uma voz do coração, pois as vozes da mente se contradizem; nelas que giramos em círculo. São elas que atrapalham a escuta do coração. É PRECISO PENSAR PELO CORAÇÃO. A voz do coração é o insight libertador. A mente traz as mais absurdas ideias, quase sempre assustadoras, quase sempre de derrota. A mente fica sempre calculando, medindo, mas não chega num consenso esclarecedor. Por isso, nosso impulso precisa ser para aquietar a mente para que o coração se manifeste em sua TOTALIDADE. É pelo coração que se manifesta a paz que transcende toda tentativa de entendimento por parte do intelecto. Sem essa paz, não somos livres. A mente funciona no automático trazendo pensamentos que nada tem a ver com a realidade. Pensamentos bestas, bobos, que não ajudam em nada... Projetam memórias dispersivas, as quais servem para impedir a manifestação do silêncio contemplativo.
Quando não temos a consciência do observador, somos facilmente hipnotizados pelo fluxo das imagens e suas decorrentes emoções. É o observador que funciona como que um "fio terra" no agora.
Ok! Chegamos até aqui: estamos absurdamente doentes mental e emocionalmente. Pode essa mente doente, por si mesma superar tal estado doente?
O lance é ler as emoções e os pensamentos, sem se assustar com a leitura. ALGO MAIOR precisa se manifestar, tipo um INSIGHT ESCLARECEDOR, que nos tire da consciência condicionada e nos devolva à Consciência Primordial incondicionada.
A dissolução da consciência dependente não se dará pelo esforço da mente. O vício do desabafar não outorga a capacidade de amar. A dissolução da consciência egóica requer uma observação heróica.
A mente adquirida pode, no máximo, fazer um excelente mapeamento de seu processo de adulteração. A transcendência da mente adquirida não se encontra nos limites de sua consciência.
"O coração humano não descansará até compreender quem, e o que ele é. Sem a visão de não-dualidade, você será forçado a continuar procurando." - Vedanta
Outsider
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Escolho meus amigos pela pupila
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde