Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

30 novembro 2010

Escravos do preconceito alheio


Passeata, upload feito originalmente por NJRO.
As pessoas crescem e fazem suas escolhas.

Algumas não crescem nem escolhem, mas acabam sendo escolhidas pelas vagas do momento, pelos ventos da estação, e jamais deixam de ser exatamente isso: escravos do preconceito alheio.
Reinaldo Azevedo


Passeata

Volta ao Lar

saotome7
Em busca do Eu por Nelson Jonas

Você reconhecerá que voltou ao seu estado natural pela completa ausência de todo desejo e medo. Além do mais, na raiz de todo desejo e medo, está o sentimento de não ser o que você é. Assim como uma junta deslocada dói enquanto está fora do lugar, e é esquecida tão logo volte à sua posição correta, assim toda auto-preocupação é [também] um sintoma de uma distorção mental, que desaparece tão logo se volte ao estado natural.

Nisargadatta Maharaj

28 novembro 2010

Capitalismo Parasitário


Título: Capitalismo Parasitário
Subtítulo: E outros temas contemporâneos
Autor: Zygmunt Bauman
Tradução: Eliana Aguiar
Editora: Zahar
Edição: 1
Ano: 2010
Idioma: Português
Capítulos Especificações: Brochura | 96 páginas
FICHA TÉCNICA
ISBN: 978-85-3780-205-2
Peso: 160g
Dimensões: 210mm x 140mm

Intérprete perspicaz da realidade, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman lança seu olhar crítico sobre temas variados do mundo contemporâneo: cartões de crédito, anorexia, bulimia, medo, a crise financeira de 2009 e suas possíveis soluções, a inutilidade da educação nos moldes atuais, a cultura como balcão de mercadorias.

Todos são fenômenos que colaboram para o mal-estar dominante nas sociedades e estão brilhantemente relacionados ao conceito de liquidez desenvolvido pelo sociólogo. Em "Capitalismo parasitário" é possível encontrar exemplos do pensamento do autor em ação, sempre cortante, cirúrgico e esclarecedor.

Há quem julgue a visão de Bauman pessimista e sombria. Para esses, o sociólogo responde com a viva esperança na capacidade humana de elaborar alternativas ao que pode parecer uma realidade imutável.

Leia trecho:
....

Sem meias palavras, o capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode prosperar durante certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento. Mas não pode fazer isso sem prejudicar o hospedeiro, destruindo assim, cedo ou tarde, as condições de sua prosperidade ou mesmo de sua sobrevivência.


Escrevendo na época do capitalismo ascendente e da conquista territorial, Rosa Luxemburgo não previa nem podia prever que os territórios pré-modernos de continentes exóticos não eram os únicos "hospedeiros" potenciais, dos quais o capitalismo poderia se nutrir para prolongar a própria existência e gerar uma série de períodos de prosperidade.


Em tempos recentes, assistimos a outra demonstração concreta da "lei de Rosa", o famigerado affaire das hipotecas, que estão na origem da atual recessão: o o expediente de fôlego curto, deliberadamente míope, de transformar em devedores indivíduos desprovidos dos requisitos necessários à concessão de um empréstimo. A única coisa que eles inspiravam era a esperança (um tanto astuta, mas vã, em última análise) de que o aumento dos preços das casas, estimulado por uma demanda artificialmente inflada, pudesse garantir, como um círculo que se fecha, que os "compradores de primeira viagem" pagassem os juros regularmente (pelo menos por algum tempo).


Hoje, quase um século depois de Rosa Luxemburgo ter divulgado sua intuição, sabemos que a força do capitalismo está na extraordinária engenhosidade com que busca e descobre novas espécies hospedeiras sempre que as espécies anteriormente exploradas se tornam escassas ou se extinguem. E também no oportunismo e na rapidez, dignos de um vírus, com que se adapta às idiossincrasias de seus novos pastos.


No número de 4 de dezembro da "New York Books Review", no artigo intitulado "The Crisis and What to Do About It", George Soros, brilhante analista econômico e praticante das artes do marketing, apresentava o percurso das aventuras capitalistas como uma sucessão de "bolhas" que, em regra, se expandem muito além de sua capacidade e explodem assim que atingem o limite de resistência.


A atual contração do crédito não é um sinal do fim do capitalismo, mas apenas da exaustão de mais um pasto. A busca de novas pastagens terá início imediatamente, alimentada, como no passado, pelo Estado capitalista, por meio da mobilização forçada de recursos públicos (usando os impostos, em lugar do poder de sedução do mercado, agora abalado e temporariamente fora de operação).


Novas "terras virgens" serão encontradas e novos esforços serão feitos para explorá-las, por bem ou por mal...



Fonte: Folha UOL

Constatações sobre as ações no Rio

Passeata


Recebi esta pérola de comentário de um conhecido do Orkut:

"Enquanto as forças armadas invadem a favela destribuindo balas perdidas e assustando intermediários dos grandes traficantes que moram bem longe dali... a elite festiva e os filhinhos bacanas de classe média organizam festinhas com ervinha de primeira e pózinho pra nenhum nariz empinado botar defeito.... 

Viva-se com tanta hipocrisia... Acho melhor irmos dar milho aos pombos e deixar que tudo se exploda, amigo Jonas...


Quem tiver olhos de ver, que veja!

Enquanto isso, o povo...



Horizonte Perdido - 1937

Horizonte Perdido

(Lost Horizon, 1937)
• Direção: Frank Capra
• Roteiro: James Hilton (livro), Robert Riskin (roteiro adaptado)
• Gênero: Aventura/Drama/Fantasia
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 118 minutos
• Tipo: Longa-metragem
• 10° Oscar - 1938

• Sinopse: Em março de 1935, Robert Conway,soldado, diplomata e herói britânico, é enviado à cidade chinesa de Baskul, a fim de retirar cerca de 90 cidadãos ocidentais, antes que os mesmos sejam mortos por uma revolução local. Depois concluir sua missão, juntamente com seu irmão, George, e três outros refugiados, Conway embarca num DC-2 com destino à Xangai. Após algumas horas de vôo, descobrem que o avião em que se encontram foi seqüestrado por um piloto mongol e que estão voando na direção oposta à Xangai, rumo às montanhas do Himalaia, no Tibet.

O avião mantém seu rumo até que, por falta de combustível, o piloto se vê obrigado a fazer um pouso de emergência numa região desolada e inteiramente coberta de neve. No impacto com o solo, o piloto morre. Segundo um mapa encontrado na cabine de comando, Conway conclui que se acham numa região jamais explorada.

Quando tudo parece perdido, um grupo de caminhantes chega ao local. Seu líder, Chang, fala inglês e diz pertencer a um mosteiro da região. Após receberem roupas apropriadas ao rigoroso clima local, os sobreviventes seguem com Chang e seu grupo até um ponto onde, ao atravessarem um portal, deparam-se com uma bela, ensolarada e fértil terra, um verdadeiro paraíso. Chang dá as boas-vindas à Shangri-lá, uma comunidade com magníficas estruturas em mármore, belos jardins, terraços, fontes e piscinas, formando o

Lamasery, um mosteiro tibetano. Aos hóspedes, são dados confortáveis e luxuosos aposentos.

Nesse refúgio espiritual, não há soldados nem polícia porque não há guerras nem crimes. Ocorrem, apenas, raras disputas por mulheres, sem maiores conseqüências. Vários tesouros culturais, tais como livros, instrumentos, esculturas, foram trazidos por carregadores ao longo de séculos.

No dia seguinte, Conway vê quando Sondra, uma jovem do local, passa a cavalo em direção a um bosque. Ele a segue e a encontra a nadar nua numa enorme piscina natural formada por uma cachoeira. Ele fica fascinado por sua beleza.

Em conversa com Conway, Chang diz que Shangri-lá foi construída pelo padre Perrault, um belga e primeiro europeu a chegar ao "Vale da Lua Azul", onde se acha a atual comunidade. Ao terminar a construção de Shangri-lá, o religioso estava com 108 anos e ainda bastante ativo. Conway revela a Chang que, pessoalmente, está muito feliz ali, mas que seu irmão e os outros acham-se ansiosos para voltarem à civilização. Assim, pergunta-lhe qual é o verdadeiro motivo de os manterem como verdadeiros prisioneiros de luxo. Chang lhe responde que somente o Grande Lama poderá dar-lhe as respostas que está querendo. A seu pedido, Conway é levado à presença do religioso.

Ao vê-lo, Conway percebe que o Grande Lama e o Padre Perrault são a mesma pessoa. Este lhe diz que realmente ele foi escolhido por Sondra para vir pra Shangri-lá, a partir da leitura de seus livros.

Com exceção de seu irmão George, os demais viajantes encontram paz, romance e contentamento em Shangri-lá. Em um segundo encontro com o Grande Lama, este designa Conway seu sucessor, já que o religioso está finalmente à beira da morte.

Nesse meio tempo, George e sua namorada russa, Maria, conseguem contratar um grupo de guias dispostos a levá-los de volta à civilização. Em seguida, procura o irmão a quem pede que os acompanhe nessa viagem. Depois de uma longa hesitação, Conway decide ir embora com George e Maria.

Ao descerem a perigosa montanha, uma avalanche mata todos com exceção de Conway. Este é encontrado com amnésia e levado por uma expedição chinesa até Xangai. Os jornais anunciam largamente o fato. A seguir, é embarcado num navio com destino à Londres, porém, ao recuperar a memória, ele salta da embarcação em Cingapura, iniciando uma nova viagem na tentativa de conseguir retornar à Shangri-lá.

Premiações:
Oscar de Melhor Direção de Arte.
Oscar de Melhor Edição..

O que é preciso para um novo Rio?

27 novembro 2010

Um Girassol da cor de seu Cabelo

Em meio de tanta violência na mídia, nada como um pouco de boa poesia musicada...







Matando em nome de... Quem?

Pensando nos acontecimentos desta semana no Rio de Janeiro:

Na história das guerras, nunca se tornou público os nomes dos soldados mortos em combate; somente o nome dos generais era reconhecido. O tráfico parece ser a unica guerra em que esses valores são totalmente invertidos: aparecem os nomes dos soldados, mas, os verdadeiros generais e seus reais interesses... Wake Up!...

Atenção: cenas fortes!


As políticas turísticas de segurança de Sérgio Cabral

Caras e caros, este é um texto bastante importante para entender o que estava e o que está em curso. Vamos lá.
*
A bagunça no Rio está nos jornais e sites noticiosos do mundo inteiro. Seria notícia a qualquer tempo e em qualquer circunstância, mas chama ainda mais a atenção porque a cidade sediará a Olimpíada de 2016, e o Brasil, a Copa do Mundo de 2014 — a capital fluminense é “o” cartão postal da disputa. E todos se fazem a pergunta óbvia: terá uma cidade com essas características condições de receber esses dois mega-eventos? Falta ainda bastante tempo. Até lá, políticas sensatas, se aplicadas, podem render frutos. Mas cumpre fazer algumas considerações.

As UPPs já eram parte de uma bem-urdida política de marketing. Com ela, o governo conseguiria duas coisas: pacificar a “comunidade”, este substantivo de sentido cada vez mais etéreo, combater o crime e evitar a violência. Uma coleção de objetivos louváveis não faz necessariamente uma política pública eficiente. Bem, a coisa deu no que deu. Em algum momento, alguém rompeu algum acordo — quando o jornalismo parar de aplaudir Sérgio Cabral, talvez se descubra o que houve —, e a situação desandou. Mas reitero: a UPP, ainda que possa trazer algum benefício para os sem-estado, era um programa mais turístico do que de segurança pública. Como? Estou exagerando? Então leiam esta reportagem do Estadão de 18 de agosto (leiam com atenção). ESCULHAMBEI ESTE TROÇO AQUI. FALEI SOZINHO!!!

Recém-incorporadas ao discurso da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) criadas pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) foram adotadas pelo Ministério do Turismo. Com investimento inicial de R$ 184 mil do governo federal, será lançado dia 30, no Morro Dona Marta, com a presença confirmada do presidente Lula, o projeto-piloto Rio Top Tour. O objetivo da iniciativa, anunciada no site do ministério, é “aproveitar o potencial turístico do local a partir da inclusão dos moradores“.

O evento, em plena campanha eleitoral, estava marcado para o dia 13, como havia informado a coluna Palanque. O primeiro anúncio foi feito por Cabral, via Twitter. Ontem, no debate entre os candidatos a vice dos presidenciáveis, promovido pelo Estado, o companheiro de chapa da petista, Michel Temer (PMDB), citou o exemplo das UPPs, tema que virou quase um mantra na campanha.

O texto de divulgação do projeto - realizado em convênio com a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado - é só elogios ao programa da Secretaria de Segurança do governo peemedebista: “Depois de um dia de praia, uma caminhada no calçadão e uma visita ao Cristo Redentor, nada mais agradável para o turista que conhecer mais de perto a cultura e tradição de um lugar tão rico como o Rio. Melhor ainda se esse contato se der em uma comunidade que hoje é símbolo de uma nova cidade, com seus serviços, produtos, segurança e hospitalidade prontos para atender todos os visitantes”.

O release diz que o morro, “até pouco tempo marginalizado pela violência e pelo crime organizado, caminha para se tornar esse ponto turístico dentro da Cidade Maravilhosa”. Por e-mail, o ministério informou que o projeto, “executado pelo Estado, é viabilizado por meio de um convênio que contempla uma UPP, embora não estejam necessariamente vinculados”. Ou seja, o Rio Top Tour não seria voltado exclusivamente para locais onde as UPPs estão consolidadas. Essa, contudo, não é a informação que aparece no release divulgado no dia 13, quando o ministro do Turismo, Luiz Barretto, visitou a favela.

“O objetivo é que o Rio Top Tour seja estendido para as demais comunidades que foram pacificadas com as UPPs. A segunda comunidade a receber o projeto será o Morro da Providência”, diz o texto. Barretto afirmou na ocasião estar “certo de que teremos um modelo a ser implementado em outras comunidades da cidade que também precisam desta valorização”.

Segundo o projeto, 50 moradores do Dona Marta - que tem mais de 5 mil moradores - receberão treinamento e haverá uma linha de crédito especial. Estão previstos estandes de informação no morro e em bairros próximos, placas e adesivos para promover pontos turísticos e a distribuição de folhetos em português e inglês. “O charme dos belos mirantes e das paisagens ganhou visibilidade em 1996, quando Michael Jackson gravou trechos de um videoclipe em uma laje no alto do morro”, destaca o ministério.

E agora?Não é mesmo uma linguagem encantadora, sedutora? A bandidagem, por alguma razão, desarranjou a poesia turística de Cabral, Lula, Dilma e companhia. E a poesia antes oferecida aos turistas foi substituída pela exibição de força. Até havia pouco, a simples menção de contar com a colaboração das Forças Armadas, por exemplo, era considerada absurda. Quando o Exército era excepcionalmente chamado, lá iam os recrutas. Desta vez, são forças regulares.

E muitos — dos jornalistas ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, passando por Sérgio Cabral — falam em “dia histórico”, “decisão histórica” e outras hipérboles. Sem dúvida, estamos diante de uma mudança histórica da política de marketing. Em vez da paz, a guerra. Os turistas continuam de olho. Nunca antes neste paiz uma política desastrada foi tão aplaudida.

Por Reinaldo Azevedo

Televisão

Consume More
Ouvi outro dia:
- Já dizia minha avó: uma casa sem TV é uma casa morta!

Então, silenciosamente pensei:

- Uma casa sem TV revela aos seus moradores sua falta de Vida.


A televisão nos transformou numa nação de VOYEURS que só se excita vendo os outros agirem... a televisão diminui a vigilância, inibi a ação, cria um cinismo sensório, produz mentes estreitas e rigidamente delimitadas, programa o inconsciente com sonhos emprestados, destrói o apreço pela complexidade e cria uma mentalidade que compra a visão comercial da vida... quanto mais atraente se torna a televisão, maior a probabilidade de um dia acordarmos e descobrirmos que nos esquecemos de viver.
Sam Keen



A televisão, presente na totalidade do território nacional, consegue algo quase impossível: diante dela, todo mundo é igual. Preto ou branco, rico ou pobre, analfabeto ou letrado. É o mesmíssimo conteúdo, não importa para quem. Na frente da tv todos somos apenas um índice de audiência. Não é preciso nem mesmo saber ler. Não existe outra ferramenta mais democrática como processo de comunicação... A máquina que poderia formar cidadãos, comandada por vendedores interessados em trocar seu dinheiro por produtos - sem qualquer compromisso com os valores morais envolvidos nessa troca - forma apenas consumidores.
Luciano Pires


Vídeo: Eu adoro minha televisão


A maior parte das pessoas busca alívio nas distrações, vivendo como crustáceos pregados na tela da TV; às vezes alienam-se no trabalho ou no jogo. Mas as distrações não resolvem o problema, são temporáreas. Apenas adiam a solução futura da dor.
John Powell

26 novembro 2010

Pátria Amada

Pátria Amada
Pátria Amada, por NJRO.



Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós.
Charles Chaplin

Pátria Amada, por NJRO.


Embora sejamos todos seres humanos, construímos barreiras entre nós e nossos vizinhos por causa do nacionalismo, da raça, da casta, e classe – o que novamente cria isolamento, separação. Uma mente que está presa neste estado de isolamento, provavelmente nunca poderá compreender o que é religião.
Krishnamurti
Pátria Amada II


Pátria Amada III
Pátria Amada, por NJRO.
Pátria Amada V

Patriotismo e nacionalismo são doenças, conceitos criados por centros psicológicos
que buscam a manutenção do seu próprio poder.

Engodo


Engodo, por NJRO.

Não acredito em acreditar. Isso precisa ser compreendido primeiro.
Ninguém me pergunta: "Você acredita numa rosa?" Não há necessidade. Você pode ver; a rosa está aí ou não.
Somente ficções, e não fatos, precisam que acreditemos nelas.
A crença é confortável e conveniente; ela embota. Ela é uma espécie de droga; torna-o um zumbi. Um zumbi pode ser cristão, hindu, muçulmano - mas todos eles são zumbis com diferentes rótulos. E às vezes eles ficam enjoados de um rótulo, então o mudam: o hindu se torna cristão, o cristão se torna hindu - um novo e diferente rótulo, porém, por trás do rótulo, o mesmo sistema de crença.
Destrua suas crenças.
Certamente isso será desconfortável, inconveniente, mas não se alcança nada valioso sem inconveniências.

Autor: Osho - Palavras de um homem silencioso - Ed. gente
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Como cristãos vocês foram criados no seio de uma igreja erigida pelo homem há cerca de dois mil anos, com seus padres, seus dogmas e rituais. Na infância foram batizados e quando cresceram lhes foi dito em que acreditar; vocês passaram por todo esse processo de condicionamento, de lavagem cerebral. A pressão dessa religião propagandista é, obviamente, muito forte, sobretudo porque ela é bem organizada e apta a exercer influência psicológica através da educação, de adoração de imagens, do medo, e capaz de condicionar a mente de incontáveis maneiras.



Autor: Krishnamurti - Sobre Deus - Ed. Cultrix

25 novembro 2010

Amor e Presença - Palestra Tv SUPREN

casamento-090

Palestrante: Marco Aurélio Bilibio
Palestra: Amor e Presença: As Bases da Vida Espiritual
Programa: Em Busca do Autoconhecimento
TV- Supren



O Rebelde e os tronos do Poder


Um Rebelde Iluminado Estremecerá os Tronos do Poder

É possível ser um rebelde sem ser iluminado. Também é possível ser iluminado sem ser rebelde. Mas ambos serão incompletos. Algo estará faltando, algo que é muito essencial. Eles serão quase como um cadáver - a alma estará faltando.

Um rebelde que não é iluminado está vivendo em cegueira, inconsciência, escuridão. Ele não sabe o que é certo e o que não é certo - ele não tem clareza de visão. Ele não pode abrir o coração de outras pessoas para o nascimento de uma nova humanidade - ele próprio ainda não nasceu. Sua rebeldia nada mais é do que um tipo de pensamento em sua mente.

Ele é um pensador revolucionário, é um filósofo, mas não sabe exatamente o que porá fim a esta noite e como iremos trazer o amanhecer... Como o sol surgirá, como os pássaros cantarão novamente e como as flores se abrirão. Mas ele pode sonhar, ele pode pensar. No passado houve muitos filósofos que foram aceitos como rebeldes, grandes rebeldes, mas nada surgiu deles, exceto alguns belos fragmentos de idéias - não conectadas, não científicas, não pragmáticas, impossíveis de serem transformadas em realidade.

Você já deve ter ouvido a definição de filósofo: um homem cego, em uma noite escura, em uma casa sem luz, procurando por um gato preto que não está lá. Mas o problema não termina aqui - houve muitos que o encontraram! Eles deram descrições do gato preto, e porque ninguém mais o viu, você tampouco os pode desmentir. Eles não têm qualquer evidência - mas você também não a tem! Assim, tudo o que esses cegos filósofos dizem é aceito sem ser contestado.

Não é contestado também por outras razões - porque o sistema não está preocupado com esses rebeldes e seus pensamentos rebeldes. Eles sabem perfeitamente bem que seus pensamentos nada mais são do que bolhas de sabão; em seus sonos profundos eles estiveram tagarelando.

Mick e Joe estão voltando para casa depois de um passeio pelos campos de vinho da Itália, onde foram muito bem tratados pelos seus anfitriões. "Mick, nós já estamos perto da cidade?", pergunta Joe.

"Sim", responde Mick, "devemos estar. Nós estamos atropelando mais pessoas".

"Dirija mais devagar então", diz Joe.

"O que você quer dizer com dirija mais devagar?", responde Mick. "Você é que está dirigindo!"

Um rebelde não iluminado é um rebelde cego - não somente cego, mas bêbado também - toda a sua rebeldia é um tipo de reação. Esse é o significado original da palavra "rebelde" - lutando contra alguma coisa, opondo-se. Ele pode ver que alguma coisa está errada, alguma coisa tem que ser destruída; a sua vida não é livre, então deve haver correntes em seus pés, algemas em suas mãos, e elas precisam ser rompidas. Ele tem que libertar a si mesmo. Mas essas são todas suposições.

Uma coisa é certa: ele conhece a miséria, conhece o sofrimento; sabe que a sua humanidade foi reduzida quase ao mesmo nível dos animais, que seu orgulho foi destruído, que sua dignidade foi completamente eliminada. Ele pelo menos está ciente do que lhe tem sido tirado, e começa a lutar contra isso. Sua rebeldia é uma reação, é negativa. Ele está lutando contra alguma coisa, e não lutando por alguma coisa.

Eu gostaria de acrescentar ao significado de "rebelde" um lado positivo também, que não está nos dicionários. Todos os dicionários estão, sem exceção, dando somente um significado: opor-se, lutar contra. Mas qual é a utilidade de se opor, de lutar contra, se você não tem uma percepção clara para quê? Se você não tem uma visão do futuro, e um futuro melhor, com mais celebração, então não existe motivo em lutar desnecessariamente. Mas o rebelde que não é iluminado permanecerá negativo em sua abordagem: portanto ele permanecerá uma metade.

O homem iluminado que não é rebelde também é uma metade, da mesma forma. Ele conhece o que deve ser alcançado, conhece o potencial do homem, conhece as distantes glórias que são possíveis para a humanidade.

Mas ele não está disposto a lutar contra a sociedade existente, a escravidão existente, todos os obstáculos e empecilhos que existem entre o futuro e o presente, entre o velho homem e o novo homem. Esse tipo de homem iluminado existiu e foi adorado - adorado pelas pessoas velhas, tradicionais, ortodoxas, convencionais e enraizadas numa herança arcaica.

O homem iluminado tem uma visão de um futuro melhor, de um homem melhor, mas não tem a fibra para lutar por isso, para lutar contra o tradicional, contra a estrutura convencional da sociedade e da velha mente condicionada e podre - porque ele vive de sua caridade, vive de seu respeito, honra e adoração. Ele não é suficientemente corajoso para renunciar a toda respeitabilidade que lhe estão concedendo, para se esquecer de ser chamado um santo e um sábio pelo passado podre e apenas ser ninguém - condenado, talvez crucificado, mas lutando contra o que está errado, e lutando por aquilo que está certo e que será uma benção para todos.

Assim, ambos têm existido: o rebelde não iluminado e o homem sábio, iluminado, mas não rebelde. Quero que você entenda isto muito claramente: a menos que um homem seja ambos, iluminado e rebelde, simultaneamente, ele não está inteiro. Está incompleto, não está pleno; algo está faltando. Ele não é rico, não tão rico como poderia ter sido se nele não houvesse nada faltando.

Minha concepção do homem iluminado é aquela de um rebelde, um homem totalmente rebelde. Para mim, rebeldia e iluminação tornaram-se praticamente um fenômeno simultâneo, uma unidade harmoniosa, um todo orgânico. Daí eu dizer a vocês que estou trazendo ao mundo um novo homem - um novo rebelde e um novo ser iluminado, juntos, em uma só pessoa, em cada indivíduo.

Essa síntese tornou-se absolutamente necessária.

O passado viu um Gautama Buda, totalmente iluminado, mas não rebelde. É por isso que ele não foi crucificado, mas adorado, até mesmo por reis, imperadores, pessoas instruídas do seu século. Não havia medo no sistema daqueles dias que Gautama Buda fosse um perigo para eles.

Eu falei a respeito de Bakunin, Bukharin, Camus. Todos esses são pensadores rebeldes, mas não iluminados. A sociedade tampouco os crucificou. A sociedade sabe que as suas palavras são impotentes, que elas não podem inflamar o coração da humanidade. As pessoas lerão os seus livros como entretenimento. Mais do que isso não é possível fazer com as suas obras; por isso, a sociedade não apenas os tolerou, mas os respeitou, recompensando-os com grandes prêmios.

O meu rebelde não será somente um filósofo, ele será um ser experiente e acordado. Sua simples presença ameaçará todos os sistemas do mundo.

Sua presença será um desafio para tudo que escraviza o homem e destrói seu espírito. Sua presença causará um grande temor em todos aqueles que são imensamente poderosos, mas que sabem perfeitamente bem que o seu poder depende da exploração dos homens, de manter o homem retardado, de destruir a inteligência do homem, de não permitir ao homem ter sua própria individualidade, sua própria face original.

Apenas alguns rebeldes iluminados ao redor do mundo... e todos os tronos do poder começarão a estremecer.

Eu posso ver não apenas um Jesus na cruz, eu posso ver milhares de Jesuses na cruz. Mas a morte deles será a ressurreição de uma nova humanidade, de uma nova consciência, por todo o mundo. A vida deles será uma contribuição tremenda para embelezar este mundo, e a morte deles será uma contribuição ainda maior: para devolver ao homem a sua dignidade, a sua humanidade, a sua espiritualidade.

Nós precisamos milhares de cruzes e milhares de Jesus pregados nessas cruzes. Somente então a humanidade adormecida talvez possa sentir que é hora de se levantar e fazer alguma coisa.

Osho - Do Livro: O Rebelde - Editora Gente

O rebelde é um tremendo equilíbrio


É UMA ASSOCIAÇÃO antiga e um mal-entendido que ser um não-conformista é ser um rebelde. O não-conformista é um reacionário; ele age motivado pela raiva, cólera, violência e ego. Sua ação não está baseada na consciência. Embora ele vá contra a sociedade, apenas ir contra a sociedade não é necessariamente estar certo. Na verdade, na maioria das vezes, mover-se de um extremo para outro é sempre mover-se de um erro para outro erro.

O rebelde é um tremendo equilíbrio, e isso não é possível sem consciência, vigilância e imensa compaixão. 

Não é reação; é uma ação - não contra o velho, mas pelo novo.

O não-conformista é somente contra o velho, contra o sistema, mas ele não tem uma visão do futuro, não tem uma concepção criativa do porque ele é contra. O que ele fará se tiver êxito? Ele estará perdido e completamente perturbado. Ele nunca pensou sobre isso. Ele não sentia a perturbação porque nunca teve êxito. Seu fracasso tem sido uma grande proteção para ele.

Quando eu digo reação, quero dizer que a sua orientação é basicamente dependente: você não está agindo a partir da liberdade e da independência. Isso tem implicações muito profundas. Significa que sua ação é apenas um subproduto; também significa que sua ação pode ser facilmente controlada.

Existe uma pequena história a respeito de Mulla Nasruddin. Ele era um não-conformista, um reacionário fundamental, uma mente absolutamente negativa. Se seu pai dissesse: "Você deve ir para a direita", pode estar certo de que ele iria para a esquerda.

Logo o pai se tomou consciente, e então não houve mais problema. Quando queria que ele fosse para a direita, dizia: "Por favor, vá para a esquerda", e ele iria para a direita. Ele era desobediente, era não-conformista, mas não tinha a menor consciência de que estava sendo dirigido, ordenado, controlado e, na verdade, fazendo o que seu pai queria que ele fizesse.

Aos poucos ele também se tomou consciente - "O que está acontecendo? Antes meu pai costumava ficar com muita raiva, pois ao me dizer que fosse para a direita, eu ia para a esquerda. Eu continuo a ser desobediente como sempre, mas agora ele nunca reclama".

Logo ele percebeu a estratégia. Um dia, Nasruddin e seu velho pai estavam ambos atravessando o rio com seu jumento, e sobre o jumento havia um grande saco com açúcar. O saco estava pendendo mais para a direita e havia o perigo que ele escorregasse e caísse no rio.

O pai estava atrás e sabia: "Se eu digo, 'mova o saco para a esquerda', eu tenho um filho tão estranho que ele moverá imediatamente para a direita, e o saco cairá no rio e todo o açúcar será perdido".

Então ele gritou: "Nasruddin, mova o saco para a direita", esperando que ele o movesse para a esquerda, de acordo com a experiência anterior. Mas desta vez Nasruddin também tinha se dado conta. Ele disse: "Tudo bem", e moveu o saco para a direita e o saco caiu no rio!

O pai disse: "O que aconteceu, você não é mais desobediente?"

Ele disse: "Agora eu vou decidir a cada vez, ser obediente ou não. Não terei uma filosofia fixa, mas me moverei de acordo com a situação, porque você tem sido astuto comigo, você tem me trapaceado. Sou seu filho, e mesmo assim você tem me trapaceado! Você tem me ordenado de tal forma que eu deveria desobedecer. De hoje em diante fique atento, eu posso obedecer, eu posso desobedecer. De hoje em diante não serei mais previsível, controlável em suas mãos".

O não-conformista está sempre nas mãos da sociedade e do sistema. O sistema apenas tem que ser um pouco mais inteligente e astuto, e então ele usar o não-conformista muito facilmente, sem dificuldade.

Mas o sistema nunca pode usar o rebelde, porque ele não está reagindo ao sistema. Ele tem uma visão do futuro, do novo homem. Ele está trabalhando para criar esse sonho, para transformá-lo em realidade. Se ele é contra a sociedade, ele é contra porque a sociedade é um obstáculo para seu sonho.

Seu foco não está no sistema; seu foco está em um futuro desconhecido, em uma possibilidade latente. Ele age a partir de sua liberdade, de sua visão, de seu sonho. Sua consciência decide que caminho tomar.

Esta é a diferença entre reação e ação: a reação é sempre determinada pelo seu inimigo. Talvez você nunca tenha pensado sobre isso, que na reação o inimigo está na posição dominante, ele está decidindo sobre a sua ação. O inimigo pode decidir o que você irá fazer.

O rebelde simplesmente está além da concepção do sistema antigo, da sociedade podre e da humanidade morta, porque eles não podem ter nem mesmo uma visão fragmentária do grande sonho que o rebelde está carregando em sua alma. Todas as suas ações nascem deste sonho; elas vão contra a sociedade, mas isto é apenas uma coincidência. Ele não é contra a sociedade, ele é pelo novo homem. Sua abordagem é positiva, não é negativa.

Ele não está enraivecido contra a velha sociedade, ele está cheio de piedade e compaixão. Ele sabe o quanto o velho homem tem sofrido, o quanto e por quanto tempo tem vivido em miséria. Como ele pode estar com raiva? Ele não pode nem mesmo se queixar.

Ele está criando um novo mundo, de tal forma que essa miséria, esse sofrimento e essa feia sociedade desapareçam e o homem possa viver mais naturalmente, mais amorosamente, mais em paz, com mais beleza, apreciando todas as riquezas que a existência oferece, todos os presentes da vida, que são incalculáveis.

A liberdade, o amor, o silêncio, a verdade, a iluminação, o supremo florescimento de seu ser, tudo está disponível para você. Os obstáculos devem apenas ser removidos. Todas as velhas estruturas estavam criando mais e mais obstáculos e impedimentos contra seu crescimento. Se o rebelde é contra esses obstáculos, isso é para permitir ao novo homem viver sem grilhões, viver sem prisões, viver do lado de fora dos campos de concentração e viver uma vida tão livre como um pássaro a voar... Tão livre como uma roseira dançando na chuva, no sol; tão livre como a Lua movendo-se no céu além das nuvens, em completa beleza, bem-aventurança e paz.

O rebelde é um tipo de homem totalmente diferente do não-conformista. É bom que você reconheça que ser um não-conformista não é ser um rebelde. Nunca esqueça isso, porque ser um não-conformista é muito fácil, mas ser um rebelde necessita uma tremenda transformação em seu ser.

Ser um não-conformista é muito banal. Olhe para os "punks" - esses são não-conformistas, que cortam seus cabelos de ambos os lados, deixando apenas uma pequena fila de cabelo no meio, e mesmo essa eles pintam com cores psicodélicas. Rapazes e moças... Rapazes com metade de seus bigodes cortada e a outra metade pintada, ou todo o bigode pintado com todas as cores do arco-íris - esses são os não-conformistas! Isto é muito fácil. Você pode ter os botões de sua calça para trás, e você é um não-conformista. Será um pouco difícil, necessitará um pouco de disciplina, mas isto é muito banal e muito estúpido também.

Uma mulher, atriz e modelo na Itália, sentava-se no principal cruzamento de ruas de Roma, nua, pedindo às pessoas que se tornassem membros de seu partido político. Aqueles que estivessem com vontade de se tornar membros de seu partido político podiam brincar com seus seios e beijá-la. Havia uma multidão, e as pessoas em fila inscrevendo-se como membros de seu partido. Em apenas um dia ela inscreveu dez mil pessoas!

Agora ela declarou que irá concorrer à eleição do parlamento, e a maneira com que irá fazer a sua campanha e persuadir as pessoas a votar nela será sentar-se em um carro conversível, nua; ela parará o carro para aquele que lhe der o voto; o abraçará, o beijará.

Isso certamente é não-conformismo! Ela se tornará um membro do parlamento; até mesmo pode se tornar a primeira-ministra da Itália se ela simplesmente disser a todos os membros: "Se vocês votarem em mim para que eu seja a primeira-ministra do país, farei amor com vocês neste mesmo salão do parlamento". Ela é uma das atrizes mais belas da Itália e a mais bela modelo de toda a Europa.

É fácil ser não-conformista, mas o que ela pode contribuir para a humanidade? Seus beijos não serão de ajuda, nem suas tetas. Tudo isso é bom como uma piada, mas ela não pode trazer uma existência extática para o mundo ou para seu próprio país.

O não-conformista de todas as épocas tem feito todo o tipo de ato estúpido. Ele aborrece as pessoas, irrita as pessoas, mas não promove qualquer transformação neste mundo. E vocês, como sannyasins, não deveriam se interessar por esse tipo de circo, por esse tipo de divertimento estúpido. Você pode se tornar famoso muito facilmente...

Um homem nos Estados Unidos, Robert Ripley, no início do século, tornou-se mundialmente famoso em três dias - e ele não fez nada. Apenas andou de costas em Nova York, mantendo com ambas as mãos um espelho à sua frente, assim podia ver atrás dele e mover-se para trás. Naturalmente ele atraiu a atenção. Em todos os lugares uma multidão se juntava; todos os jornais publicaram sua foto. Ele tornou-se notícia de primeira página - foi o primeiro homem que percorreu de costas toda a cidade de Nova York. Isso tornou-se um ato tão famoso! Finalmente ele percorreu todos os Estados Unidos de costas, criando grandes notícias em todos os lugares. As pessoas davam-lhe boas-vindas como a um santo, e tudo o que ele fazia era carregar um espelho. Isso é bom para um circo, mas não irá contribuir para trazer nenhum novo valor para a vida, nenhuma nova cor, nenhuma nova flor, nenhuma nova bênção para as pessoas.

É bom que você tenha entendido isso - mas não o esqueça.

E é significativo que na mesma noite você teve um sonho onde: "Eu vi a mim mesmo sendo perseguido por viver rebeldemente".

Você tem sido um não-conformista mas nunca teve qualquer sonho de ser perseguido, porque o não-conformista se torna no máximo uma diversão, um motivo de risada. Quem se importa em persegui-lo? Quem tem tempo de persegui-lo? Mas apenas a idéia, a mudança em sua mente de que a rebelião verdadeira é uma coisa totalmente diferente, imediatamente produziu um sonho. Isso é significativo. Seu inconsciente imediatamente lhe avisa para ser cauteloso!

Ser não-conformista é algo que sempre foi aceito. Ele é parte do sistema e da velha sociedade podre. Os não-conformistas sempre existiram, e ninguém os crucificou. Eles não são um perigo para a sociedade ou para os interesses estabelecidos. Foi um aviso de seu inconsciente ter visto a si mesmo sendo perseguido em um sonho. "...e eu fiquei com medo. Ao acordar entendi: o que costumava considerar rebelião era na verdade um jogo seguro para mim, restrito aos limites aceitáveis. Agora vejo que o espírito rebelde, do qual você tem falado, é algo muito assustador, mas também algo que anseio tremendamente. Sentir essa insegurança é parte de se tornar um rebelde?"

Em primeiro lugar, é certamente arriscado, perigoso.

É somente para aqueles que têm o coração de um leão, que têm a garra e a dignidade dos seres humanos.
Não é para todos.

Somente uns poucos rebeldes são necessários para criar uma sociedade rebelde; os outros seguirão o exemplo, mas não irão, por si mesmos, ser rebeldes. Se as pessoas rebeldes criarem uma sociedade, as massas - tanto quanto hoje elas são parte da sociedade - tornar-se-ão parte da sociedade rebelde. Mas elas não podem fazer nada por elas mesmas, pela simples razão de que isso é assustador.

Mas quanto a mim e ao meu povo, tudo o que é perigoso, arriscado, deveria ser aceito como um desafio para o seu estado de ser humano, deveria ser aceito como um desafio para sua coragem, para seu espírito, para sua própria alma. É perigoso - e é por isso que deveria ser almejado.

Um homem que vive sem o perigo não vive, absolutamente. Viver perigosamente é a única maneira de viver; sempre se movendo sobre um fio de navalha. Então a vida tem um frescor, uma juventude, uma totalidade momento a momento, porque o próximo momento não é certo, absolutamente.

Aqueles que estão vivendo convenientemente, confortavelmente, uma vida de classe média... a palavra "classe média" é insultante; ninguém deveria viver uma vida de classe média. Essas são as pessoas que insistem em se apegar ao passado, aos cadáveres, aos princípios podres, aos rituais sem significado, porque elas estão até mesmo com medo de levantar qualquer questão. A conveniência delas é mais valiosa do que a sinceridade. Os assim-chamados confortos da classe média são mais valiosos para elas do que uma vida vivida com intensidade e fogo.

O sannyasin recebe a iniciação para se tornar uma chama; anseia viver perigosamente, abandonando todas as conveniências, confortos, movendo-se sempre em direção ao desconhecido.

Mas a beleza é que, quando você vive perigosamente e não tem a menor certeza, a menor garantia, o menor seguro para com o amanhã, você vive hoje ao máximo. Você espreme o sumo de cada momento em sua totalidade, sabendo perfeitamente bem que você pode não ter outra chance.

Você ama, e seu amor não é superficial.

Você vive, e sua vida está em chamas.

E até mesmo um único momento de intenso amor e vida é mais valioso do que toda uma eternidade de fútil adoração, superstições, ideais mortos, servidão, escravidão.

Deus está falando a Moisés no Monte Sinai e Moisés está balançando sua cabeça em descrença ao que Deus lhe está dizendo. Com sua face voltada para o céu ele diz: "Tudo bem, Deus, agora deixe-me ver se entendi bem. Você está me dizendo que somos o povo escolhido e você quer que cortemos a ponta do nosso o quê?"

Deus, sendo um cavalheiro, não pôde usar a palavra. E Moisés, sendo um profeta, também não pôde usar a palavra. Então, como eles resolveram o assunto é um mistério, porque Deus permaneceu em silêncio. Talvez tenha sido uma descoberta do próprio Moisés - ele tinha que responder para o seu povo e não podia mostrar sua ignorância!

Os judeus têm sofrido apenas por causa desta estranha idéia que aceitaram, de que eles são o povo escolhido de Deus. Isso parece ser absolutamente... de duas uma, ou Moisés sonhou com isso ou ele fumou maconha no Monte Sinai - porque eu sei que maconha cresce no Monte Sinai. Mas alguma coisa saiu errada e ele voltou com a idéia: "Nós somos o povo escolhido". Uma vez que isso entrou na cabeça dos judeus, tornou-se o ego deles, e ninguém mais questiona a respeito.

Eu tenho investigado muitas escrituras judias, velhas e novas, muitos comentaristas - até mesmo filósofos muito lógicos e muito importantes, como Martin Buber - mas ninguém questiona esta idéia estúpida de que os judeus são o povo escolhido de Deus. Ela é tão confortável, tão conveniente, mas criou toda a sua miséria ao longo de quatro mil anos, porque os outros povos não a podiam aceitar.

Todo o mundo tem a sua própria idéia. Os hindus pensam que são o povo escolhido de Deus e que ele deu aos hindus o primeiro livro sagrado do mundo. Os hindus foram os primeiros a se tornar uma nação civilizada, e eles têm uma das línguas mais perfeitas, o sânscrito, que afirmam ser a única língua que Deus entende. Assim, se você estiver rezando em qualquer outra língua, você está simplesmente perdendo seu tempo.

Aqui mesmo em Poona, um homem está ensinando as mulheres, pela primeira vez na história... Ele pensa que é revolucionário; ele é apenas um não-conformista. Ele está ensinando rituais sânscritos para mulheres, quais sutras devem ser repetidos em casamentos, e assim a sacerdotisa pode realizar casamentos - o que nunca aconteceu na história. Mas o problema é que essas mulheres não sabem - elas nem ao menos são instruídas - elas não sabem o significado.

Um jornalista perguntou ao homem alguns dias atrás: "Você está ensinando esses sutras sânscritos para essas mulheres, preparando-as para serem sacerdotisas em templos, em casamentos, em outras cerimônias, mas elas não sabem o significado". E você sabe sua resposta? Ele disse: "Não é uma questão de elas saberem o significado. Deus o compreende, portanto, se elas sabem ou não, é absolutamente sem importância. E a oração certa - isso eu sei - e é a oração que Deus compreende. É supérfluo se a mulher que a está repetindo sabe ou não o sentido".

E ele pensa que está sendo muito rebelde - mas ninguém o está condenando; as pessoas estão tomando isso como uma piada. E ninguém chamará essas mulheres para realizar casamentos. Ele pode prepará-las e ninguém chamará essas mulheres para orarem em seus templos. Ele pode continuar a prepará-las - isso não tem importância, a não ser que os templos as chamem para serem sacerdotisas, a não ser que as pessoas comecem a chamá-las para casamentos, nascimentos, morte. É por isso que ninguém está se preocupando com ele. Mas sua resposta mostra um grande engano que os hindus têm carregado por milhares de anos - que o sânscrito é a língua de Deus, a única língua que ele compreende e os únicos livros que ele escreveu. E os hindus são o povo escolhido de Deus; ele teve todas as suas encarnações dentro do ambiente hindu.
Os alemães pensam que são a raça mais pura, e esse era o conflito, essa era a razão pela qual eles queriam destruir os judeus, porque dois povos não podem ser o povo escolhido de Deus; um tem que ser completamente eliminado. Quando Adolf Hitler teve êxito em matar seis milhões de judeus, tornou-se mais e mais claro para os alemães que ele estava certo, porque Deus não estava protegendo os judeus e também não estava punindo Adolf Hitler.

É muito fácil se conformar com a sociedade na qual você está vivendo, nunca levantando nenhuma questão, mesmo se você sentir que alguma coisa é estúpida. Mas apenas para salvar a sua conveniência você está vendendo a sua alma. Você está se tornando um escravo espiritual.

Um rebelde não se deixa escravizar, de maneira alguma - nem mesmo por Deus; pelo homem, nem se fala...

A afirmação de Friedrich Nietzsche, "Deus está morto e agora o homem é absolutamente livre", é uma afirmação de uma alma rebelde. Seu argumento é claro. Em um outro lugar ele diz: "Homem e Deus não podem coexistir, porque Deus existirá somente como o criador e o homem como a criação. Não podemos tolerar essa indignidade, esse insulto; portanto, declaramos que Deus está morto e o homem é supremo. Agora ninguém está acima dele".

Certamente esses são caminhos perigosos. Mas aqueles que seguiram esses caminhos desfrutaram a vida em sua glória absoluta, viveram a vida em completo êxtase. Aqueles que permaneceram ovelhas de classe média, multidões esperando pelo pastor para vir e salvá-los... a vida deles é tão morna, não é nem quente, nem fria. É exatamente como um chá que você não gostaria de beber - nem quente, nem frio, apenas morno.

Não viva uma vida morna.

Martha, a autoritária esposa de Harry, levou-o para comprar um par de calças. "Você quer com botões ou com zíper?", perguntou o lojista. "Zíper", respondeu Harry rapidamente.

"Muito bem, senhor", disse o vendedor, "E você quer um zíper de cinco centímetros ou de dez centímetros?" "Dez centímetros", Harry disse, antes que Martha pudesse interromper.

Quando eles saíram, Martha estava furiosa. "Você", ela disse, "você e o seu zíper de dez centímetros! Você me lembra o homem que mora ao lado da casa do meu pai. Todas as manhãs ele atravessa o seu jardim, abre a imensa porta de sua garagem, e então põe para fora a sua bicicleta".

Não viva a vida sobre uma bicicleta!

O que estou dizendo certamente cria um sentimento de insegurança. Mas o que é segurança? Existe alguma coisa segura na vida? A segurança existe realmente, ou ela é apenas uma idéia, uma idéia de consolo que o homem criou para si mesmo? Que segurança existe?

As pessoas em Hiroshima e Nagasaki haviam ido para a cama em absoluta segurança; eu penso que nem ao menos uma única pessoa dentre aquelas duas cidades, duzentas mil pessoas, foram para a cama com alguma idéia de insegurança. E pela manhã elas eram somente chamas e cadáveres. Não sobrou nem uma coisa viva, nem mesmo árvores, nem mesmo pássaros, nem animais, nem o homem. Toda a vida simplesmente desapareceu. Que segurança existe?

Você pensa que aqueles seis milhões de judeus haviam jamais pensado que aquelas câmaras de gás seriam o seu fim, que dentro de um minuto eles simplesmente iriam sair pelas chaminés como fumaça no céu? Que segurança existe?

Nunca houve qualquer segurança.

A morte pode vir a qualquer momento, e ela sempre vem sem aviso, sem anúncio. Ainda assim continuamos a viver com a idéia de segurança, e sempre que surge a idéia de ser um rebelde, um espírito rebelde, imediatamente pensamos em segurança.

Mas você não tem qualquer segurança!

O rebelde entende isso: não há segurança - portanto, não peça por ela. Viva em insegurança, porque este é um fato real da vida. Você não pode evitar isso, não pode impedir isso, assim não há necessidade de se preocupar. Não desperdice tempo desnecessariamente.

Nos dias em que Disraeli e Gladstone eram inimigos políticos, a casa do Parlamento britânico tinha os seus debates mais ardorosos.

Uma vez Gladstone gritou para o primeiro-ministro: "Sir, você chegará ao seu fim ou na forca, ou com uma doença venérea".

Disraeli ajustou seu monóculo e replicou com uma imperturbável calma: "Eu diria, Sir Gladstone, que depende de eu abraçar os seus princípios, ou a sua senhora".

Leve a vida com naturalidade. Seja imperturbável e mova-se com força, poder e dignidade em direção ao desconhecido, em direção à escuridão, alegremente, dançando.

Você nada tem a perder, mas tudo a ganhar.

Osho - Do Livro: O Rebelde - Editora Gente

24 novembro 2010

Sons que me tocam

Há sons que me tocam a alma...
Os olhos me fazem fechar
E a pele, por vezes,
Arrepiar.
Há sons que me transportam
Para estados alterados de consciência
Trazem lágrimas da profunda essência
E neles meus músculos se soltam.
Há sons que me tocam a alma
Com jogos de cores internas...
Neles é que encontro calma
E a respiração se faz terna...
Há sons que me tocam a alma
Onde só a alma
Pode tocar.







23 novembro 2010

À La Recherche



À La Recherche
Cidadão Quem
Composição: Duca Leindecker

Procuro um lugar
Não sei se neste ou noutro mundo
Num mundo onde andei
A vida escondeu
No esquecimento mais profundo
Alguém que hoje sou eu
I change my mind
À la recherche du temps perdu
Eu não sou eu
Procuro por mim
E sei que estou longe
Refrão:
Eu vejo a guerra e a paz
O mal e o bem
Filosofia zen
Pra tentar achar a si mesmo
Alguém que não olha pra trás
Não sabe ver
O que a vida fez
Cedo ou tarde encontra o segredo
Procuro um lugar
Não sei se neste ou noutro mundo
Num mundo onde andei
A vida escondeu
No esquecimento mais profundo
Alguém que hoje sou eu
I change my mind
À la recherche du temps perdu
Eu não sou eu
Procuro por mim
E sei que estou longe
Cedo ou tarde encontra o segredo
Eu vejo o bem
Eu vejo o mal
Zen, pra tentar achar a si mesmo
Eu vejo alguém no fundo do zao
Na na na na hei hei hei hei
pra tentar achar a si mesmo

Constatações sobre a Vida


Quem sabe o que é Vida, vive para servi-la.
Serve causas indevidas, quem não sabe o que Ela é.
E quem não sabe que nada sabe da Vida,
Não serve nem para viver: iludido existe.

12 Sinais do Despertar da Consciência

  1. Dores no corpo, principalmente no pescoço, ombros e costas.
    Este é o resultado de intensa mudança no nível de seu DNA, enquanto a "semente Crística" é despertada dentro de você. Isso vai passar.

  2. Sentimento de profunda tristeza interna sem aparente razão. Você está soltando seu passado (dessa vida e outras) e é isso que provoca essa sensação de tristeza. É semelhante à experiência que você passar de uma casa onde você viveu por muitos anos, em um novo lar. Ainda que queira muito sua nova casa, existe uma tristeza de deixar para trás lembranças, energias e experiências que você viveu em sua antiga casa. Isso também passará.

  3. Tristeza sem nenhum motivo aparente.
    É semelhante ao segundo sinal. É bom e saudável deixar as lágrimas escorrerem. Ajuda a liberar a velha energia de dentro. Isso também passará.

  4. Súbita mudança de emprego ou de carreira.
    É um sintoma muito comum. Como você muda, as coisas a sua volta também mudam. Não se preocupe em encontrar o emprego "perfeito" ou a carreira agora. Isso também passará. Você está em transição e poderá fazer várias mudanças de empregos antes de se instalar naquilo que faz você desenvolver a sua paixão.

  5. Remoção das relações familiares.
    Você está conectado a uma família biológica por seus karmas. Quando você desviar do seu ciclo cármico, as articulações com as antigas relações são liberadas. Parece que você está separado da família e dos amigos. Isso também passará. Após um período de tempo, você desenvolve uma nova relação com eles, se isso for apropriado. Assim, a relação é baseada na nova energia sem laços cármicos envolvidos.

  6. Padrões de sono anormais.
    É provável que você acorde muitas noites entre 2:00 e 4:00 da manhã. Há muito trabalho a ser realizado dentro de você e muitas vezes isso faz você acordar para tomar um "ar". Não se preocupe. Se você não consegue dormir, levante e faça algo melhor do que ficar na cama se preocupando com coisas humanas. Isso também passará.

  7. Sonhos intensos.
    Estes podem incluir sonhos de guerras e batalhas, bem como os sonhos de perseguição ou de monstros. Você está realmente soltando a velha energia dentro de você e estas energias do passado são muitas vezes simbolizadas por guerra e buscas de situação de fuga. Isso também passará.

  8. Desorientação física.
    Muitas vezes você vai se sentir muito fora da terra. Você será particularmente desafiados com a sensação de que você não pode ter ambos os pés no chão, ou você está andando entre dois mundos. Como sua consciência vive a transição para a nova energia, seu corpo pode às vezes ser deixado para trás. Gaste mais tempo com a natureza, para instalar novas energias dentro de você. Isso também passará.

  9. Aumento da "conversa consigo mesmo."
    Você vai achar que você está falando para si mesmo com mais freqüência. De repente você percebe que você está falando sozinho nos últimos 30 minutos. Existe um novo nível de comunicação tomando lugar dentro do seu ser, e você está experimentando a "ponta do iceberg" com a conversa que você está tendo com você. As conversas aumentarão, e serão mais fluidas, mais coerentes e profundas. Você não está ficando louco, mas você esta se movendo para a nova energia.

  10. Sentimentos de solidão, mesmo na companhia de outros.
    Você pode se sentir sozinho e longe dos outros. Sentir o desejo de ficar longe de grupos e multidões. Você está percorrendo um caminho sagrado e solitário. Os sentimentos de solidão podem causar ansiedade, e nesse momento pode ser difícil se relacionar com os outros. O sentimento de solidão também está associado com o fato de seus Guias terem partido. Eles estiveram com você em todas as suas viagens, em todas as suas vidas passadas. Agora é a hora de voltar, para que possa preencher esse espaço com sua própria divindade. Isso também passará. O vazio será preenchido com amor e energia de sua própria consciência Crística.

  11. Perda da paixão.
    Você pode se sentir em casa, totalmente desapaixonado, com pouco ou nenhum desejo de fazer qualquer coisa. Isso está correto e é apenas parte do processo. Gaste esse tempo "sem fazer nada" (para "fazer nada mesmo.") Não trave um combate contra si mesmo, porque isto também passará. É como a reprogramação de um computador. Você precisa fechar por um curto período de tempo para permitir que o novo e sofisticado software seja instalado, ou neste caso, a energia da semente Crística novo.

  12. Um profundo desejo de voltar para casa.
    Este é talvez o mais difícil e desafiante de todos os sinais. Você pode experimentar um desejo profundo e irresistível de deixar o planeta e ir para casa. Este não é um sentimento suicida. Não é baseado numa frustração ou raiva. Você não quer fazer disso um grande negócio, ou causar drama para você mesmo ou para os outros. Tem uma quieta parte de você que sente como se não fosse daqui. Há uma parte de você que quer apenas voltar para casa. A causa raiz disso é muito simples: Você completou seus ciclos kármicos. Você completou seu contrato para esta vida. Você está pronto para começar uma nova vida, mesmo neste corpo. Durante este processo de transição, tem lembranças interiores do que e como é o outro lado.
Você está pronto para alistar-se ema outra responsabilidade aqui na Terra? Você está pronto para enfrentar o desafio de passar para a Nova Energia?

Sim, de fato, você pode ir para casa agora. Mas, você veio até aqui, depois de tantas vidas que seria uma vergonha sair antes do final do filme. Além disso, o Espírito precisa de você aqui para ajudar outros na transição para a nova energia. Eles precisam de um guia humano, como você, que enfrentaram a viagem de mudança do antigo para a nova energia. O modo que você está passando agora, lhe dá a experiência necessária para que você se torne um mestre do Novo Humano Divino. Mesmo que a viagem às vezes possa ser solitária e sombria, lembre-se que você nunca está sozinho.

© 2001 por Geoffrey Hoppe, Golden, CO

Quem foi?


O pensador,  por NJRO.


Quem foi que estipulou a abusiva e estafante carga horária semanal trabalhista? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou a absurda quantidade de anos para que se possa aposentar? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo em ter que pagar por um plano particular de saúde mediante a precariedade do sistema de saúde público? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo em ter que pagar por um plano de tv por assinatura mediante a mediocridade do sistema público de TV? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo em ter que pagar uma escola particular mediante a precariedade do sistema de ensino público? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo a uma vida com falta de tempo para si mesmo que por vezes chega a desesperar? Quando foi que você concordou com eles?


Quem foi que estipulou o conformismo em ter que diariamente se consumir para manter a acelerada roda de consumo? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo em relação a obrigatoriedade do voto? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo de que com o seu voto as coisas podem melhorar? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo em ter que seguir os ditames da trimestralidade da moda? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo em ter a vida ditada por aqueles anônimos do público? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo de que diante de tudo isso você não pode fazer nada? Quando foi que você concordou com eles?

Quem foi que estipulou o conformismo de contrariar a si mesmo em nome de a eles nunca contrariar? Quando foi que você concordou com eles?

Todos têm medo da entrega.



No fundo, você gostaria de se mover em uma entrega total, na qual todas as suas preocupações são dissolvidas e você possa simplesmente descansar. Mas você tem medo; todos têm medo da entrega.

Normalmente pensamos que somos alguém — e nada somos! O que você tem para entregar? Apenas um falso ego, apenas uma idéia de que você é alguém. Isso é apenas ficção. Quando você entrega a ficção, você se torna real.

Quando você entrega aquilo que você realmente não tem, você se torna aquilo que você é. Mas nos apegamos porque por toda a nossa vida fomos treinados a ser independentes. Por toda a nossa vida fomos treinados, programados para lutar, como se a vida toda nada mais fosse do que uma luta para sobreviver.

A vida é conhecida somente quando você começa a se entregar. Então, você para de lutar e começa a desfrutar. Mas, no Ocidente, o conceito do ego é muito forte e todos estão tentando conquistar algo.

As pessoas até falam em conquistar a natureza. Tolice absoluta! Somos parte da natureza; como podemos conquistá-la? Podemos destruí-la, não podemos conquistá-la. Aos poucos, toda a natureza está sendo destruída, toda a ecologia está sendo perturbada.

Nada existe a conquistar. Na verdade, você precisa se mover com a natureza, na natureza, e permitir que ela seja ela mesma.

22 novembro 2010

O Vício de Evitar

Os Companheiros Escolhidos Pelos Viciados em Amar. 
Características do Viciado em Evitar

Os Viciados em Amar são atraídos para pessoas com certas características identificáveis e previsíveis, e por outro lado pessoas com essas características sentem-se atraídas pelos Viciados em Amar. O primeiro atributo de um parceiro “Ideal” para um Viciado em Amar é a capacidade de evitar.

CARACTERÍSTICAS DO VICIADO EM EVITAR

Os Viciados em Evitar possuem pelo menos três características que se combinam para evitar a intimidade.

  1. Viciados em Evitar criam oportunidades de fuga do relacionamento ao assumir intensamente outras atividades (geralmente vícios), fora do relacionamento.
  2. Viciados em Evitar não se dão a conhecer, para se protegerem do controle e envolvimento por parte da outra pessoa.
  3. Os Viciados em Evitar rejeitam o contato íntimo com seu parceiro usando uma variedade de métodos que chamo de técnicas de afastamento.

Tenho encontrado as características do Viciado em Evitar mais freqüentemente no parceiro masculino de um relacionamento romântico entre um homem e uma mulher, embora existam relacionamentos em que o oposto é verdadeiro. É possível que num relacionamento homossexual um dos parceiros possa comportar-se como Viciado em Evitar. Além desses, essas características surgem também em muitos tipos de relacionamento - com crianças, pais, padrastos e madrastas, cliente-terapeuta ou amigos íntimos, para citar apenas algumas possibilidades.

O abandono é um aspecto fundamental nos relacionamentos que os Viciados em Evitar mantêm com os outros. Não se mostram como são para os filhos e conduzem sua vida por trás de muros emocionais protetores; como controladores invisíveis de marionetes, tentam continuamente controlar as escolhas das pessoas com quem se relacionam.

DOIS TEMORES: UM CONSCIENTE, OUTRO INCONSCIENTE

Os Viciados em Evitar temem conscientemente a intimidade porque acreditam que seriam drenados, engolfados e controlados por ela. Como veremos, na infância eles foram controlados pelas necessidades, pela realidade e pela existência de outra pessoa, e não pretendem repetir a experiência. Os Viciados em Evitar ficam com a ilusão de que maior intimidade implica em mais sofrimento, baseados na experiência infantil e nos Viciados em Amar que encontraram.

Ao mesmo tempo, o Viciado em Evitar sente o abandono no mesmo nível. Esse temor é inconsciente, embora em alguns casos possa aflorar à consciência. O temor na idade adulta deriva do abandono em criança, pois quando uma criança passa a sustentar um pai ou mãe, este deixa de considerar as necessidades emocionais da criança. Embora o abandono seja uma experiência menos óbvia para o Viciado em Evitar do que o envolvimento, é também real. Como o Viciado em Evitar em geral não faz contato na infância com outro ser humano que alivie a dor, o medo e o vazio do abandono, não aprende que um relacionamento pode contribuir para esse alívio. E no entanto é o medo inconsciente de ser abandonado que impele o Viciado em Evitar para os relacionamentos, embora tenha grande dificuldade em assumir compromissos e fazer contato com o parceiro.

Num nível inconsciente, o Viciado em Evitar reconhece o medo enorme do companheiro de ficar sozinho, e sabe que tudo o que precisa fazer para obter o que quiser é ameaçar abandonar o outro. Percebem que controlando o outro dessa forma evitarão ser drenados, envolvidos, controlados e, num nível mais profundo, evitarão o abandono.

Portanto, o Viciado em Evitar possui os mesmos temores que os Viciados em Amar intimidade e abandono. A diferença está na consciência. Os Viciados em Amar temem mais o abandono, e têm medo inconsciente de intimidade, o que provoca a escolha de alguém que não queira partilhar intimidade. Os Viciados em Evitar têm muito medo da intimidade, e medo inconsciente do abandono. Isso os mantém em vantagem nos relacionamentos, onde podem sentir-se poderosos, satisfazendo as necessidades do outro sem se deixar envolver.

EVITANDO A INTENSIDADE NOS RELACIONAMENTOS

Um dos principais objetivos do Viciado em Evitar é manter a intensidade do relacionamento restrita a um mínimo, pois sente-se cansado, assustado e ameaçado quando a intensidade aumenta. Evitam a intimidade concentrando-se de forma dependente em algo fora do relacionamento. Qualquer vício serve, e o efeito é o mesmo: não estão disponíveis para o relacionamento. Os parceiros ficam com a impressão de que eles não estão se entregando ao relacionamento, pois na verdade não estão mesmo.

Além disso, a intensidade da concentração fora do relacionamento dá aos Viciados em Evitar um sentimento de energia, de estar envolvendo-se com a vida; eles não sentem essa energia no relacionamento porque a mantêm em baixa intensidade. A consciência dessa ausência de energia provoca um sentimento de abandono.

EVITANDO SER CONHECIDO PELO PARCEIRO

Como já vimos, intimidade envolve partilhar informações sobre si mesmo para um ouvinte desprovido de julgamento. Os Viciados em Evitar, quando confrontados com o contato íntimo, tentam evitar que o outro os conheça e controle. Esse aspecto se manifesta na relutância em contar aos parceiros o que desejam e necessitam, exigindo que eles adivinhem.

O medo de ser manipulado vem desde a infância, quando as informações partilhadas foram usadas “traiçoeiramente” para manipulá-los de acordo com a vontade da pessoa que cuidava deles. Além disso, como vimos, o Viciado em Amar gosta de envolver o parceiro e de ser amado incondicionalmente; para isso usarão os dados pessoais dos Viciados em Evitar, sem a menor hesitação. Se o Viciado em Amar não consegue realizar algo que lhe foi pedido diretamente, o Viciado em Evitar sente-se abandonado, como foi em criança.

EVITANDO OPORTUNIDADES DE CONTATO ÍNTIMO

NO INTERIOR DO RELACIONAMENTO


O Viciado em Evitar utiliza várias técnicas de afastamento para evitar a intimidade. Esses processos incluem utilizar barreiras ao invés de frontei ras sadias, manter alguma forma de atividade externa, utilizar recursos psicológicos e aderir a algum tipo de vício. 

USANDO BARREIRAS AO INVÉS DE FRONTEIRAS SADIAS

O contato íntimo e saudável entre duas pessoas ocorre quando uma delas partilha sua realidade com a outra, e esta a compreende sem julgá-la, ou tentar mudá-la. Isso pode acontecer em vários níveis de realidade: física, sexual, emocional e intelectual. Fronteiras sadias são um ingrediente vital para uma troca mútua. Oferecem proteção, de forma que podemos escutar confortavelmente a realidade de outra pessoa, mesmo quando não gostamos. As fronteiras servem para curvar nossa própria realidade de forma que possamos expressá-la sem ofender ou invadir o espaço dos outros.

Um dos sintomas primários que muitos codependentes manifestam é a impossibilidade de manter fronteiras sadias. Algumas pessoas usam muros ao invés de fronteiras; as barreiras nos protegem, mas são um obstáculo para a intimidade. É quase impossível ocorrer a intimidade quando uma das pessoas, ou ambas, utilizam muros.

Imagine que está em pé, no limite de seu jardim, na divisa com seu vizinho. Essa divisa de propriedade é uma fronteira sadia. Você sabe onde fica, pode enxergar o outro lado, falar com seu vizinho através dela e construir assim um relacionamento. Mas tanto você quanto ele sabem onde começam os direitos de cada um. Se você constrói um muro alto de tijolos, ou uma cerca de madeira ao longo da linha divisória, existe um obstáculo físico entre você e seu vizinho. Você não mais pode vê-lo, ou falar facilmente com ele. O muro dá proteção e privacidade, mas interfere em seu relacionamento com o vizinho. Embora muros altos de tijolos possam ser vantajosos no que diz respeito à nitidez da fronteira, barreiras no relacionamento impossibilitam a intimidade.

Vários tipos de obstáculos interferem em nossa habilidade de relacionamento com outras pessoas. Muros de raiva e medo, por exemplo, afastam os outros com emoções fortes. Viciados em Evitar podem utilizar a barreira do silêncio, muito eficaz para reduzir ao mínimo a conversa; uma barreira de maturidade artificial, mantendo a aparência de calma o tempo todo e nunca demonstrando emoções (para evitar o aumento da intimidade); e uma barreira de polidez, agindo com educação o tempo todo, a ponto de poupar notícias ruins sobre o relacionamento - notícias que poderiam levar à discussão dos assuntos (evitar intimidade intelectual e emocional).

USANDO SUBTERFÚGIOS

Outra técnica utilizada pelo Viciado em Evitar consiste em manter-se ocupado com alguma outra coisa na presença do outro. Dirigir com o rádio ligado é um exemplo comum, assim como a televisão sempre ligada quando se está em casa, ou o hábito de consertar coisas e dedicar-se a passatempos. Algumas vezes o Viciado em Evitar envolvese com um esporte, como tênis ou boliche, apenas para passar mais tempo fora de casa.

Não há nada de errado com essas atividades, a não ser quando são utilizadas apenas para evitar um contato mais íntimo. Mesmo quando duas pessoas participam juntas de um esporte, tal como um pai e um filho que joguem golfe, ou caçam juntos, o envolvimento pode ser um substituto para evitar confidências.

CONTROLANDO O RELACIONAMENTO

A relação entre valor, poder e dinheiro em nossa cultura é um assunto fascinante. Sempre que nosso sentido de valor aumenta, nosso poder e a habilidade de produzir dinheiro também aumentam. Usando o mesmo raciocínio, se nos tornamos poderosos de alguma maneira, nosso senso de valor e a habilidade de ganhar dinheiro aumentam. Uma mudança em qualquer das três variáveis, implica em mudança das outras duas na mesma direção - para cima, ou para baixo.

Os Viciados em Evitar tentam controlar o dinheiro, ter mais poder e mais valor como formas de controlar o parceiro. Essa necessidade de controle deriva de seu maior temor: que alguém lhes diga como devem ser.

À primeira vista parece contraditório que uma pessoa, esforçando-se tanto para evitar o relacionamento, também queira controlar o companheiro de forma a evitar que ele saia. O que evita que essa pessoa se desligue e tome-se um eremita? Acredito que seja o medo inconsciente de ficar abandonado, e a sensação de poder que emana de ser encarado como salvador pelo Viciado em Amar, aparentemente impotente. O Viciado em Evitar deseja e precisa de um relacionamento, mas quer esse relacionamento da forma mais protegida possível, por medo de ser controlado. Utiliza a dinâmica dos valores, do poder, do dinheiro, e a recusa de intimidades para poder controlar a relação.

Outro método de dominar consiste em trabalhar duro para vencer e estar certo em todas as situações, porque estar errado levaria a uma perda de controle. Uma técnica diferente é evitar discutir, para não ter de enfrentar a lógica dos argumentos do parceiro, e acabar admitindo um erro, o que equivale a perder o controle.

Alguns Viciados em Evitar também usam força física para controlar o Viciado em Amar. Esse é um fator importante no estudo de relacionamentos com violência física.


O VICIADO EM EVITAR É ATRAÍDO PELA CARÊNCIA E
VULNERABILIDADE DO VICIADO EM AMAR



Viciados em Evitar são atraídos pela carência, dor e vulnerabilidade do Viciado em Amar. Sentem-se seguros por que essas características os colocam em posição de controlar o outro, e confiantes em poder fazê-lo. Esse sentido de poder e confiança, além do fato de ser encarado como Poder Maior, são os fatores que atraem os Viciados em Evitar para os Viciados em Amar.


O Viciado em Evitar sente-se seguro e desejado, como quando tomava conta dos pais. Na realidade, não enxerga o que o Viciado em Amar realmente é, mas atribui a ele as mesmas qualidades da pessoa de quem cuidou emocionalmente na infância. Como se vestisse a máscara do personagem no parceiro. O resultado disso é que nenhum dos dois pode ver o outro como realmente é.

Não se trata apenas de uma atração unilateral, pois o Viciado em Evitar sente-se atraído por pessoas com características de um Viciado em Amar. Como nos contos de fada, podemos dizer que foram feitos um para o outro. Essa “compatibilidade” contribui para o fato de que um filho adulto e Viciado em Amar pode continuar participando de uma relação interviciada com a mãe Viciada em Evitar, mesmo que ele seja casado. Nesse caso ele abandona a esposa e a família (tomando-se assim um Viciado em Evitar em relação à mulher).

Um Viciado em Evitar que seja terapeuta, pode experimentar atração por uma cliente Viciada em Amar. Tal terapeuta teria a clientela formada principalmente por pessoas dependentes, carentes, e prontas para tornar o terapeuta seu Poder Maior.

(...)


QUEM É A VÍTIMA?

A imaturidade combinada de cada um intensifica o relacionamento interviciado e também o torna caótico e não confiável. Os dois são responsáveis por isso. Nenhum é mais sadio ou doentio do que o outro, pois cada um à sua maneira explora o outro. O Viciado em Amar pode parecer uma vítima indefesa, e o Viciado em Evitar pode parecer mau, ou insensível, porém os dois atingem o companheiro; nenhum é vítima isolada.

O que complica o assunto é que numa relação amorosa esperamos que nossos companheiros se comportem com maturidade, embora nós mesmos continuemos agindo como crianças mimadas, reclamando e esbravejando. Nunca esquecerei o dia em que saí do estado de negação, parei de me iludir sobre minha maturidade e comecei a enxergar a realidade da pessoa com a qual meu marido estava vivendo - eu. Sair da negação foi um grande choque, mas acredito que foi o início da minha recuperação.

Os ciclos que estivemos mostrando são imaturos, estéreis e cheios de dor.

Felizmente existe uma forma sadia e compensadora de conviver num relacionamento.


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Do Livro - O Vício de Amar - Pia Melody
Editora: Best Seller / Círculo do Livro
Ano: 1992
Número de páginas: 263
Acabamento: Capa Dura
Formato: 13,5 x 21

Leia também: O Vício de Amar

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!