Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

28 novembro 2010

Horizonte Perdido - 1937

Horizonte Perdido

(Lost Horizon, 1937)
• Direção: Frank Capra
• Roteiro: James Hilton (livro), Robert Riskin (roteiro adaptado)
• Gênero: Aventura/Drama/Fantasia
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 118 minutos
• Tipo: Longa-metragem
• 10° Oscar - 1938

• Sinopse: Em março de 1935, Robert Conway,soldado, diplomata e herói britânico, é enviado à cidade chinesa de Baskul, a fim de retirar cerca de 90 cidadãos ocidentais, antes que os mesmos sejam mortos por uma revolução local. Depois concluir sua missão, juntamente com seu irmão, George, e três outros refugiados, Conway embarca num DC-2 com destino à Xangai. Após algumas horas de vôo, descobrem que o avião em que se encontram foi seqüestrado por um piloto mongol e que estão voando na direção oposta à Xangai, rumo às montanhas do Himalaia, no Tibet.

O avião mantém seu rumo até que, por falta de combustível, o piloto se vê obrigado a fazer um pouso de emergência numa região desolada e inteiramente coberta de neve. No impacto com o solo, o piloto morre. Segundo um mapa encontrado na cabine de comando, Conway conclui que se acham numa região jamais explorada.

Quando tudo parece perdido, um grupo de caminhantes chega ao local. Seu líder, Chang, fala inglês e diz pertencer a um mosteiro da região. Após receberem roupas apropriadas ao rigoroso clima local, os sobreviventes seguem com Chang e seu grupo até um ponto onde, ao atravessarem um portal, deparam-se com uma bela, ensolarada e fértil terra, um verdadeiro paraíso. Chang dá as boas-vindas à Shangri-lá, uma comunidade com magníficas estruturas em mármore, belos jardins, terraços, fontes e piscinas, formando o

Lamasery, um mosteiro tibetano. Aos hóspedes, são dados confortáveis e luxuosos aposentos.

Nesse refúgio espiritual, não há soldados nem polícia porque não há guerras nem crimes. Ocorrem, apenas, raras disputas por mulheres, sem maiores conseqüências. Vários tesouros culturais, tais como livros, instrumentos, esculturas, foram trazidos por carregadores ao longo de séculos.

No dia seguinte, Conway vê quando Sondra, uma jovem do local, passa a cavalo em direção a um bosque. Ele a segue e a encontra a nadar nua numa enorme piscina natural formada por uma cachoeira. Ele fica fascinado por sua beleza.

Em conversa com Conway, Chang diz que Shangri-lá foi construída pelo padre Perrault, um belga e primeiro europeu a chegar ao "Vale da Lua Azul", onde se acha a atual comunidade. Ao terminar a construção de Shangri-lá, o religioso estava com 108 anos e ainda bastante ativo. Conway revela a Chang que, pessoalmente, está muito feliz ali, mas que seu irmão e os outros acham-se ansiosos para voltarem à civilização. Assim, pergunta-lhe qual é o verdadeiro motivo de os manterem como verdadeiros prisioneiros de luxo. Chang lhe responde que somente o Grande Lama poderá dar-lhe as respostas que está querendo. A seu pedido, Conway é levado à presença do religioso.

Ao vê-lo, Conway percebe que o Grande Lama e o Padre Perrault são a mesma pessoa. Este lhe diz que realmente ele foi escolhido por Sondra para vir pra Shangri-lá, a partir da leitura de seus livros.

Com exceção de seu irmão George, os demais viajantes encontram paz, romance e contentamento em Shangri-lá. Em um segundo encontro com o Grande Lama, este designa Conway seu sucessor, já que o religioso está finalmente à beira da morte.

Nesse meio tempo, George e sua namorada russa, Maria, conseguem contratar um grupo de guias dispostos a levá-los de volta à civilização. Em seguida, procura o irmão a quem pede que os acompanhe nessa viagem. Depois de uma longa hesitação, Conway decide ir embora com George e Maria.

Ao descerem a perigosa montanha, uma avalanche mata todos com exceção de Conway. Este é encontrado com amnésia e levado por uma expedição chinesa até Xangai. Os jornais anunciam largamente o fato. A seguir, é embarcado num navio com destino à Londres, porém, ao recuperar a memória, ele salta da embarcação em Cingapura, iniciando uma nova viagem na tentativa de conseguir retornar à Shangri-lá.

Premiações:
Oscar de Melhor Direção de Arte.
Oscar de Melhor Edição..

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!