Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

22 novembro 2010

Aos anônimos críticos imaturos

Hoje pela manhã, ao abrir minha caixa de e-mails, deparei-me com a mensagem diária enviada pelo site "palavras de Osho", cujo tema era "Usar a imaginação para mudar o negativo em positivo", a qual li com devida mente aberta. Confesso que até agora não consigo acreditar que aquele é um dos textos do Osho, pois o mesmo mais se parece com um daqueles textos de mentalismo barato que só servem para vender livrinhos de auto-ajuda que em nada ajudam (diga-se de passagem, esse é o tipo de literatura que mais se vê nas prateleiras das livrarias hoje em dia - conteúdo que é bom, quase nada). Depois da leitura do mesmo, postei meus sentimentos referentes ao texto e não ao escritor, através de um comentário no mesmo site:

Nelson Jonas disse... Essa foi uma das mais fracas mensagens do Osho que já li. Mentalismo barato demais...

Prá que?... Mais do que rapidamente, surgiu um dos "defensores de plantão", devidamente protegido pelo "anonimato", disparando ataques feito um daqueles imaturos rebeldes shiitas:

Anônimo disse... hehehe e tu que não diz nada... o que importa é a mensagem e não palavras bonitas... Pois é... os que falam mal de Osho agora, não faz um terço para melhorar a humanidade e ainda o criticam. São os crucificadores. Se fosse na época de Cristo, com certezas estas pessoas estavam contribuindo para colocar pregos no corpo de Cristo. Ainda existem "crucificadores modernos". Melhorar o mundo ninguém quer, criticar e fofocar igual uma mulher estério e mal amada, todos fazem...

Depois de ler o "ataque" postado de forma anônima, repleta de erros de português, limitei-me a responder:

Nelson Jonas disse... Desculpem! Não sabia que aqui era necessário dizer "amém" para tudo. Aprendi com Osho que deve se questionar tudo... até ele.


De fato, não faço um terço, muito menos uma novena para mudar a humanidade. Isso seria pura perda de tempo, uma vez que a humanidade (que nada tem de humano), está interessada em qualquer coisa, menos em mudança ou transformação. Como a humanidade pode querer mudar se não consegue ao menos se dar ao trabalho de "questionar"? A humanidade só segue feito boi em manada rumo ao matadouro.

Digo ao cidadão que se esconde no anonimato, que até o presente momento, como ainda não estou "pronto", trabalho na minha transformação e compartilho deste trabalho através deste Blog, (o que acredito ser uma forma de tentar colaborar na transformação coletiva).

Não creio que o fato de não concordar com o conteúdo do texto, seja o mesmo que criticar a pessoa Osho. Procuro sempre separar o joio do trigo. Osho tem textos felizes e outros menos felizes. Se contradiz em vários deles. Como numa feira, pego aquilo que me interessa, sem brigar com o feirante (e mesmo ao feirante exponho meu ponto de vista, uma vez que seus produtos não estejam a altura da qualidade encontrada anteriormente). Acho que isso é o mínimo que se possa fazer para que se mantenha a qualidade de um local onde se busca por alimento nutritivo. Se abster de criticar aquilo que é "bom" é se conformar em não alcançar aquilo que é "melhor".

Só por hoje, estou usando minha imaginação para mudar o negativo para positivo, só que de outra maneira: parando de dizer "amém" para tudo e para todos, seja este um Osho, Buda, Cristo, Krishnamurti ou mesmo um imaturo critico rebelde protegido na covardia do anonimato on-line.

Não estou afim de me conformar a me "imaginar tremendamente feliz", deixo isso para os anônimos críticos imaturos... O que quero mesmo é ser feliz!

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!