Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

29 junho 2011

Sobre relações insanas


Numa relação de pessoas insanas, o que se pode esperar a não ser atitudes insanas?
Esperar por outro resultado, não demonstra, de nossa parte, semelhante insanidade?

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

25 junho 2011

Constatações sobre investimento


A maioria só constrói em cimento.
A minoria, sós, em si e na mente.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

24 junho 2011

O marketing da loucura



"A psiquiatria é provavelmente a única
 força mais destrutiva
 que tem afetado a sociedade 
nos últimos 60 anos."
Dr. Thomas Szasz
Professor de Psiquiatria Emeritus

Este é o documentário definitivo sobre drogar com psicotrópicos, bem como a forma como os psiquiatras vendem loucura. Esta é a história da parceria de elevados rendimentos entre a psiquiatria e as companhias farmacêuticas que gerou um centro de lucros a partir dos medicamentos psicotrópicos, no valor de 80 mil milhões de dólares. Mas as aparências enganam. Até que ponto são válidos os diagnósticos dos psiquiatras — e até que ponto são seguras as suas drogas? Investigando a fundo por detrás do verniz das grandes empresas, este documentário, em 18 partes, expõe a verdade por detrás dos esquemas atrativos do marketing e da fraude científica que escondem uma campanha de vendas perigosa e frequentemente mortífera.





































Para adquirir o DVD:
https://secure.cchr.org/pt/store/documentaries-and-dvds/marketing-of-madness.html

21 junho 2011

Por qual motivo?


Por qual motivo disfarçamos nosso sofrimento?

Por qual motivo desprezamos o sofrimento alheio?

Por qual motivo aceitamos crenças que nos isolam de nós mesmos?

Por qual motivo, entretidos, nos alienamos da prática de estabelecer fundamentais questões?

Por qual motivo somos tão atraídos para as vazias sugestões de mentes burguesas?

Por qual motivo, contrariados, aceitamos fazer uma coisa quando queremos fazer outra?

Por qual motivo aceitamos um tedioso e estressante trabalho qualquer do que a busca do conhecimento de uma contagiante vocação intransferível?

Por qual motivo aceitamos como natural tanta corrupção que a tudo consome e desqualifica de forma tão acelerada?

Por qual motivo aceitamos tamanha pressão de agenda que nos rouba os melhores anos de nossas vidas?

Por qual motivo aceitamos a poltrona e o controle remoto da tv como companheiros dos nossos últimos anos de vida?

Por qual motivo aceitamos um modo de vida que nos mantem distantes de uma verdadeira intimidade com outros seres humanos?

Por qual motivo, com sorrisos forçados, aceitamos a superficialidade dos assuntos, quase sempre pautados nas lembranças cor-de-rosa de um passado há muito mofado.

Por qual motivo proclamamos a mentira e enclausuramos a verdade?

Por qual motivo aceitamos uma política animalidade ao invés de uma rebelde humanidade?

Por qual motivo aceitamos deixar de pensar nestas questões e em outras tantas que poderiam qualificar em muito nossa mecânica e acelerada existência sem vida?

Por qual motivo?

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Filme - O Homem de Terno Cinza



O Homem do Terno Cinzento
(The Man in the Gray Flannel Suit)
Gênero: Clássico
Atores: Gregory Peck, Jennifer Jones, Fredric March, Marisa Pavan, Lee J. Cobb, Keenan Wynn, Ann Harding, Gene Lockhart, Portland Mason, Arthur O'Connell, Henry Daniell,
Direção: Nunnally Johnson,
Idioma: Inglês, Espanhol,
Legendas: Português, Inglês, Espanhol,
Ano de produção: 1956
País de produção: Estados Unidos,
Duração: 151 min.
Distribuição: 20th Century Fox Home Entertainment
Região: 1, 4
Áudio: Dolby Digital 4.0 (Inglês), Dolby Estereo 2.0 (Espanhol)
Vídeo: Widescreen Anamórfico 2.55:1
Cor: Colorido

Sinopse: Esta incrível história de sonhos e esperanças do pós-guerra, baseada no romance de Sloan Wilson, teve impacto em muitos homens e suas famílias. Gregory Peck é um marido e pai dedicado que larga seu emprego singelo e vai em busca de uma carreira promissora em publicidade. Com mais pressão no trabalho e cada vez mais problemas com sua esposa (Jennifer Jones), o jovem executivo em ascensão tem que decidir, como fez o seu chefe (Fredric March), o que é mais importante na vida: a família ou o sucesso.

Fazendo as contas

Para quem se banca
Em nada conta
Conta em banco.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

20 junho 2011

Filme - O Homem de Terno Branco


O HOMEM DE TERNO BRANCO 
(The man in the white suit, ING, 1951) 
Dir: Alexander Mackendrick. 
Com: Alec Guinness, Joan Greenwood, Cecil Parker.

Sidney Stratton (Alec Guinness), um cientista ingênuo, excêntrico e idealista desenvolve um tecido que não se desgasta e suja nunca, praticamente indestrutível. Seria uma descoberta espetacular da ciência se os executivos da indústria têxtil e o sindicato dos trabalhadores não fizessem de tudo para que Stratton nunca divulgasse essa informação à imprensa. Tanto para o lado das industrias quanto dos trabalhadores as perdas seriam incalculáveis e essa revolução geraria uma mudança na economia. Dessa forma o invento que possibilitaria enorme ganho humanitário de certa forma causaria uma crise econômica imensa para a sociedade.

Essa excelente comédia inglesa se equilibra espetacularmente nesse tema ambíguo. Os dois lados da moeda (capital x trabalhadores) compartilham do mesmo egoismo. No entanto, não existe um lado que esteja errado nessa questão e, também, certo. Por outro lado temos o idealismo de Stratton, que luta para que sua criação seja reconhecida e que tenha uma função benéfica na vida das pessoas, chocando-se com os efeitos reais que sua descoberta pode gerar em larga (crise na indústria têxtil, desemprego no setor) e pequena (as pobres senhoras que lavam roupas para fora ficarão sem trabalho!) escala.

Alec Guinness está perfeito com sua imensa sutileza que vai da ingênua euforia da descoberta à melancólica decepção pelo fracasso. O excelente roteiro é dirigido com precisão por Mackendrick que havia dirigido o delicioso Quinteto da Morte, também, com Alec Guinness.

Esse filme nos faz refletir o quanto as questões dos avanços e descobertas científicas e tecnológicas podem abalar o sistema capitalista vigente e o quanto, para que isso não aconteça, é necessário "sabotar" essas descobertas. Imaginem a criação do motor que funciona a base de água ou mesmo um tipo alternativo de combustível que pode ser produzido em larga escala e seja barato e não poluente. O que acontecerá com a Petrobrás e todos seus projetos em desenvolvimento, todos seus apoios, todos seus trabalhadores? E a cura do câncer? Como ficarão os laboratórios de pesquisa, os planos de saúde, os hospitais? São teorias conspiratórias, sim, em parte. Mas, o que garante que já não descobriram. Ou se descobrirem, o que garante que não serão compradas ou sabotadas e jamais veremos a solução para nossos problemas.

Esse filme nos faz pensar. Brilhante!

16 junho 2011

Observar e compartilhar sempre

Rodo do Cotidiano
Há muito tempo que eu não ficava tão estupefato com um livro. LAVAGEM CEREBRAL, de Joost A.M. Merloo, está me proporcionando respostas precisas a várias das minhas questões existenciais, bem como para muitos dos meus sentimentos passados e atuais. Em suas páginas, tenho encontrado um IMENSURÁVEL SENTIDO ao que venho vivenciando nestes meus últimos anos de deserto deserto. Por vezes, fico me questionando: como nunca consegui ver esta realidade por mim mesmo?... 


O que vivemos, nada diferente de um campo de concentração em momento de guerra. Guardas e prisioneiros, SÃO TODOS PRISIONEIROS, vivendo dentro do mesmo campo. O que difere é a qualidade e o espaço das celas; mas TODOS são prisioneiros. TODOS DIARIAMENTE ENFRENTAM OS APERTADOS VAGÕES PARA seu Auschwitz-Birkenau particular.  TODOS BRIGAM POR SUA PORÇÃO DIÁRIA DE ALIMENTO, TODOS SOFREM DE VÁRIOS MEDOS, TODOS TEM VÁRIAS DE SUAS NECESSIDADES ESSENCIAIS EXTREMAMENTE LIMITADAS... E RAROS SÃO OS QUE SE REBELAM, QUE ACEITAM PAGAR DIAS OU MESES DENTRO DE UMA SOLITÁRIA, QUE ACEITAM VIRAR AS COSTAS PARA CONTATOS DE FORTE INFLUÊNCIA CONFORMISTA. E mais raros ainda são aqueles que, mesmo inicialmente se rebelando, com poucos dias de solitária não se entregam ao conformismo, ao sistema operante. Raros conseguem ir até o fim e superar o medo da desintegração. Raros conseguem sobreviver a solidão que traz a tona os mais escondidos demônios interiores instalados em nós desde a mais tenra idade. O processo de auto-conhecimento nos colocou na solidão da cela — que é a nossa mente condicionada. É precisamos ficar com ela, ler seus conteúdos de forma diária e destemida, superar o medo de nosso inimigo (que é interno e não externo). Quem sabe, assim, seja possível o contato com outra realidade, com uma porta aberta em direção a luz que transpassa a razão. O mais importante é ter em mente que isso tudo faz parte de um processo, sempre permeado por impulsos para o retrocesso, para o conformismo, para a aceitação e enquadramento ao escravizante sistema estabelecido. É preciso observar atentamente. Observar e compartilhar o que se vê, sempre. 

Nelson Jonas Ramos de Oliveira


Filme: Revolver

As desaventuranças


Desaventurados os pobres do ensino, porque deles é o reino da submissão servil;
Desaventurados os que não se conformam, porque eles serão isolados;
Desaventurados os desinformados, porque eles serão escravos na terra;
Desaventurados os que têm fome e sede de uma mente desajustada, porque eles serão tidos como loucos;
Desaventurados os não ociosos, porque eles serão explorados escravos da rotina;
Desaventurados os que seguem a voz da razão, porque eles viverão em solidão;
Desaventurados os descondicionadores, porque eles serão vistos como rebeldes e invejosos;
Desaventurados os que perseguem a clareza mental, porque deles é o reino do ostracismo;
Desaventurados sois vós, se não comungarem com o que os autômatos dizem, se não compactuarem com suas mentiras, pois em vossa ausência, dirão todo mal contra vós e a vossa causa.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

14 junho 2011

Livro: LAVAGEM CEREBRAL

Lavagem Cerebral - menticidio: O rapto do espírito
Autor: Merloo, Joost Abraham Maurit
Editora: Ibrasa
Categoria: Psicologia / Psicologia
S.B.N.: 9788534801317
Cód. Barras: 9788534801317
idioma: Português
Número de Paginas: 390

A primeira parte deste livro trata das várias técnicas usadas para fazer de um homem um conformista dócil. Além do exame de acontecimentos políticos da atualidade, chama-se a atenção para certas idéias desenvolvidas em laboratório e para o uso de drogas, como meio de facilitar a lavagem do cérebro. O último capítulo trata do mecanismo psicológico subjacente da submissão mental.
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Uma das principais descobertas da psicologia moderna é que a massa pode ser condicionada pelo tipo de linguagem empregada em situações específicas. Estímulos direcionados ao ponto certo podem agir como instrumentos de dominação sobre homens e animais.

As relações dos homens com o mundo exterior e os semelhantes, explicam os psicólogos, podem ser dominadas mediante a simbologia da linguagem. O homem aprende a pensar por meio das palavras e das imagens verbais que armazena na experiência diária, e são esses os valores que vão interagir na elaboração do processo que condiciona a gradual percepção pessoal da vida e do mundo.

O psicólogo russo Dobrogaev, logo depois da Segunda Guerra Mundial, afirmou que “a linguagem é o meio de adaptação do homem ao seu ambiente”, e tal condição é imposta pela necessidade que o homem tem de comunicar-se com os semelhantes e, ainda, pelo significado desse processo nas relações com o mundo exterior. Em outras palavras, pode-se avaliar melhor a essência desse pensamento, mediante a constatação simplista: quem consegue ditar e formular as palavras e frases que usamos no dia-a-dia, enfim, quem domina os meios de comunicação, “é o senhor do espírito”.

Segundo Joost Merloo, médico holandês que se dedicou ao estudo dos métodos de lavagem cerebral utilizados durante e após a guerra, opiniões pré-fabricadas podem ser distribuídas repetidamente pela mídia, “até que atinjam a célula nervosa e implantem no cérebro um padrão rígido de pensamento”. Baseado na teoria desenvolvida por Pavlov, Merloo acrescentou que “a opinião pública dirigida é o resultado de uma boa técnica de propaganda, sendo as eleições nada mais do que a verificação do efeito, temporariamente bem sucedido, da manipulação pavloviana do espírito. Todavia, as eleições podem exprimir somente o que o povo finge pensar ou crer, por ser perigoso manifestar-se de outra forma”.

A fórmula do condicionamento político das massas é simples e consiste na repetição mecânica de temas e sugestões que, a seu tempo, acabam reduzindo o impacto e as oportunidades para divulgar a dissensão. Assim trabalham as atuais máquinas de propaganda e marketing político, substitutas das antigas agências de relações públicas então existentes, que no fundo faziam a mesma coisa.

Merloo lembrou, no livro Lavagem cerebral - Menticídio, o rapto do espírito (Ibrasa, SP, 1980), que os nazistas abusaram do poder condicionante da palavra reproduzida ao infinito para que ninguém ficasse escusado de ouvir a mensagem. O meio mais conhecido da época era o rádio, e o simples ato de desligar o aparelho atraía a suspeita dos agentes da Gestapo. A propósito, nunca é demais continuar tirando lições da arrogante fórmula de Goebbels, o arquiteto da propaganda hitlerista, para quem a mentira repetida à saciedade tornava-se verdade incontestável.

O poeta e ensaísta russo refugiado nos Estados Unidos, Joseph Brodsky, analisando um contexto que conheceu na intimidade, escreveu que pessoas não se transformam em tiranos porque têm vocação para tanto, e nem por mero acaso: “O veículo da tirania é um partido político (ou a hierarquia militar, que tem uma estrutura semelhante à do partido), porque para se chegar ao topo de alguma coisa é preciso encontrar algo que tenha uma topografia vertical”. A citação é do livro Menos que um (Cia. das Letras, SP, 1994), cuja leitura é altamente recomendável.

O que leva alguém ao topo é a lenta passagem do tempo, diz Brodsky, e isso nos soa com certa familiaridade. “Mesmo nas fileiras da oposição, o progresso no partido é lento; quanto ao partido no poder, não tem nenhuma razão para apressar-se, e ao cabo de meio século de domínio ele próprio passa a ser capaz de distribuir o tempo.”

Brodsky sempre foi um temerário dissidente do marxismo-leninismo, tanto que em 1972 foi forçado a deixar São Petersburgo (Leningrado), onde nascera em 1940, para refugiar-se nos Estados Unidos.

Suas palavras, porém, reafirmam onde quer que sejam lidas e quais forem os leitores, o indelével sinete da rebeldia incapaz de remover as montanhas da tirania, é verdade, mas forte o suficiente para ajudar a forja de homens e mulheres que não se dobram ao autoritarismo.

Ivan Schmidt, jornalista.

13 junho 2011

Constatações sobre desencontrados encontros

Qual o sentido de manter
encontros físicos com pessoas do passado, 
se nossos corações e mentes, no presente,
percorrem sentidos totalmente diferentes?

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Constatações filantrópicas

Durante a semana,
exploram seus funcionários.
Nos finais de semana,
se enganam com filantropia.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Constatações

Somos escravos do mais
que nos torna menos.


Nelson Jonas Ramos de Oliveira

09 junho 2011

Documentário - Consuming Kids


Origem: EUA
Ano: 2008
Tempo de duração: 66min. 
Direção: Adriana Barbaro, Jeremy Earp

Indispensável para quem tem crianças!

"Consuming Kids, a Comercialização da Infância", trata de como as grandes corporações utilizam-se da infância para gerar lucros gigantescos, vendendo todo o tipo de produtos, muitas vezes, de forma desonesta, desumana e pouco ética, tornando-as vulneráveis na idade mais delicada de suas vidas.

Cada vez mais os brinquedos representam personagens de TV, reduzindo o poder de imaginação, deixando as crianças menos criativas. Cada vez mais substitui-se a brincadeira de rua pela tela de TV ou computador. Com isso as crianças estão tornando-se mais obesas e menos atentas. O número de casos de disfunção bipolar infantil é 4 vezes maior que há 30 anos atrás, sem falar em outras doenças crescendo assustadoramente nessa faixa etária como diabetes, depressão, hipertensão.

Os comerciais de Fast-food, brinquedos, roupas, até mesmo automóveis para os pais são feitos utilizando-se de profissionais como psicólogos e antropólogos, desviando o ciência para uma única direção: o lucro.

Documentário - Colapso



Sabe, se tem falado muito sobre Abraham Lincoln, mas o presidente de quem precisamos hoje não é Abraham Lincoln, o presidente de quem precisamos hoje é Thomas Jefferson. Ele disse que necessitávamos de uma revolução a cada geração. Thomas Jefferson disse que temos de estar preparados de modo a preservar a vitalidade da nossa liberdade para defendê-la, derrubando nada mais do que aquilo que temos nas nossas mentes e que já não é aplicável. Ficamos muito preguiçosos, a revolução do nosso pensamento está atrasada várias gerações. Não estou falando de sangue e violência, apesar de temer que isso já esteja ocorrendo, estou falando de uma revolução que é provavelmente a mais difícil, uma que acontece no interior da alma e mente humanas. Sermos capazes de destruir e jogar tudo fora, começar com um pedaço de papel em branco e dizer: 
- "Muito bem, como resolvemos este problema?"
Michael Ruppert


E se o filme considerado o mais assustador do ano fosse um documentário? Pois Collapse de Chris Smith (American Job, American Movie) tem ganho esse prêmio da crítica lá fora. No documentário/entrevista com o radical pensador moderno, e profeta nas horas vagas, Michael Ruppert o mundo está no ponto de partida para o tal colapso que dá nome ao longa. Segundo Ruppert (que já acertou algumas analises econômicas anteriormente, inclusive a recessão que os EUA iam entrar) o mundo vai começar a entrar num grande e assustador caos, de onde não se tem como voltar.

País de origem: Estados Unidos 
Diretor: Chris Smith 
Duração: 1:20:45 
Ano de lançamento no Brasil: 2010














Para baixa-lo todo pro seu computador aqui vão os links
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e http://filebase.to/files/1661585/submerge-collapse.www.bestuniom.com.Up.Pedroka.avi

08 junho 2011

Filme - Um Novo Despertar

Título original: The Beaver
Duração: 100 minutos (1 hora e 40 minutos)
Gênero: Comédia / Drama
Direção: Jodie Foster
Ano: 2011
País de origem:EUA

Walter Black está sofrendo de extrema depressão e parece ter chegado ao fundo do poço quando sua esposa Meredith o expulsa de casa, o que o leva a beber e pensar em cometer suicídio. Mas um dia, em suas andanças, Walter conhece O Castor – um fantoche de mão do animal – encontrado no lixo, que conversa com ele com um sotaque britânico. Walter então descobre um novo sentido para a vida através das dicas do Castor, e se reaproxima com sua família e volta ao seu trabalho. Porém, as coisas começam a dar errado novamente quando O Castor começa a tomar por completo o controle da vida de Walter.

07 junho 2011

A arte da desobediência


No fundo de cada artista existe um lugar sagrado onde todas
as regras são postas de lado ou deliberadamente esquecidas,
e nada importa senão as escolhas instintivas do coração e da alma do artista.
Christopher Vogler

Sabe, se tem falado muito sobre Abraham Lincoln, mas o presidente de quem precisamos hoje não é Abraham Lincoln, o presidente de quem precisamos hoje é Thomas Jefferson. Ele disse que necessitávamos de uma revolução a cada geração. Thomas Jefferson disse que temos de estar preparados de modo a preservar a vitalidade da nossa liberdade para defendê-la, derrubando nada mais do que aquilo que temos nas nossas mentes e que já não é aplicável. Ficamos muito preguiçosos, a revolução do nosso pensamento está atrasada várias gerações. Não estou falando de sangue e violência, apesar de temer que isso já esteja ocorrendo, estou falando de uma revolução que é provavelmente a mais difícil, uma que acontece no interior da alma e mente humanas. Sermos capazes de destruir e jogar tudo fora, começar com um pedaço de papel em branco e dizer: "Muito bem, como resolvemos este problema?"
Michael Ruppert

Nunca como nos dias de hoje estivemos vivendo uma época em que a preocupação com a estética sobrepôs-se de tamanha forma a preocupação com a ética. Revestimos nossas bocas com dentes de porcelanas, mas temos a alma cariada. Nos vestimos com "marcas famosas" para esconder dos outros nossas "marcas desconhecidas" originarias de nossa educação medíocre, disfuncional e estúpida. Fazemos lipoaspirações das gorduras do corpo, mas mantemos nossas mentes com a gordura do embotamento dos condicionamentos e preconceitos disfuncionais oriundos da tradição familiar e social. Investimos nosso tempo e dinheiro em benfeitorias estéticas, mas não nos damos o tempo e a seriedade necessária para a formação de uma consciência apurada e assim nos mantemos num estado de mediocridade, insensibilidade e pobreza de espírito. Lustramos a porcelana, mas não trocamos a água estagnada do vazo.
Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Vivemos um momento histórico de globalização mas ao mesmo tempo de nivelamento (para baixo) de todos os valores culturais, éticos e estéticos. Por exemplo, os anos 70 trouxeram os movimnetos hippie, de vanguarda e rebelião cultural e da busca de um significado, de um sentido - tinha muito louco por aí, mas eram loucos vivos!! - hoje vemos as modas durarem, quando muito, o tempo de uma estação. As igrejas de salvação tomaram contas das maravilhosas salas de cinema e proliferam a vontade. A salvação fica mais "barata" e simples puxando R$5,00 do bolso e colocando no saquinho desses ricos ministros da fé. A Verdade parece ser um produto para poucos.
Swa Swarupa

A crescente confusão atual, sem dúvida, se deve a que queremos resolver cada problema com um certo padrão de ação, com uma certa ideologia, religiosa ou política. A religião organizada, evidentemente, impede a compreensão de qualquer problema, porque a mente está condicionada pelo dogma e pela crença. Nossa dificuldade é de compreender o problema diretamente, e não através de um determinado condicionamento religioso ou político; como compreender o problema de maneira que o conflito cesse, não temporariamente, mas completa e definitivamente, para que o homem possa viver com plenitude, sem as tribulações do futuro ou a carga do passado. É sem dúvida o que nos cumpre descobrir: como atender o problema de maneira nova.
Krishnamurti

A mera existência não é a vida. E as pessoas estão apenas existindo, vegetando, sobrevivendo de uma forma ou de outra. Para a sobrevivência, pão com manteiga e abrigo são suficientes, mas não haverá grandeza, esplendor. Seu céu interior permanecerá totalmente escuro. Não haverá estrelas, não haverá uma noite de lua cheia. É preciso rebelar-se, rebelar-se contra toda besteira que está sendo ensinada de fora pelas universidades, pelas igrejas, pelos sacerdotes, pelos políticos. É preciso rebelar-se contra tudo. É uma conspiração bastante antiga, com raízes muito profundas. Rebelar-se significa abandonar todo o passado e viver no presente, sem tradição alguma, sem lembrança alguma, sem conhecimento algum, viver como uma criança, como se você fosse o primeiro homem... Abandone o passado como se ele nunca tivesse existido, recomece sempre do bê-a-bá, do zero. Assim você terá uma vida linda, uma vida aventurosa, terá uma qualidade extática em sua vida.

A sociedade tudo lhe dará se você der a sua liberdade. Ela lhe dará respeitabilidade, grandes postos na hierarquia, na burocracia - mas você precisa abandonar uma coisa: sua liberdade, sua individualidade. Você precisa se tornar um número na multidão. A multidão odeia a pessoa que não é parte dela. A multidão fica muito tensa percebendo um estranho entre ela, pois o estranho se torna um ponto de interrogação.

Nem todos os rebeldes são iluminados, mas todos iluminados são rebeldes. A pessoa pode ser rebelde sem ser iluminada. Lênin, Marx, Tolstoi, são rebeldes, mas nenhum deles é iluminado e a rebelião deles permanecerá relacionada a situações sociais, econômicas e políticas muito comuns.
Osho

Os sistemas elitistas de poder são pouco afetados por protestos tradicionais e movimentos políticos. Devemos dar um passo além dessas “rebeliões do sistema” e trabalhar com uma ferramenta muito mais poderosa: parar de apoiar o sistema, ao mesmo tempo em que propagamos o conhecimento, a paz, a união e a compaixão. Não podemos “lutar contra o sistema”. Ódio, ira e a mentalidade de “guerra” são um modo ineficaz de obter mudança, pois eles perpetuam a mesma ferramenta que os sistemas de poder corruptos estabelecidos utilizam para manter o controle.
Movimento Zeitgeist

Veja você, existe uma revolução dentro do padrão da sociedade, ou uma completa revolução fora da sociedade. A completa revolução fora da sociedade é o que eu chamo revolução religiosa. Qualquer revolução que não é religiosa está dentro da sociedade e não é absolutamente, portanto nenhuma revolução, mas só uma continuidade modificada do padrão velho. O que acontece por todo o mundo, acredito eu, é a revolução dentro da sociedade, e esta revolução freqüentemente toma aquela forma chamada de delito. Existe certamente este tipo de revolta uma vez que nossa educação só está preocupada com juventude para encaixá-la na sociedade, isto é, prepará-la para a obtenção de emprego, ganhar dinheiro, ter cobiça, ter mais, e se adaptar. Isso é o que a nossa – tão chamada educação faz em toda parte – ensina o jovem a se adaptar, religiosa, moral, economicamente, assim naturalmente sua revolta não tem nenhum significado, a não ser que deve ser reprimida, reformada, ou controlada. Tal revolução ainda está dentro da estrutura da sociedade, e, portanto não é criadora em absoluto. Mas pela educação correta poderíamos chegar a uma compreensão diferente, talvez ajudando a livrar a mente de todo o condicionamento – isto é, incentivando os jovens a estar ciente das muitas influências que condicionam a mente para torná-la conformada.

Uma revolução sangrenta não produz paz perdurável nem felicidade para todos. Em lugar de meramente desejardes paz imediata neste mundo de confusão e angústia, considerai como vós, individualmente, podeis ser um centro não de paz mas de inteligência. A inteligência é essencial para a ordem, a harmonia e o bem-estar do homem. Há muitas organizações para a paz, porém, há poucos indivíduos livres, inteligentes no verdadeiro sentido da palavra. Vós deveis como indivíduos, começar a compreender a realidade; então a chama do entendimento se espalhará sobre a face da terra.
Krishnamurti

No que se refere a minha rebelião, ao meu rebelde, a violência está simplesmente fora de questão: ele não pode destruir, nós destruímos o suficiente; ele não pode matar: nós matamos o suficiente. É hora de parar toda essa maneira de vida idiota.

Objetivos corretos podem ser atingidos somente através de meios corretos. Através da violência não se pode atingir uma humanidade pacifica, silenciosa e amorosa; a violência estará nas raízes e envenenará toda a sua super estrutura.

A rebelião não foi tentada em vasta escala. Simplesmente com o esforço de milhões de pessoas meditando, amando o silêncio e a paz e destruindo todo tipo de descriminações que geram a violência, estaremos criando o espaço, o intervalo, a descontinuidade que pode salvar o ser humano e a vida sobre este planeta.
Osho
Vendo-se o que está se passando no mundo, e principalmente neste país, parece-me que o que se faz necessário é uma revolução total de consciência. E não será possível tal revolução, se permanecermos insensatamente apegados a crenças, idéias e conceitos. Não encontraremos saída de nossa confusão, angústia, conflito, pela constante repetição do Gita, do Upanishads e demais livros sagrados; isso poderá levar à hipocrisia, a uma vida de insinceridade, de interminável pregação moral, porém nunca a enfrentar realidades. O que nos cumpre fazer é, segundo me parece, tornar-nos cônscios das condições de nossa existência diária, de nossos infortúnios, nossas angústias, nossa confusão e conflito, e tratar de compreendê-los tão profundamente que possamos lançar uma base adequada, para começar. Não há outra solução. temos de enfrentar-nos assim como somos e não como deveríamos ser, segundo um certo padrão ou ideal. Temos de ver realmente o que somos e, daí, iniciar a transformação radical.

Só quando a mente é capaz de se livrar de todas as influências, todas interferências, de estar completamente só,... existe criatividade. No mundo, cada vez mais a técnica está sendo desenvolvida – técnica de como influenciar as pessoas pela propaganda, por compulsão, pela imitação, por exemplos, pela idolatria, pela adoração do herói. Há livros inúmeros sobre como fazer uma coisa, como pensar eficientemente, como construir uma casa, como montar máquinas, e de forma que gradualmente perdemos a iniciativa, a iniciativa de pensar de forma original algo por nós mesmos. Em nossa educação, em nosso relacionamento com governo, por vários meios, somos influenciados ao conformismo e a imitação. E quando permitimos a influência que nos convença a uma atitude particular ou ação, naturalmente nós criamos resistência com outras influências. E neste processo de criar uma resistência à outra influência, nós não cedemos a isso negativamente? A mente não deve estar permanentemente em revolta a fim de entender as influências que estão sempre colidindo, interferindo, controlando, amoldando? Não é isso uma das causas da mente medíocre que é sempre medrosa e, está num estado de confusão, quer ordem, quer coerência, quer uma fórmula, uma forma que possa ser guiada, possa ser controlada, e, mas estas fórmulas, estas várias influências criam contradições no indivíduo, cria confusão no indivíduo. Qualquer escolha entre as influências é seguramente ainda um estado de mediocridade. ... Não deve ter a mente à capacidade, não de imitar, não de acomodar-se e ser sem medo? Tal mente não deve estar só e, portanto ser criativa? Essa criatividade não é sua nem minha, é anônima!

Há necessidade de indivíduos revoltados, não parcialmente, porém totalmente revoltados contra o "velho", pois só tais indivíduos poderão criar um novo mundo, um mundo não baseado na aquisição, no poder e no prestígio.

A mente individual é uma mente revoltada e, por conseguinte, não busca segurança. Mente revolucionária não é o mesmo que mente revoltada. A mente revolucionária visa alterar as coisas de acordo com um certo padrão, e essa mente não é uma mente revoltada, não é uma mente que esteja insatisfeita consigo mesma.

Não sei se vocês já observaram que coisa extraordinária é a insatisfação. Vocês conhecem muitos jovens insatisfeitos. Eles não sabem o que fazer; sentem-se miseráveis, infelizes, revoltados, buscando isto, tentando aquilo, fazendo perguntas intermináveis. Mas quando crescem, arrumam um emprego, casam e esse é o fim de tudo. Sua insatisfação fundamental é canalizada e, depois, a infelicidade assume o comando. Quando jovens, seus pais, seus mestres, a sociedade, todos lhe dizem que não se sintam insatisfeitos, que descubram o que querem fazer e o façam — tudo, porém, dentro dos padrões. Esse tipo de mente não é revoltada e você precisa de uma mente realmente revoltada para encontrar a verdade — não de uma mente conformada. Revolta significa paixão.
Krishnamurti

O homem, agora, precisa destruir todos os tipos de servidão e sair de todas as prisões - escravidão, não mais. O homem tem de se tornar um indivíduo. Tem de se tornar um rebelde.

Não obedeça ninguém.
Simplesmente obedeça seu ser.
Para onde ele o levar, vá sem temor, em liberdade.
Uma vez percebida uma certa verdade, você nada mais poderá fazer além de obedecê-la.
Mas precisa ser a sua visão, sua percepção, a sua compreensão.
Comece com a desobediência.
Osho


Organizado por: Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Filme - Nascidos em Bordéis


Título no Brasil: Nascidos em Bordéis
Título Original: Born Into Brothels: Calcutta's Red Light Kids
País de Origem: Índia / EUA
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento: 2004
Site Oficial: http://kids-with-cameras.org/bornin tobrothels/film.php
Estúdio/Distrib.: Focus Filmes
Direção: Zana Briski / Ross Kauffman

Este ganhador do Oscar, mostra a vida de crianças do bairro da Luz Vermelha, em Calcutá. O aparente enriquecimento da Índia deixa de lados os menos favorecidos. Porém, ainda há esperanças. Os documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman procuram essas crianças e munido de câmeras fotográficas pede para elas fazerem retratos de tudo que lhes chamam a atenção. Os resultados são emocionantes E enquanto as crianças vão descobrindo essa nova forma de expressar, os cineastas lutam para poder dar mais esperança, para as quais a pobreza é a maior ameaça à realização dos sonhos.











06 junho 2011

Tenha fome de vida, sede de descobrir





Você tem que encontrar o que você ama

“Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais dezoito meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei?

Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.” Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade.

E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de 6 meses, eu não podia ver valor naquilo. Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes.

Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. Muito do que descobri naquele época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço.

Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.

Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse. Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para a frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois. De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.

Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação – o Macintosh – e eu tinha 30 anos. E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo.

Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.

Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.

Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último”. Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.

Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo – expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.

Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas – que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus. Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem. Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.

O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário. Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes do Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de The Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: “Continue com fome, continue bobo”. Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
Obrigado. ”

Portais


Manhã fria, com céu de límpido azul. Estou num vazio só, neste imenso deserto de coisas vazias. Enquanto a grande maioria corre, não sei o que fazer com meu dia, muito menos com a conhecida inquietude. A mente não se encontra agitada, porém, não silencia e seu conteúdo me parece totalmente inútil. Nela, só o velho se apresenta.

Andando a passos lentos, anseio por uma resposta interna, algo que me posicione neste mundo, onde não encontro nada que me atraia, que me motive (algo com o qual possa ter, além das minhas reduzidas despesas garantidas, também minha nutrição interna de sentido).

O conteúdo dos conhecidos portais, para mim, são sem conteúdo. Política, esporte, sequencias de fraudes e desfalques, corrupções, notícias de vítimas fatais, vida de celebridades, mega ofertas de consumo, receitas de microondas, nada faz sentido. 

Sinto a necessidade da abertura de um outro "Portal". Parece que poucos me entendem. 

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Sobre educação


A educação atual não passa de um "genocídio mental",
política e midiaticamente organizado.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Meio ambiente


Muito se fala sobre o meio ambiente.
Muito se cala sobre o ambiente do meio. 

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Triste fato nutricional



Em família, o que há de comum é o mensal almoço de domingo:
nutritivo e calórico em alimento, desnutrido e frio em idéias.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

04 junho 2011

Sobre grifes

Eu não sou gado prá levar marca no peito.
Nelson Jonas Ramos de Oliveira




E Não Sobrou Ninguém


Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me,
porque, afinal, eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me,
porque, afinal, eu não era social-democrata.
Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei,
porque, afinal, eu não era sindicalista.
Quando levaram os judeus, eu não protestei,
porque, afinal, eu não era judeu.
Quando eles me levaram,
não havia mais quem protestasse

Martin Niemöller

03 junho 2011

Frases do filme "ELES VIVEM"

Eles usam as suas línguas para enganar você. O veneno está nos lábios deles. Suas bocas estão cheias de amarguras e pragas. O temor a Deus não faz parte deles. Eles levaram os corações e mentes de nossos líderes. Eles nos cegaram para a verdade. Nosso espírito humano está corrompido. Por que adoramos a ganância? Fora de nossa visão eles estão se alimentando de nós. Parados sobre nós, do nascimento a morte, eles são nossos donos. Eles nos têm. Eles nos controlam. Eles são nossos mestres. Acorde. Eles estão a nossa volta...

Às vezes, quando vejo TV, eu paro de ser eu mesma. Eu sou uma estrela... Eu tenho o meu próprio talk show, ou estou no noticiário, saindo de uma limusine. Tudo que tenho a fazer é ser famosa e ter gente me assistindo. E eles me amam. Eu nunca envelheço, e nunca morrerei...

Eu não gosto de ser seguido, a menos que eu saiba o porquê. Eu não vou junto com ninguém, até ver onde está indo...

A regra dourada: Quem tem a grana faz as regras.
é um tipo de jogo maluco.

O nome do jogo é: Passar pela vida. Só que é cada um por si, e, tentando botar o teu na reta. Você faz o que pode, mas, eu vou fazer o meu melhor pra poder enfiar no teu rabo.

Nossos impulsos estão sendo redirecionados. Nós vivemos num estado de consciência induzido artificialmente. O movimento começou 8 meses atrás com um grupo de cientistas. Eles acidentalmente descobriram estes sinais sendo transmitidos. A classe pobre está crescendo, direitos humanos não existem. Em sua sociedade repressora, nós somos seus cúmplices. Sua intenção de domínio repousa na
aniquilação de nossa consciência. Nós fomos induzidos a um transe. Eles nos tornaram indiferentes. Estamos focados apenas em nossos ganhos. Eles estão a salvo. Enquanto não forem descobertos. Este é o seu método de sobrevivência. Nos manter adormecidos, nos fazer egoístas. Nos manter sedados. A dormente classe média está repentinamente empobrecendo. Nós somos o gado deles. Nós somos criados para a escravidão. A gente não consegue barrar esse sinal. O sinal deve ser cortado na fonte.

ELES VIVEM
NÓS DORMIMOS


Eu tenho um trabalho agora. E pretendo mantê-lo. Vou continuar andando na linha branca. Não incomodo ninguém. Ninguém me incomoda. Você devia agir assim.

A linha branca no meio da estrada. É o pior lugar para dirigir.

OBEDEÇA

OBEDEÇA

CASE E REPRODUZA

NÃO HÁ LIVRE PENSAR

CONSUMA

CONSUMA - COMPRE

ASSISTA TV - DURMA

COMPRE

OBEDEÇA

NÃO QUESTIONE A AUTORIDADE

ESTE É O SEU DEUS

Durma.

Durma.

Durma.

Fique firme. Você não é o primeiro a acordar de um sonho.

CONFORME-SE

Talvez, eles sempre tenham estado conosco, aquelas coisas lá. Talvez eles adorem, nos ver odiar uns aos outros. Ver-nos matando uns aos outros. Se alimentando de nossos corações frios.

O mundo precisa de um despertador. E nós vamos dar corda nele.

Existem humanos se aliando a eles? Eles se venderam. Promoções, gordas contas bancárias, casas novas, carrões. Perfeito, não? Fazemos tudo para sermos ricos. Eles estão mudando nossa atmosfera na atmosfera deles. Eles são empresários capitalistas. A Terra é apenas mais um negócio. Nós somos o terceiro mundo deles. Sugar tudo que puder daqui, e ir para o próximo planeta. Eles querem nossa indiferença ignorante. Nós podemos ser seus cãezinhos ou comida. Mas, tudo o que somos é patrimônio ambulante deles.


Lá pelo ano de 2025, a América e todo este planeta estará sob a proteção desta poderosa aliança. Os lucros têm sido substanciais para nós e para vocês, a elite dominante humana. Vocês nos deram os recursos que precisamos para a nossa expansão. Como pagamento, o ganho per-capita de cada um de nós aumentou. Só este ano, uma média de 39%.

São negócios. Apenas negócios. É só o que é. Vocês não entendem, não é? Não existem mais países. Não tem mais gente boa. Eles estão mandando no espetáculo. Eles possuem todo o planeta. Eles podem fazer o que quiserem. Nós podemos ganhar algo com isso. Se nós os ajudarmos, eles nos deixarão livres para ganhar alguma grana. Vocês podem ter uma amostra grátis de vida mansa. Isso é o que todo mundo quer... Nós todos nos vendemos todo o santo dia, e é melhor estar no time que está ganhando.

02 junho 2011

Dica de Filme - Eles Vivem

Título no Brasil: Eles Vivem
Título Original: They Live
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 94 minutos
Ano de Lançamento: 1988
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.:
Direção: John Carpenter

John Nada (Roddy Piper) é um trabalhador braçal que chega a Los Angeles e encontra trabalho numa fábrica. Durante uma inusitada operação repressiva, a polícia destrói um quarteirão inteiro do bairro miserável em que vive. Na confusão Nada encontra óculos escuros aparentemente comuns, porém ao usá-los consegue enxergar horrendas criaturas alienígenas disfarçadas de seres humanos, bem como as mensagens subliminares que elas transmitem através da mídia em geral. Nada percebe que os invasores já estão controlando o planeta e, juntamente com seu companheiro de trabalho Frank (Keith David), decide se engajar no movimento de resistência, que é perseguido como subversivo pela polícia.
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Segundo o site www.omelete.com.br:
8 O'Clock in the Morning | Matt Reeves vai adaptar o conto que deu origem a Eles Vivem
Diretor de Cloverfield e Deixe-me Entrar fala sobre a adaptação

Marcelo Hessel
12 de Abril de 2011

Matt Reeves (Cloverfield, Deixe-me Entrar) está de projeto novo na Universal. Ele vai escrever e dirigir um longa adaptado do conto 8 O'Clock in the Morning, do cartunista e autor de ficção científica Ray Nelson.

Na trama, George Nada participa de um número de hipnose. Quando recebe a ordem para acordar, sente que enxerga as coisas ao seu redor de um jeito diferente. Aos poucos George percebe que estamos cercados de aliens que controlam a sociedade, com pôsteres e frases de ordem espalhados por todos os cantos, com dizeres como "obedeça", "case-se e reproduza" e "trabalhe oito horas, divirta-se oito horas, durma oito horas".

O conto de 1963 já serviu de base para Eles Vivem, o filme de John Carpenter de 1988. A Universal já tem os direitos de 8 O'Clock in the Morning desde aquela época.

A versão de Reeves não vai manter as mudanças feitas por Carpenter (em Eles Vivem, os aliens são vistos com óculos especiais), mas o ponto de vista de George continua sendo essencial. "Eu vi a oportunidade de fazer um filme que dependesse bastante da perspectiva [do personagem], um suspense psicológico de ficção científica que explora o pesadelo desse cara", disse Reeves ao Deadline.

"Poderia haver uma história de amor desesperada no centro disso. Carpenter optou por um viés satírico do material e a implicação política de ser controlado. Eu sou mais atraído pelo lado emocional, pela experiência de paranoia como em Vampiros de Almas ou um filme de Roman Polanski", completou.

Reeves está começando agora a escrever o roteiro, mas já trata o projeto como seu próximo filme como diretor.

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!