Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

21 junho 2011

Por qual motivo?


Por qual motivo disfarçamos nosso sofrimento?

Por qual motivo desprezamos o sofrimento alheio?

Por qual motivo aceitamos crenças que nos isolam de nós mesmos?

Por qual motivo, entretidos, nos alienamos da prática de estabelecer fundamentais questões?

Por qual motivo somos tão atraídos para as vazias sugestões de mentes burguesas?

Por qual motivo, contrariados, aceitamos fazer uma coisa quando queremos fazer outra?

Por qual motivo aceitamos um tedioso e estressante trabalho qualquer do que a busca do conhecimento de uma contagiante vocação intransferível?

Por qual motivo aceitamos como natural tanta corrupção que a tudo consome e desqualifica de forma tão acelerada?

Por qual motivo aceitamos tamanha pressão de agenda que nos rouba os melhores anos de nossas vidas?

Por qual motivo aceitamos a poltrona e o controle remoto da tv como companheiros dos nossos últimos anos de vida?

Por qual motivo aceitamos um modo de vida que nos mantem distantes de uma verdadeira intimidade com outros seres humanos?

Por qual motivo, com sorrisos forçados, aceitamos a superficialidade dos assuntos, quase sempre pautados nas lembranças cor-de-rosa de um passado há muito mofado.

Por qual motivo proclamamos a mentira e enclausuramos a verdade?

Por qual motivo aceitamos uma política animalidade ao invés de uma rebelde humanidade?

Por qual motivo aceitamos deixar de pensar nestas questões e em outras tantas que poderiam qualificar em muito nossa mecânica e acelerada existência sem vida?

Por qual motivo?

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!