Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

23 novembro 2010

Todos têm medo da entrega.



No fundo, você gostaria de se mover em uma entrega total, na qual todas as suas preocupações são dissolvidas e você possa simplesmente descansar. Mas você tem medo; todos têm medo da entrega.

Normalmente pensamos que somos alguém — e nada somos! O que você tem para entregar? Apenas um falso ego, apenas uma idéia de que você é alguém. Isso é apenas ficção. Quando você entrega a ficção, você se torna real.

Quando você entrega aquilo que você realmente não tem, você se torna aquilo que você é. Mas nos apegamos porque por toda a nossa vida fomos treinados a ser independentes. Por toda a nossa vida fomos treinados, programados para lutar, como se a vida toda nada mais fosse do que uma luta para sobreviver.

A vida é conhecida somente quando você começa a se entregar. Então, você para de lutar e começa a desfrutar. Mas, no Ocidente, o conceito do ego é muito forte e todos estão tentando conquistar algo.

As pessoas até falam em conquistar a natureza. Tolice absoluta! Somos parte da natureza; como podemos conquistá-la? Podemos destruí-la, não podemos conquistá-la. Aos poucos, toda a natureza está sendo destruída, toda a ecologia está sendo perturbada.

Nada existe a conquistar. Na verdade, você precisa se mover com a natureza, na natureza, e permitir que ela seja ela mesma.

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!