Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

06 novembro 2010

Nada


Olhares, upload feito originalmente por NJRO.

Nada
Pedro Mariano
Composição: Diego Saldanha

Quando o sol chegar não tenha medo
você acha estranho esse meu poder de transformar os sonhos em melodias?
que por acaso alimentam o meu desejo
e a certeza que mais nada
vai tirar o meu descanso
essa vida assim tão rara
faz brilhar o meu encanto
ilumina a minha estrada
e me traz o meu sossego
alivia o pesadelo
faz de conta que é seguro amanhecer e ver que nada
pode acreditar nos meus segredos
não há mais engano
eu me acostumei a me entregar pro mundo
e a luz do dia
cada vez mais clara
vai mostrar o que eu não vejo pra dizer
que agora nada
vai tirar o meu descanso
essa vida assim tão rara
faz brilhar o meu encanto
ilumina a minha estrada
e me traz o meu sussego
alivia o pesadelo
faz de conta que é seguro
e ver que nada


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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!