Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

26 novembro 2010

Engodo


Engodo, por NJRO.

Não acredito em acreditar. Isso precisa ser compreendido primeiro.
Ninguém me pergunta: "Você acredita numa rosa?" Não há necessidade. Você pode ver; a rosa está aí ou não.
Somente ficções, e não fatos, precisam que acreditemos nelas.
A crença é confortável e conveniente; ela embota. Ela é uma espécie de droga; torna-o um zumbi. Um zumbi pode ser cristão, hindu, muçulmano - mas todos eles são zumbis com diferentes rótulos. E às vezes eles ficam enjoados de um rótulo, então o mudam: o hindu se torna cristão, o cristão se torna hindu - um novo e diferente rótulo, porém, por trás do rótulo, o mesmo sistema de crença.
Destrua suas crenças.
Certamente isso será desconfortável, inconveniente, mas não se alcança nada valioso sem inconveniências.

Autor: Osho - Palavras de um homem silencioso - Ed. gente
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Como cristãos vocês foram criados no seio de uma igreja erigida pelo homem há cerca de dois mil anos, com seus padres, seus dogmas e rituais. Na infância foram batizados e quando cresceram lhes foi dito em que acreditar; vocês passaram por todo esse processo de condicionamento, de lavagem cerebral. A pressão dessa religião propagandista é, obviamente, muito forte, sobretudo porque ela é bem organizada e apta a exercer influência psicológica através da educação, de adoração de imagens, do medo, e capaz de condicionar a mente de incontáveis maneiras.



Autor: Krishnamurti - Sobre Deus - Ed. Cultrix

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!