"A liberdade de espírito ao preço da mais sangrenta autovivissecção, assistindo e apressando o crepúsculo de todos os ídolos em cujos altares outrora imolara", "desse isolamento doentio, do deserto desses anos de ensaio, o caminho ainda é longo até aquela descomunal segurança e saúde transbordante ... até aquela madura liberdade de espírito que é também autodomínio e disciplina do coração e permite os caminhos para muitos e opostos modos de pensar" .....
"Ele olha com gratidão para trás - grato a sua andança, a sua dureza e a seu estranhamento de si, a seu olhar a distância e a seu vôo de pássaro em frias altitudes. Que bom que ele não permaneceu, como alguém delicado, embotado, que fica em seu canto, sempre, "em casa", sempre "junto de si"! Ele estava fora de si: não há dúvida nenhuma. Somente vê a si mesmo - e que surpresas encontra nisso! Que arrepio nunca provado!... ".
Labirintos da Alma: Nietzsche e a auto-supressão da moral -Giacoia Júnior, Osvaldo