Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

23 setembro 2015

Da diferença da qualidade das escolas

A crise iniciática nos abre a porta do caminho do autoconhecimento, o qual traz consigo, um processo de re-família e também de re-educação. 

A crise iniciática nos apresenta "novos pais e novos padrinhos conscienciais". Ela nos apresenta novas escolas com seus novos mestres, com seus novos cursos e novas matérias, as quais não nos direcionam para o irrefletido vício de colecionar matéria morta, mas sim, para a restauração do olhar capaz de perceber a VIDA que anima toda manifestação e matéria. 

Nas escolas sistêmicas, aprendemos conhecimento; nas escolas iniciáticas, desaprendemos o espírito pelo qual nos foi passado o conhecimento e, ao assim fazê-lo, nos possibilita o encontro com a Sabedoria, encontro este que aguçá  a inteligência com a qualidade do Amor Integrativo, que sabe fazer o correto uso do conhecimento adquirido. 

As escolas sistêmicas nos apresentam estados com suas capitais; as escolas iniciáticas nos capacitam estados conscienciais.  

Nas escolas sistêmicas, somos forçados ao uso de um uniforme; nas escolas iniciáticas, aprendemos a ir além do ajustamento forçado das aparências e das formas, para que assim seja possível a integração no Uno, onde toda dualidade se perde. 

Nas escolas sistêmicas, chegamos quase que como uma folha em branco, uma vez que já haviam nela, rabiscos e rasgos das mais variadas matizes, causados pela nossa família de origem; As escolas iniciáticas têm a função de, com sua dor, nos tornar o necessariamente "rasos" no que diz respeito ao conhecimento adquirido e na memória de toda forma de rabisco e rasgo emocional; elas nos apresentam a borracha da observação sem escolhas, onde todo rabisco emocional pode ser devidamente apagado da memória. Sem a manifestação desse "estado raso", não podemos ser como um "soldado raso", devidamente prontificado para ter soldado as suas fragmentações psicológicas, através da purificadora chama do Ser que somos.

As escolas sistêmicas se preocupam apenas em nos tornar funcionais gladiadores na estreita arena da matéria e do capital. As escolas iniciáticas se preocupam em nos facultar o estado de prontificação para que seja possível a manifestação da escuta da voz mansa e suave do coração. Não existe tal coisa como "teste vocacional", que seja capaz de apontar aquilo que só o coração pode nos apontar. O que o sistema tem por teste vocacional, traz consigo o mesmo resultado de querer escrever com um lápis sem ponta; lhe falta a ponta que aponta, mesmo que por linhas tortas. 

A escola sistêmica nos "forma"; as escolas iniciáticas nos "integram".

As escolas sistêmicas nos mesmerizam; as escolas iniciáticas reluzem nossa originalidade. 

As escolas sistêmicas nos tornam "donos"; as escolas iniciáticas nos devolvem ao coração de nosso único dono, onde toda forma de dano, pode chegar ao seu findar. 

Outsider

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!