Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

07 janeiro 2011

De que devo ter medo?

Amor, upload feito originalmente por NJRO.

P: De que devo ter medo?

M: Para que a realidade seja, as idéias de "eu" e de "meu" devem desaparecer. Elas desaparecerão se você permitir. Então reaparece seu estado natural, no qual você não é nem o corpo nem a mente, nem o "eu" nem o "meu", mas está em um estado totalmente diferente de ser. É pura Consciência de ser, sem ser isto ou aquilo, sem nenhuma auto-identificação com nada em particular ou em geral. Nessa luz pura da Consciência não há nada, nem sequer a idéia de nada. So há luz.

P: Há pessoas a quem amo. Devo abandoná-las?

M: Apenas desista de possuí-las. O resto depende delas. Podem perder o interesse em você ou não.

Sri Nisargadatta Maharaj

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!