Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.
02 janeiro 2011
Peitoril
Eu não quero escutar barulhos na tv
Eu não quero o vendedor vindo atrás de mim
Eu não quero viver mais na casa do meu pai
Eu não quero rápido, eu não quero de graça
Eu não quero que te mostre o que eles fizeram por mim
Eu não quero viver mais na casa do meu pai
Eu não quero escolher entre preto ou azul
Eu não quero ver o que eles fizeram por você
Eu não quero viver mais na casa do meu pai
Porque a maré está alta e está ainda elevando-se
E eu não quero medo em meu peitoril
Eu não quero dar lhes meu nome e endereço
Eu não quero ver o que acontece depois
Eu não quero viver mais na casa do meu pai
Eu não quero viver com a dívida de meu pai
Você pode perdoar o que você não esqueceu
Eu não quero viver mais na casa do meu pai
Eu não quero lutar em uma guerra divina
Eu não quero o vendedor batendo na minha porta
Eu não quero mais viver na América
Porque a maré está alta e está ainda elevando-se
E eu não quero medo em meu peitoril
Eu não quero
Não quero ver o meu peitoril
Não quero ver o meu peitoril
MTV o que você tem feito por mim?
Salve minha alma, me liberte
Me liberte, o que você tem feito por mim?
Eu não posso respirar, eu não posso durmir
Guerra dos três mundos, quando que você está vindo por mim?
Intensificando faíscas para pôr as chamas livres
As janelas estão trancadas agora, então o que será?
Uma casa no fogo ou a elevação do mar?
Não quero ver o meu peitoril
Não quero ver o meu peitoril
Não quero ver o meu peitoril
*janela que vai até a altura do peito
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Escolho meus amigos pela pupila
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde