Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.
21 outubro 2010
Poemas sobre a Verdade
Cuidando de buscar a Verdade segundo os demais,
Cada vez se afastava mais de mim …
Agora ando só comigo mesmo,
E não há outro mais que eu;
Não obstante, não sou eu…
Uma vez entendido isto,
Estou com Ela cara a cara.
Tung-shan
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Não busqueis o caminho nos outros,
em um lugar distante;
O caminho está debaixo de nossos pés.
Agora viaje só…
Porém pode encontrá-lo em toda parte;
certamente, ele agora sou eu,
porém agora eu não sou ele.
Assim também, quando encontro o que encontro,
Posso obter a verdadeira liberdade.
Tozan
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Nada de reflexão,
Nada de analises,
Nada de cultivar-se,
Nada de intenção:
Deixa que se resolva só.
Budismo Tibetano
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Como o céu vazio, carece de limites,
porém está em seu lugar, sempre profundo e claro.
Quando tratas de conhecê-lo, não podes vê-lo.
Não podes agarrá-lo,
Porém, não podes perde-lo.
Ao não poder pegá-lo, o pegas.
Quando calas, fala;
Quando falas, cala.
O grande portão esta aberto de par em par para dar esmolas,
E nenhuma multidão bloqueia o caminho.
Cheng-tao Ke
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Penetra na verdade última da mente,
e não terás coisas e não-coisas.
Iluminados e não-iluminados… são o mesmo.
Não há mente nem coisa.
Dhritaka, sexto patriarca Zen
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A mente se move com dez mil coisas;
Até quando se move está serena.
Percebe sua essência a medida que se move,
E não há alegria nem aflição.
Manura, vigésimo segundo patriarca Zen
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O grande caminho não tem portas,
(porém) quão entrelaçados são as passagens!
Uma vez transposto este passo fronteiriço,
Recorres à real solidão do universo.
Hui-k´ai (1183-1260)
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Escolho meus amigos pela pupila
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde