Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

18 outubro 2010

A droga do momento: política

Se o homem dirigisse apenas 10% da atenção dispensada diuturnamente em suas discussões políticas ou futebolísticas, dirigindo-a para a observação de si mesmo; se deixasse de ficar "verborrando ideológicas soluções" para o seu país ou para o seu time do coração, quem sabe, descobriria um coração novo, íntegro, não partido, onde a política, bem como outros tipos de drogas socialmente aceitas para o esquecimento da própria triste realidade, seriam completamente desnecessárias. Mas, como a observação de si mesmo nunca deu ibope, apesar de trocado o "Expulsium Ludere*" pelo futebol, permaneceu o secular e sacal "blablabes político" degladiado em arenas televisivas, com datas, horários e decorados scripts  pré-estabelecidos...

E de Roma em Roma, o homem continua "Brutus"...

* Jogo de bola praticado com as mãos pelos antigos romanos. 
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The Cardigans - Blah Blah Blah


Blá Blá Blá

Oi
Como está você?
Eu estou muito bem
Seus olhos estão vermelhos
Bem, eu estou cansado
Por favor, por favor, fique longe do que é meu

blá blá blá blá blá

Nossa, eu nunca pensei que veria você aqui.
Estou muito feliz que te conheci, querida
Onde, onde, nós perdemos do que você chama?

Tudo que nós já dizemos é blá blá blá blá
Nós nos sentimos seguros com blá blá blá blá
Ninguém é ferido, ninguém é estranho
Então tudo que nos atrevemos a dizer é blá blá blá blá blá

Não tente me alcançar
Eu estou entorpecido
Eu não quero ver dentro de você
Então vamos só falar sobre os tempos
Como muitos fazem

Tudo que nós já dizemos é blá blá blá blá
Nós nos sentimos seguros com blá blá blá blá

blá blá blá blá blá
blá blá blá blá blá blá
blá blá blá blá blá

Tudo que nós já dizemos é blá blá blá blá
Nós nos sentimos seguros com blá blá blá blá
Ninguém é ferido, ninguém é estranho
Então tudo que nos atrevemos a dizer é blá blá blá blá blá

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!