Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

13 agosto 2011

Sim: existe o dia do juízo final


Sim: existe o dia do juízo final! Muitos ainda sofrem com a idéia referente ao dia do juízo final. Não há porque se preocupar com isso. Nada é como nos foi pintado pela tradição, pela cultura. Na verdade, viver esse momento, viver esse sagrado momento, é a melhor dádiva que pode ocorrer com um ser humano. Viver o dia do juízo final é viver a bem-aventurança do finalizar de uma mente dominada por todo sistema de juízos pré-estabelecidos, pré-conceitos. Aqui, é fim da rede do pensamento, por isso que é uma idéia de uma ação no coletivo, uma morte para todos — uma morte, para todos pensamentos. É o tão pronunciado fim do mundo: o fim do mundo do domínio da mente, do domínio do intelecto. Só quando esse dia se apresenta, só quando o juízo, a razão, a lógica chega ao seu final  é que ocorre uma verdadeira ressurreição, ressurreição esta, que nos coloca num verdadeiro Paraíso em vida.

Nelson Jonas R. de Oliveira

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!