Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

24 agosto 2011

O que você realmente quer?

Entrega
Existem situações que se apresentam de forma inesperada, trazendo convites para um revisitar naquele antigo e debilitado estado de ser, cuja base estava na busca de ter razão, com base sempre num limitado conhecimento, conhecimento este, emprestado da experiência dos outros e incorporada como sendo a própria experiência. Essas situações não precisam ser alimentadas, muito menos, descartadas sem a devida atenção plena. Quando damos a elas a devida atenção, estas se mostram como as lixas que tornam lisas as arestas do nosso ser. Quando estes nossos professores de paciência e tolerância se apresentam a nós com suas caixas de ferramentas búdicas, crísticas, o silêncio parece ser a melhor resposta. E, imunizado por este silêncio, a melhor pergunta, me parece ser:

O que você realmente quer? Ter razão, ou continuar neste estado de bem-aventurança?

Não é preciso ser um Buda, para saber qual é a resposta mais inteligente e amorosa.

Nelson Jonas R. de Oliveira

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!