Existem situações que se apresentam de forma inesperada, trazendo convites para um revisitar naquele antigo e debilitado estado de ser, cuja base estava na busca de ter razão, com base sempre num limitado conhecimento, conhecimento este, emprestado da experiência dos outros e incorporada como sendo a própria experiência. Essas situações não precisam ser alimentadas, muito menos, descartadas sem a devida atenção plena. Quando damos a elas a devida atenção, estas se mostram como as lixas que tornam lisas as arestas do nosso ser. Quando estes nossos professores de paciência e tolerância se apresentam a nós com suas caixas de ferramentas búdicas, crísticas, o silêncio parece ser a melhor resposta. E, imunizado por este silêncio, a melhor pergunta, me parece ser:
O que você realmente quer? Ter razão, ou continuar neste estado de bem-aventurança?
Não é preciso ser um Buda, para saber qual é a resposta mais inteligente e amorosa.
Nelson Jonas R. de Oliveira