Uma grande
fonte de doença mental emocional encontra-se na ausência de tempo para si mesmo, a qual impede a percepção direta do SI mesmo. A falta de tempo para a coisa que nos é
mais cara e que em última análise, de fato se apresenta como a “única coisa
necessária e que deve ser amada sobre todas as coisas”, sem a qual, torna-se
impossível a manifestação de autênticos contatos íntimos, profundos e
significativos. Essa falta de nutrição psíquica, emocional, espiritual é que
produz toda forma de doença.
É por isso que
afirmamos sempre que é uma benção aquilo que em nossa inconsciência, consideramos
como uma desgraça: essa confusão iniciática do processo de restauração do
contato com a realidade Única que somos. Não há sombra de dúvidas de que esses
momentos dolorosos e solitários são um portal, um rito de passagem pela “porta
estreita” onde os ricos de imagens, conceitos e crenças confortantes, não
conseguem atravessar. Esse é o buraco da agulha que nos espeta em nossas
estagnantes zonas de conforto e que nos fazem sair de nosso débil leito da
ignorância de si mesmo, largar nossas muletas psicológicas e caminhar sobre as
águas depuradoras de um mar desconhecido. Há uma inteligência que faz com que
este momento seja profundamente doloroso, incomodo, uma vez que, estamos tão
adormecidos de nós mesmos que somente um grande choque do Ser é capaz de abalar as
fronteiras defensivas da mente adquirida com seus respectivos sistemas de
crença. Portanto, é natural a manifestação de períodos de barulho mental
emocional; não há como ser diferente.
Ainda que agora o leitor não consiga ver por este prisma, tudo isso faz parte de um necessário processo de prontificação, o qual nos possibilita, em seu devido tempo, um estado de ser que em sua essência é de maestria. É por meio da manifestação desse estado de maestria, que podemos olhar aquele que ainda sofre — devido a inconsciente identificação com a mente adquirida — e, com propriedade lançar lhe uma palavra de estímulo cuja essência é: “Eu te compreendo! Você não precisa me dizer muito, pois sei o que você está vivendo! Ainda que você agora não acredite, isso também vai passar! Avante!” É esse processo que nos dá condição de sentar com todo aquele que sofre, olhar em seus olhos inseguros, segurar sua mão e mesmo sem palavras, transferir a reverberação energética na qual o mesmo sente-se relaxado, em solo sagrado e comunga da presença de nosso estado de ser.
Ainda que agora o leitor não consiga ver por este prisma, tudo isso faz parte de um necessário processo de prontificação, o qual nos possibilita, em seu devido tempo, um estado de ser que em sua essência é de maestria. É por meio da manifestação desse estado de maestria, que podemos olhar aquele que ainda sofre — devido a inconsciente identificação com a mente adquirida — e, com propriedade lançar lhe uma palavra de estímulo cuja essência é: “Eu te compreendo! Você não precisa me dizer muito, pois sei o que você está vivendo! Ainda que você agora não acredite, isso também vai passar! Avante!” É esse processo que nos dá condição de sentar com todo aquele que sofre, olhar em seus olhos inseguros, segurar sua mão e mesmo sem palavras, transferir a reverberação energética na qual o mesmo sente-se relaxado, em solo sagrado e comunga da presença de nosso estado de ser.
Hoje, o que
nos ocupa é a ação de olhar para as traves de tropeço que ocorreram em nosso
caminhar pelo processo de prontificação e que, por períodos nos afastaram — através de alguma forma de entretenimento — e que fizeram com que perdêssemos a
consciência do “eco desse sagrado chamado”. E tudo isso é um processo em que
não há como se pular etapas, não há como acelerar momentos, pois isso criaria
ainda mais disritmia na que já se encontra instalada. Como costumamos dizer,
“não existe micro-ondas para o Espírito; não existe despertar express; não
existe iluminação speed ou delivery.” É um processo que respeita o ritmo e a
frequência de cada um que aceita o chamado. Da observação e frequência a este
chamado, dá-se a potencialização de nossa frequência vibratória, a qual
restaura nossa sensibilidade e o poder de manifestação criativa.
Infelizmente,
ainda temos pouco material que nos leva a compreensão desse processo, visto
que, na compreensão deste processo tudo se mostra menos conflitivo. Sem contar
a enorme quantidade de material de “contra-inteligência” que nos distrai, e por
nos distrair, trai a continuidade do processo de retomada da consciência única
que somos. Hoje, com o massificação do advento da Internet, encontra-se uma
infinidade de materiais para os quais a grande maioria não se encontra
prontificada para a assimilação dos mesmos; e dependendo do tipo de material
com que se entre em contato, o mesmo tem o poder de causar muito mais retrocesso do que
nos impulsionar para o estado de ser que nos possibilita a percepção da
calorosa Presença que a tudo anima. É por isso que ressaltamos tanto a
necessidade de dar uma outra face para o processo iniciático, que é a face que
não condiciona resultados e que se sente grata por tudo que se apresenta, pois,
aquilo que se apresenta ela compreende como sendo o mestre que lhe ajuda na formação da tão necessária
“base emocional”; sem a base emocional torna-se impossível um estado de ser não-reativo
diante das constantes influências que são testes que nos avaliam para a
possibilidade de novos níveis de percepção integrativa. Dar a outra face é
sentir e expressar do mais fundo de si: “Venha o que vier eu não vou fugir...
Observarei... Não escolherei o que vier!... Olharei até que a
consciência me apresente aquilo que precisa ser reparado.”
Mas nem todos
possuem a capacidade de dar a outra face para isso que acabam vendo como
inimigo; a maioria quer uma forma de fuga; a maioria prefere sair em busca de
uma “novacaína”, uma xilocaína contra as dores da maturação, que possibilite o
esquecimento da emergente necessidade de separar o joio do trigo no enorme
campo de suas estagnantes ilusões. Mas isso é o mesmo que fechar uma camisa, de
modo apressado, de forma inconsciente, pulando uma das casas, logo nos primeiros movimentos... Ao
final, não há como não se ver desajeitado... Não há como não se perceber
torto... Não há como não ter que reparar e desfazer todo o serviço e depois retornar
ao mesmo processo inicial.
Então, para todo aquele que esteja atravessando as poderosas primeiras ondas da rebentação desse mar desconhecido, nossa principal frase é: “Vá com cALMA... Mas vá!... cALMAmente e não com a mente, pois, devagar, se vai ao centro do Ser que somos, o qual se encontra muito mais próximo do que o som de nosso respirar”... É preciso ter consciência de que não dá para reparar em uma semana, um mês, décadas de um estado de ser inconsciente e inconsequente. Se vamos observando, calmamente, de forma incondicionada, tudo aquilo que a consciência vai nos trazendo, vamos nos apercebendo e deixando cair pela estrada o falso que nos é apresentado e nos aproximando cada vez mais da Verdade única que somos.
Então, para todo aquele que esteja atravessando as poderosas primeiras ondas da rebentação desse mar desconhecido, nossa principal frase é: “Vá com cALMA... Mas vá!... cALMAmente e não com a mente, pois, devagar, se vai ao centro do Ser que somos, o qual se encontra muito mais próximo do que o som de nosso respirar”... É preciso ter consciência de que não dá para reparar em uma semana, um mês, décadas de um estado de ser inconsciente e inconsequente. Se vamos observando, calmamente, de forma incondicionada, tudo aquilo que a consciência vai nos trazendo, vamos nos apercebendo e deixando cair pela estrada o falso que nos é apresentado e nos aproximando cada vez mais da Verdade única que somos.
Portanto, é
natural esse estado de letárgica confusão; não foi diferente para nenhum de nós
esse processo aparentemente dual de Absurdo e Graça. O mesmo imita a natureza:
não há como se ter apenas dias ensolarados, afinal, se assim fosse, onde
teríamos a fecundidade do solo com seus filhos que nos nutrem?... Do mesmo modo
que há sol, vento, chuva, nuvens nubladas e esparsas, é natural nossas
oscilações emocionais até que se manifeste a humildade necessária para a
fecundidade do Ser que somos, o qual tem a irrigação de seu solo pelo verter de
nossas restauradoras lágrimas sacras. Se formos graciosamente sérios neste
processo, os dias de sol e chuva nos apresentarão no findar do arco-íris de
nossa observação, o pote de ouro da Realidade de nossa original Natureza Única,
cujos frutos trazem ao mundo Graça, Felicidade, Liberdade, Alegria, Integrativa
Compaixão e Abarcante Criatividade totalmente livre das ervas daninhas que se
caracterizam pela necessidade de aprovação e aceitação.
Outsider