Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

22 outubro 2009

A única coisa indispensável

O peso morto da inércia e da velha consciência
Impede-nos o imergente desafio,
O caminho e a conseqüência,
De realizar em nós a promessa de transcendência.
É preciso transpor as fronteiras da mesmice,
Da lógica analítica conclusiva,
Da fé dogmática ou de qualquer crendice
Não se importando com a oposição dos contentes
E seus comportamentos de vazia tagarelice.
É preciso ousar pelo evento decisivo,
Pela grande e inefável Experiência
Que de fato,
ser humano - propicia.
Pois Ela traz sabor e cor a cada momento
E desvenda os intrincados mistérios da vida
Nunca revelados pela ação do pensamento.
É preciso para isso, aceitar a dor
Que a Ela nos torna receptivos
E que em si mesma encerra,
As sementes da real integridade.
É senti-la como a única coisa indispensável
Uma vez visto que o resto é grotesca banalidade.

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!