O peso morto da inércia e da velha consciência
Impede-nos o imergente desafio,
O caminho e a conseqüência,
De realizar em nós a promessa de transcendência.
É preciso transpor as fronteiras da mesmice,
Da lógica analítica conclusiva,
Da fé dogmática ou de qualquer crendice
Não se importando com a oposição dos contentes
E seus comportamentos de vazia tagarelice.
É preciso ousar pelo evento decisivo,
Pela grande e inefável Experiência
Que de fato, ser humano - propicia.
Pois Ela traz sabor e cor a cada momento
E desvenda os intrincados mistérios da vida
Nunca revelados pela ação do pensamento.
É preciso para isso, aceitar a dor
Que a Ela nos torna receptivos
E que em si mesma encerra,
As sementes da real integridade.
É senti-la como a única coisa indispensável
Uma vez visto que o resto é grotesca banalidade.