
Eu me sinto um solitário
Na busca pelo que é do Além
Mesmo os que me são próximos
Assim não O buscam também.
Por quererem a casa limpa
As poeiras lhe tiram bem
Num labor exaustivo, ilógico
Que não desencarde ninguém.
O que buscam, ignoro
Por saber não me fazer bem
Para o que olho, não se importam
Alguns tratam até com desdém.
Em silêncio vou seguindo
Pelas terras de alguém
À espera do Bem-vindo
Cujas poeiras são do Além.