Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

18 julho 2010

Constatações de uma madrugada de insônia


Algumas pessoas perdem a metade de suas vidas ao entregá-las nas mãos de sonsos patrões. Chamam a isso de esforço e profissionalismo. Tristemente acabam perdendo a outra metade quando, em carreira solo, passam a imitá-los. Chamam a isso de progresso e sucesso. Elas, aos simplistas voluntários, chamam de acomodados amadores de bairro. Agora, o mais triste de tudo, é que acreditam que nós as invejamos.

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Chamo de sagacidade egocêntrica, aquilo que a sociedade chama de inteligência.
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Elas são coloridas, doces e delicadas por fora; por dentro de enrustida escuridão e enorme vazio. Quando abertas, suas bocas nos brindam com surpresas tão decepcionantes, que nem a mais inocente criança é capaz de suportá-las por mais que poucos minutos. Quem são elas? As mulheres e homens Kinder Ovo.
Chega a dar medo!
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Não sei o que mais fede num velório: se a sala com o velado corpo do querido ente, ou o salão com a velada dissimulação dos distantes presentes...

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!