Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

26 maio 2007

Como uma porta giratória

Enquanto meditava logo pela manhã, veio-me a mente uma imagem que, para mim, soou um tanto interessante. Vi a mente representada por uma porta giratória, girando em alta velocidade devido ao tráfego constante de pensamentos desconexos que entram e saem. Como uma porta giratória que é usada sem cessar acaba se desgastando, assim também é o nosso cérebro. Para que alguém possa passar por uma porta giratória em segurança, esta deve estar parada. Toda vez que passamos por uma porta giratória juntamente com outras pessoas, nunca passamos numa boa, livremente, descontraídos, despreocupados, pois sempre temos a incomoda sensação de que levaremos um tranco ou então, acabaremos presos.


Assim também ocorre com a nossa mente... Nosso problema está em descobrir como conseguir mantê-la estacionada, funcionando de forma inteligente e compassada somente quando necessária. Se queremos descobrir uma nova maneira de viver, precisamos atravessar o bloqueio criado pela porta giratória que é a nossa mente. Uma pessoa tensa, por não ter o equilíbrio necessário, não consegue perceber a saída da porta giratória e acaba girando por várias vezes no mesmo lugar, até que alguém lhe ajude a encontrar pela saída. É preciso perceber a porta da mente e dar um salto para fora desse movimento em círculos do pensamento condicionado. Esse constante, repetitivo e condicionado movimento faz com que desperdicemos a energia necessária para produzir o despertar da inteligência. Sem a concentração dessa energia que gastamos nesse movimento insano torna-se impossível o despertar dessa inteligência que vê as saídas das várias portas que a mente insiste em criar, cuja intenção é a de nos manter estacionados ou rodando em círculos carregados de conflitos e sofrimento.

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!