Enquanto meditava logo pela manhã, veio-me a mente uma imagem que, para mim, soou um tanto interessante. Vi a mente representada por uma porta giratória, girando em alta velocidade devido ao tráfego constante de pensamentos desconexos que entram e saem. Como uma porta giratória que é usada sem cessar acaba se desgastando, assim também é o nosso cérebro. Para que alguém possa passar por uma porta giratória em segurança, esta deve estar parada. Toda vez que passamos por uma porta giratória juntamente com outras pessoas, nunca passamos numa boa, livremente, descontraídos, despreocupados, pois sempre temos a incomoda sensação de que levaremos um tranco ou então, acabaremos presos.Assim também ocorre com a nossa mente... Nosso problema está em descobrir como conseguir mantê-la estacionada, funcionando de forma inteligente e compassada somente quando necessária. Se queremos descobrir uma nova maneira de viver, precisamos atravessar o bloqueio criado pela porta giratória que é a nossa mente. Uma pessoa tensa, por não ter o equilíbrio necessário, não consegue perceber a saída da porta giratória e acaba girando por várias vezes no mesmo lugar, até que alguém lhe ajude a encontrar pela saída. É preciso perceber a porta da mente e dar um salto para fora desse movimento em círculos do pensamento condicionado. Esse constante, repetitivo e condicionado movimento faz com que desperdicemos a energia necessária para produzir o despertar da inteligência. Sem a concentração dessa energia que gastamos nesse movimento insano torna-se impossível o despertar dessa inteligência que vê as saídas das várias portas que a mente insiste em criar, cuja intenção é a de nos manter estacionados ou rodando em círculos carregados de conflitos e sofrimento.