Muitos são aqueles, que pelas estradas da vida, se encontram "viajando", sempre preocupados com a possibilidade de que nos futuros quilômetros, um dos pneus possam vir a estourar. Ficam presos no interior de suas mentes, hipnotizados com semelhantes e estressantes monólogos:
"E se acontecer como daquela vez, há dez anos atrás, quando, sem estepe, tive que ficar por horas, num canto escuro da estrada mal sinalizada, à espera de um socorro seguro? E, caso fure, o que farei se os parafusos da roda estiverem emperrados? E se eu trocá-lo e, mais adiante, o estepe venha a furar antes que eu encontre um local seguro onde possa concertá-lo?...
E, sem que se percebam, assim passam pela existência, sem vida, totalmente desatentos, sem a capacidade de apreciar o presente da beleza que se apresenta, sempre, no perímetro presente.