Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

12 junho 2007

A difícil arte de não opinar em questões alheias

Se existe uma coisa que me deixa puto da vida, é essa mania familiar de quererem ter a solução para os problemas que não lhe dizem respeito. Todos sabem dar soluções para os problemas dos outros, mas quando olhamos para as suas vidas, vemos uma enorme confusão...
Fico me perguntado do por que essa estranha mania de opinar em questões alheias?
Por que essa incapacidade de viver a própria vida e deixar o outro viver da maneira que escolheu?
Há vários anos, salvo quando me procuram para ouvir meu ponto de vista, não me meto na vida de nenhum deles, mas sempre, hora um e hora outro, estão sempre metendo o bedelho nas minhas questões...
O pior é que não fazem isso diretamente para mim (se o fizessem seria extremamente fácil de impor limites). Fazem justamente quando não estou por perto, nos ouvidos da minha sócia, a senhora minha mãe, que facilmente se deixa influenciar pelas "sábias palavras de ajuda"...
Quando acontecem essas invasões, minha reação ainda é um tanto explosiva e aí, quem sai como neurótico sou eu!
Se eu marcar, continuam mexendo no meu cérebro...
Mas, se eu pensar bem, verei que na realidade isso é uma verdadeira benção; isso vem a cada dia que passa, corroborar com o que sinto há um longo tempo:
"Estou no lugar errado e fazendo a coisa errada!"
Fica então a pergunta:
"Qual é o lugar correto e a ação correta?"
Quanto à isso, posso ficar tranqüilo, não vão saber opinar...
Não sabem nem mesmo para eles!

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!