Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

10 janeiro 2012

Constatações sobre a prática da quietude mental


Enquanto identificados com o ego, somos totalmente impotentes diante da rebeldia mental com seus mais estranhos e desconexos pensamentos que insistem em proliferar num ritmo por vezes alucinante, o qual nos mantém num estado de transe sonambúlico que nos impossibilita a manifestação de um estado de absorção interna que é Consciência Pura.

Contra esse incessante fluxo mental, não adianta qualquer tipo de esforço, tensão ou violência. O que se pode fazer é manter-se como uma testemunha, como um espectador impessoal, do habitual, involuntário e irrequieto fluxo mental.

É natural, durante esta prática de testemunho impessoal, a mente apresentar pensamentos que questionem a praticidade e objetividade desta prática meditativa diante daquilo que ela imagina ser a realidade da vida, dessa vida caótica, destituída de períodos de ócio, intimidade, na qual ela se vê profundamente enredada. Diante disso, torna-se impossível encontrar a origem através da qual, a mente, de forma inconsciente, funciona. 
NJRO 

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!