Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

04 novembro 2011

Sobre os estímulos externos

ferias76
Praia da Barra do Sahy, manhã de céu azul, com poucas nuvens somente sobre a enorme serra. O vento sobra do mar em direção a praia onde poucas são as famílias. 

A mente é profundamente influenciável a estímulos externos, através dos quais, quando não estamos atentos, desencadeiam infinitas manifestações de ansiedade, manifestações estas que são resultantes de um processo de projeções mentais ilógicas que se dão na ponte do tempo formada pelo passado e o futuro. No aqui e agora, toda tentativa de instalação de ansiedade, de conflito, se desfaz. Esse aqui e agora é o estado de presença que se faz consciente de tudo que é, do que é real. Esse estado de presença, esse aqui e agora é o que separa o trigo do joio, o verdadeiro do falso. Esse aqui e agora é o estado de presença consciente que testemunha todo movimento mental no tempo. Esse movimento mental no tempo, com sua origem nos estímulos externos é que causa toda manifestação de ansiedade, de desejo, de vir-a-ser, de insegurança, de letargia, do conflito que nos encerra em nossa ilusória consciência de nós mesmos. Esse movimento mental cria uma "cela" isolacionista que nos impede de vivenciar de forma holística, tudo que se apresenta diante de nós. Quando vitimados por essa identificação com o movimento mental, toda forma de somatização pode se fazer manifesta. Quando, por nossa desatenção, perdemos o contato consciente com esta presença que nos habita e na qual somos, toda forma de insegurança temporal se manifesta.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira 

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!