Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

11 abril 2008

Sobre a crise dos 40

Ontem à noite, durante conversa com alguns amigos e conhecidos, um deles afirmou estar atravessando um momento de grande crise existencial. Aos 51 anos de idade, depois de vários fracassos "amorosos", gesticulando com a mão direita que segurava um daqueles empestiantes cigarros de cravo, dizia-se esperançoso de ainda encontrar sua "outra metade" e, ainda por cima, "virgem". Ao ouvir sua colocação, ao contrário da grande maioria que imediatamente colocou-se a rir, em minha mente deu-se um forte estalo...

Do mesmo modo que este conhecido, também atravesso uma crise existencial, cujo motivo é o de ainda não ter sido encontrado pela minha "outra metade virgem"...

(...)

...Refiro-me a outra metade de minha mente, aquela que é e sempre será virgem, imaculada de toda e qualquer forma de condicionamento humano.

Quando esta que escreve por ela for encontrada, com certeza, minha mente estará casada!




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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!