Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

12 abril 2011

Empresa e população Sociedade Anônima

 
Recebi um e-mail contendo em anexo, as fotos abaixo (diga-se a tempo, sem o devido crédito ao fotógrafo das mesmas - se souber, por favor, me avise). O texto do e-mail responsabilizava tamanha desumanidade, ocorrida à margem esquerda do Rio Solimões, ao movimento MST. Confesso que não me preocupei em saber sobre a veracidade dos fatos e se o mesmo não poderia ser mais um daqueles e-mails políticos, onde sempre existe uma velada segunda intenção exploradora. Para mim, pouco importa se o triste ocorrido está ou não coligado a tal entidade. O que importa são os fatos evidenciados pelas fotos: que a eliminação das espécies, por falta de bom-senso,  continua ocorrendo, seja em grande ou em pequeno porte. Isso serve para validar meu comentário feito outro dia, referente a um excelente vídeo postado no YouTube, onde o entrevistado aponta os donos das grandes corporações pela atual e acelerada destruição do planeta. Em meu comentário, afirmei que isso ocorre por parte de ambos "associados": empresas e população sociedade anônima. É uma simbiose doentia e um não pode sobreviver sem o outro, afinal, toda empresa nasce da idéia de alguém que vem do povo e que usa a consumidora e inconsequente vontade voraz do povo em nome da igual vontade doentia de quem teve a idéia. Um se alimenta do outro. É o samba do cachorro louco correndo atrás do próprio rabo.


Não acredito em revolução de consciência em massa; isso é coisa de esquerda festiva. Para mim, o lance é individual: ascender a própria chama da percepção e mantê-la sempre acesa; agir localmente pensando globalmente. 

As fotos mostram bem que, infelizmente, entre a edificação da consciência/caráter e a satisfação dos instintos degenerados pela ação da hereditária cultura insana com seus variados mecanismos de embotamento, a edificação da consciência/caráter apodrece mais rápido do que as carcaças das tartarugas mortas apresentadas nas fotos abaixo. Não se pode culpar apenas uma classe pelos absurdos correntes, criando a falsa idéia de vitimas e vitimizadores. Todos fazemos parte, seja de forma direta ou indireta. Talvez, nossa omissão seja tão fatal como a lâmina na mão do carrasco.

Nelson Jonas   

 
 
 
 
 
 

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!