Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

07 abril 2011

Comentário para um confrade on-line

Controle

Caro Eduardo, paz e bem! Valeu pelo texto "Correntes de mentiras"...

"É o consentimento geral o que sustenta essa estrutura. A crença nas mentiras plantadas."
(Eduardo Marinho)

Optar pelo mais fácil e cômodo, por não requerer ação, sempre foi a opção coletiva. Seu texto retrata não só a condição da modernidade, mas, a história humana. Um aqui, outro ali, conseguem arrebentar as pesadas correntes e, após isso, tentam conscientizar os demais (e ao fazerem isso, vão se libertando cada vez mais). Mas, infelizmente, entre a escolha pela edificação do caráter e a corruptível busca pelo conforto estagnante e pela satisfação dos sentidos desorientados pela mídia, a edificação do caráter se perde com facilidade. E o resultado dessa infeliz escolha se apresenta em cada página da história humana. Várias vozes já lançaram ao mundo, gritos de alerta, entre eles, Abraham Maslow:

"Se você deliberadamente planejar ser menos do que você é capaz de ser, eu lhe aviso que você será profundamente infeliz."

E o que mais se vê é um povo mascarando e narcotizando sua inconfessável infelicidade, com os mais variados tipos de festas, práticas esportivas, religiosas e espiritualistas, incentivadas por aqueles que controlam as rédeas públicas. É o circo voador da infelicidade humana sempre pedindo passagem...

Mas onde estão aqueles que ousam pela originalidade? É bem mais cômodo assistir e sonhar ser, do que ser. É mais fácil ler do que escrever. É mais fácil disseminar as idéias alheias do que as próprias percepções. É mais fácil criticar do que se arriscar... Ninguém quer dar a cara para bater. Mas, para obter a coragem de dar a cara para bater, é preciso antes, estar farto de apanhar. E os poucos fartos, com textos como o seu, solitariamente se perguntam:

- Até quando você vai ficar sem fazer nada? Até quando vai ser saco da pancada midiática?

Um forte fraterabraço!

PS - Comentário sobre o texto "Correntes de mentiras", de Eduardo Marinho

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!