À espera de seu primeiro cliente, como em todas as manhãs, lá está ele, em sua barbearia, folheando as repetitivas manchetes do jornal, sempre mascaradas com a superficialidade dos sorrisos das "famosidades" do momento e mais um tanto de imagens femininas siliconadas. Olhando para o tamanho de sua barriga - em vista de seu corpo mirrado -, presumo que essa deve ser uma das maneiras com a qual espanta o vazio matinal de sua existência.
É impressionante a constatação do quanto é rentável a venda da colunável mediocridade. Quanto mais colunas, mais vendados seus compradores.