Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

20 junho 2012

Um Poder Superior chamado observação

Bom dia caros confrades despertos, poetas quase mortos, resgatados para a experiência curadora da Grande Vida! Que esta fala encontre a todos com excelência no agora, mesmo que esse momento de excelência se mostre momentaneamente desestruturantemente estruturante. 

Gostaria de estar falando um pouco a respeito da ampliação gradual daquilo que em anônimos, convencionamos chamar de a importância na crença em um Poder Superior para a possibilidade de recuperação. Inicialmente, em meu caso, quando cheguei em anônimos, não mantinha nenhum tipo de crença em valores absolutos; não alimentava a mínima relação diária com qualquer ideia de Deus. Se havia um Deus, o mesmo era a manifestação egocentrada de correr atrás da satisfação, quase sempre de maneira totalmente irresponsável e descabida, de meus instintos básicos, degenerados pela ação da influência da rede do pensamento condicionado, em outras palavras, daquilo que convencionou-se chamar de “egoísmo”. Foi devido ao imenso desespero causado por aquilo que chamo de “depressão iniciática” é que comecei a buscar por uma ideia, um conceito, auto-criado, de uma força que pudesse fazer frente a tamanho sofrimento emocional. Inicialmente, esse poder superior foi para mim, a experiência de cura relatada pelos membros mais antigos. Com o passar do tempo, comecei a criar uma ideia de Deus conforme a minha imagem e semelhança, o qual, apesar de ilusória, serviu ao propósito de iluminar meus primeiros passos no terreno espiritual do que hoje chamo de “ego-conhecimento”. No entanto, com o passar dos anos e com o aumento dos desafios de crescimento consciencial que se apresentavam, foi se tornando claro para mim, a ineficácia de ação daquele Deus criado pela minha adoentada imaginação. Com muito medo é que dei início a um profundo e minucioso inventário da eficácia daquela ideia preconcebida de Deus para a solução dos conflitos, que não mais diziam respeito aos padrões de comportamento de ativa que me trouxeram até as Irmandades, mas sim, referente aos conflitos existenciais que brotavam de camadas mais profundas de um ser de sensibilidade abafada. Foi num ataque de profundo pânico que cheguei ao fundo de poço referente à morte da concepção pessoal de Deus. Não foi nada fácil, me ver completamente só, sem o apoio psicológico de uma ideia de um ser responsável por me manter afastado do desequilíbrio que eu mesmo criava, pela não observação das situações em que estava diretamente ligado. Não foi fácil perceber que, a influência da crença numa ideia de Deus é que me manteve por anos e anos, num estado de “irresponsabilidade emocional e psíquica”, irresponsabilidade essa, manifesta na ideia de jogar no “colo de Deus” os resultados de um modo de vida totalmente insano e reativo, devido ao total sonambulismo causado pela identificação ilusória com a rede do pensamento condicionado, o qual até então, acreditava que era a realidade de minha natureza. Deu-se um longo período de sofrimento psíquico, o qual denomino de “Síndrome de Abstinência da Crença em Deus”; foi um momento de muita instabilidade emocional, o qual, se não tivesse tido a sorte de poder contar com a amorosidade, atenção e presença de minha esposa Deca e de meu companheiro Naian, talvez não teria conseguido fazer frente, uma vez que, nesse período, a mente me bombardeava com a ideia obsessiva compulsiva pela opção de suicídio. Foi mesmo pela ação da Graça que, naquele momento, pude ouvir a fala mansa e suave em meu coração, a qual me dizia que, o que se fazia necessário, era uma espécie de consciente “egocídio” e não de um inconsequente suicídio. Foi com ajuda de meus companheiros, mais a leitura atenta e assídua dos textos extraídos dos livros de Krishnamurti, Osho e Joel S. Goldsmith, que consegui fazer frente às dores da desestruturante estruturante faze inicial de reconexão com o Ser que sou, com a Consciência que sou.

Foi graças a esse período fecundo da morte da necessidade da ideia de Deus para o alcance de uma “pseudo-segurança psicológica”, é que se abriu aquele importantíssimo portal que separa os autônomos adultos responsáveis, dos pedintes adolescentes dependentes. Foi nesse momento que, com a totalidade do ser que sou, cheguei a descobrir que, “a observação sem escolhas, sem julgamentos, sem nenhuma manifestação reativa, se mostrava um Poder Superior, ao antigo modo mecânico de reagir às constantes investidas mentais, emocionais e sensórias que causavam toda forma de identificação reativa, fragmentária, divisória e profundamente estagnante”. Foi graças a essa percepção que consegui me libertar do pesado alçapão que me mantinha no escuro e limitante porão da dependência psicológica, trazendo assim, a luz de um observador capaz de me ajudar no desfrute de uma nova maneira de estar na vida de relação, agora, muito, mas muito mais “antenado”. Foi aqui que descobri que, se existe um Deus, este, é do exato tamanho do espaço de meu vazio e insatisfação e que, se eu insistisse preencher esse espaço, de forma insana — como sempre fizera no passado —, com vários tipos de coisas vazias (inclusive com o vazio da ideia preconcebida de um Deus), nunca poderia ser por tocado em meu interior, por “Aquilo” que os limites da palavra, assim tentam expressar.

O que se seguiu então, após a morte psicológica de Deus, foi um estado de maior percepção e visão, um estado muito mais consciente de estar na vida de relação, onde, pela primeira vez nesta existência, o bom senso, com ajuda da razão e da lógica, começaram a dar espaço para a manifestação de uma Inteligência Criativa, nunca antes, sequer, imaginada. Aqui, todo passado foi reavaliado, revisto, como quando se assisti um filme pela segunda vez e se tem a impressão que o mesmo nunca tinha sido assistido com toda intensidade. Novas percepções profundamente fundamentais começaram a surgir a partir de então, entre elas, o grande despertar ao me deparar com as palavras contidas no princípio espiritual do 5 Passo, onde, as palavras “natureza exata”, causaram-me uma espécie de “Derrame de Percepção”; quase que de forma instantânea, deu-se um releitura de todos esses princípios, sejam os Doze Passos, como as Doze Tradições. Agora, a antiga identificação que havia me reunido aquelas irmandade — a identificação com um padrão comportamental específico —, acabou caindo por terra, dando de imediato e de forma holística, visceral, a compreensão de que a “natureza exata”, o “fator X” de toda manifestação de conflito humano, tem sua origem no processo mecânico, reativo da rede do pensamento condicionado. Ocorreu também a visão da possibilidade da formação de um grupo de homens e mulheres, trabalhando conjuntamente, as questões que apontam para o processo de conscientização dos limites enclausurantes da identificação com a rede do pensamento compulsivo condicionado. Como a ideia deste texto, não é o de contar a nossa história, mas sim, apontar para a promessa básica expressa tanto nos princípios espirituais dos grupos anônimos, como nas entrelinhas das observações feitas por Jiddu Krishnamurti, sigamos adiante com as nossa observações referentes ao que convencionamos chamar de “o processo”.

Nossa experiência acabou demonstrando que, para a devida assimilação deste novo paradigma, o qual torna zero todo o nosso antigo pacote de vivências e conhecimentos, se faz necessário que, aqueles que com esse paradigma se deparam, precisam trazer em seu interior, uma profunda inquietude, uma profunda insatisfação, um quase que insuportável tédio diante da mesmice presente em “todas as suas atividades”. Percebemos que, para que este novo paradigma — que aponta para a descoberta pessoal daquilo que somos  —, ou se preferir para a ocorrência de uma “experiência religiosa”, ou aquilo que nos anônimos, em seu 12 Passo, é chamado de “despertar espiritual”, nosso desperto confrade necessita estar farto de buscar por segurança psicológica, tanto em transitórias “posses materiais, emocionais e sensórias”, como em seu desgastado e embolorado pacote de crenças, conceitos, achismos, incertas certezas emprestadas, bem como no conhecimento livresco e institucionalizado. Precisa também ter observado por si mesmo, a falência contida na promessa social de satisfação por meio da conquista de reconhecimento, prestígio social e poder; uma espécie de “alergia” à tudo isso, às repetidas frases de impacto que em nada impactam e que não contatam a realidade daquilo que somos, precisa estar fortemente fundamentada em nossa anima e psique. Percebemos que, se o confrade ainda sente algum tipo de prazer mórbido em alimentar o ciclo vicioso do pensamento compulsivo por meio de profundos ressentimentos, melindres, ciúme, inveja, limitados pontos de vista, com suas imaturas necessidades de atenção, este, ainda não alcançou o tão necessário estado interno de prontificação, o qual somente através dele é possível lançar as bases da estrutura deste novo paradigma. Quase sempre, este confrade que ainda se encontra nesta “morada de consciência”, acaba sendo vitimado por seu inconsequente ataque de birra glorificada, a qual o impele ao doentio isolamento emocional, que nada tem a ver com a fecundidade dos períodos de retiro, silêncio e solidão, tão necessários para a instalação de um modo de vida sóbrio, sereno, equilibrado e feliz, dotado de um real estado de unidade interna entre mente e coração e, como resultado, um modo de ser, onde não mais se faz necessária as antigas influências de doações psicológicas de fora. Foi a duras penas, estas colhidas nas dolorosas e separatistas experiências de “saídas do ser”, que viemos a constatar que, a Inteligência Amorosa e Criativa, não entra em casa suja, não entra em bola dividida. Portanto, se quiséssemos saber por experiência direta, única e intransferível, a realidade vivida por tantos homens e mulheres que, no decorrer da história, foram tidos por santos ou loucos, uma enorme faxina juntamente com a reorientação de nosso desejo, proveniente de um minucioso e destemido inventário de nossos condicionamentos, manias e tendência, se fazia urgentemente necessário. Foi neste momento que, de forma visceral, compreendemos a simbologia expressa num antigo preceito espiritual, o qual nos diz que “não se pode servir à dois senhores”; ou escolheríamos continuar sendo governados de forma insana, pelo conteúdo desconexo de nossa mente, ou então, pela primeira vez em nossa existência, ousaríamos buscar pela excelência do ser que somos, busca essa que teve seu início, quando, pela observação do conteúdo de nosso fluxo mental, com ele deixamos de nos identificar, passando assim, a dar o devido espaço para a escuta atenta da fala mansa e suave, contida desde sempre no Sopro que nos habita, o qual tem sua morada no silêncioso espaço de nosso coração. Foi desse modo que, boa parte de nossos primeiros membros, pela primeira vez em sua existência, começaram a se sentir parte integrante e responsável na imensa tarefa de cuidar do ser, trabalhando assim, pela cura de nossa adoentada humanidade.

Mediante a este estado de percepção, foi que nossa mente começou, sem o esforço de nossa parte, a ocupar seu divido lugar, colocando-se tão somente como uma servidora de confiança, sobre o amoroso governo de uma Inteligência Amorosa e Criativa, a qual se manifesta na Consciência que somos, quando, em silêncio, à ela nos prontificamos. Na escuta atenta dessa “Presença” que nos habita e na qual somos, foi que encontramos a revelação de nosso propósito primordial e comum, que é o de sermos uma ferramenta limpa, afiada e profundamente cortante, para a transmissão de uma mensagem de cura — cuja essência é amor-compaixão —, que em última análise, é a essência dessa Presença Única que somos.

Foi por meio dessa experiência que viemos a constatar que, a Inteligência Criativa está na percepção da insanidade de se permitir a continuidade ilusória da ideia de uma “vida pessoal”, pautada na crença também ilusória do “livre-arbítrio”, quase sempre alicerçada numa estressante e autocentrada espiral de desejos e medos, e na percepção consciente da necessidade de transcender esse modo “umbigóide de ser”, para se aventurar de bom grado, na descoberta de um estado impessoal, que é puro amor, real sentido de viver e serviço não condicionado. Foi por conspirar pelo alcance desse “sagrado portal”, por esse sadio estado de ser, que nos foi revelada uma nova maneira de viver, de estar na vida de relação, tanto com nós mesmos, com a natureza e com demais seres humanos, dotada de infinitas possibilidades quânticas de revelações profundamente estruturantes, nunca se quer, antes imaginadas.

Descobrimos também que, para a possibilidade do estado de humilde prontificação, capaz de criar o terreno fecundo para a ação impessoal do despertar da inteligência criativa, se faz necessário que o amor à Verdade, que a paixão pelo Real, se faça infinitamente superior à qualquer ilusória e infundada exigência psicológica, sensória. Não estamos nos referindo aqui, é claro, a natural necessidade de ter garantido o devido alimento e abrigo. Estamos nos referindo à ilusória busca de segurança psicológica, seja por meio do acúmulo de posses facilmente cambiáveis, seja na busca de prazer imediato, na busca de poder e prestígio, ou então, na tentativa de controle sobre outros seres humanos.

O “processo de despertar” vai trazendo, em boa parte dos casos — o que não significa uma regra —, uma crescente percepção de uma calorosa presença interna, uma espécie de núcleo interno, o qual se faz mais perceptível, na região coronária, cardíaca, presença essa que é indizivelmente abarcante e que traz em si, uma carga energética, profundamente pacificadora, recentrante e amorosamente criativa. Quando essa presença, com sua característica energia, se faz manifesta, silêncio, inação e total entrega, são os estados necessários que permitem a ação impessoal, a qual produz os descondicionamentos de camadas por vezes, ainda de nós, inconscientes. Essa presença, com sua energia amorosa, sem o nosso conhecimento, vai fazendo os “devidos ajustes”, para que possa ocorrer o necessário espaço interno para que a consciência que somos possa finalmente “reencarnar” nesse organismo, há décadas encarnado por uma “persona umbigóide”, o qual, com ajuda da família e tradição cultural, nos identificamos como sendo “eu”, o “ego”.

O estado de abertura e entrega, o qual chamamos de “estado de prontificação”, é que nos afasta da nefasta identificação com a rede do pensamento condicionado, afastamento esse que permite a amplitude do espaço necessário para a manifestação de maior potência qualitativa da consciência que somos. Para que a amplitude desse necessário espaço interno se faça uma constante, se faz necessário a prática da “atenção plena” aos ataques mentais de nosso pequeno ego, com suas exigências, crenças, achismos e limitados pontos de vista. Na ausência desse “estado de atenção plena” — que em sua essência é meditação  — é que se torna possível de repetição, toda forma de recaídas, toda forma daquilo que convencionamos chamar de “saidinhas do ser”, toda forma de ilusória, reativa e separatista reação condicionada.  Tal qual o lema dos escoteiros, se queremos desfazer o laço que em nosso coração impede a manifestação de uma partilha responsável de amor-compaixão, se faz preciso estar “sempre alerta” — o que não significa a vivência de um estado de tensão — no que diz respeito a observação, sem escolhas, do desconexo e automático fluxo de imagens e monólogos recorrentes em nossa mente. É preciso estar atento aos “gatilhos mentais, emocionais e sensórios” os quais “disparam toda forma de ilusória identificação reativa separatista, porque, uma vez disparado qualquer um desses gatilhos, seja ele qual for, não há como deter o dano causado por nossa “egocêntrica munição” — tanto a nós como para aqueles com quem tentamos nos relacionar —, sendo que em muitos casos, tais danos pela adulteração transmitida, se mostram quase sempre impossíveis de reparação.

O estado de atenção plena — sem esforço de nossa parte —, é o que podemos chamar de a “essência da humildade”; prontificação, humildade, reparação, observação atenta e imediata, meditação não reativa, que parecem ser os ingredientes necessários para a possibilidade da ocorrência daquilo que chamamos de “experiência religiosa”, ou, se preferir, como na linguagem dos grupos anônimos, de “despertar espiritual”, ou então, como nas palavras de Jiddu Krishnamurti, “o despertar da inteligência criativa”, o estado de “percepção criadora” ou mesmo, o estado de “percepção pura”. Muitos tem sido os nomes com os quais os homens tem tentado, de forma limitada, simbolizar a manifestação “Daquilo”, “Daquela Coisa”, a qual não pode ser alcançada por símbolo algum. O símbolo, por ser uma expressão do pensamento, e, portanto, uma projeção do conhecido, nunca será capaz de fazer frente à imensidão dessa “coisa” desconhecida, uma vez que o pensamento é profundamente limitado diante da ilimitada realidade dessa Presença de Consciência Amorosa e Criativa. Essa parece ser a essência da vivência religiosa de homens e mulheres que, no decorrer da história, tem sido considerados como anjos e demônios, santos e loucos, mas, como costumamos a dizer, é graças à esses loucos que chega ao mundo a divina loucura que à tudo cura, bem como, a loucura do mundo.  

Segundo demonstra nossa experiência, não há identificação ilusória que não possa ser suprimida, por intermédio de um estado meditativo de atenção plena, de observação consciente, a qual nos libera da antiga necessidade de esforço. Isso precisa ser muito mais do que uma agradável ideia aos ouvidos; precisa ser um estado natural de ser. Quando entregamos aos cuidados de uma observação consciente, os conteúdos desconexos de nossa mente condicionada, é que possibilitamos a manifestação de um espaço interno necessário para a escuta atenta da fala mansa e suave que habita no sopro quente da chama curadora de nosso coração único. Aqui, já não existe mais um “eu” e um você”; cai por terra o que convencionou-se chamar de “ilusão de separatividade”, ilusão essa que abre espaço para a possibilidade de toda forma de reativa, fragmentadora e separatista insanidade.

Gostaria de encerrar esta fala, com um texto da autoria de José Trigueirinho, extraída de seu livro, “Aos que Despertam”, editado pela Editora Pensamento:

Somente em céu límpido e claro podem ser vistas as estrelas. Assim, aqueles que buscam o contato com mundos distantes recebem com gratidão os ventos que dissolvem as nuvens e removem a poeira que obscurece a visão. Aquilo que dos planos internos conduz o ser pode levá-lo a viver provas que, como esses ventos, vêm transformar aspectos da consciência que tolhem o trabalho espiritual. Ventos que, com sua música penetrante, anunciam verdades em símbolos que só o silêncio pode decifrar.
Já é tempo dos homens descobrirem o poder da irradiação puramente espiritual. Quando a energia do ser vai sendo depurada, ela passa a preencher lacunas na aura planetária, passa a curar, a regenerar e transformar. Isso deveria ocorrer de maneira espontânea; todavia, para que na face da Terra possam emergir trabalhos de irradiação vinculados à Hierarquia, é preciso que os homens reconheçam o valor das palavras e se resguardem de usá-las inadequadamente. Então, o som e o silêncio poderão unificar-se; serão percebidos em grau de profundidade que só é possível quando a consciência transpõe os níveis de superficialidade e se liberta dos vícios que adquiriu desta civilização.”   
Bem, é isso que veio para falar!

Agradeço pela atenção dispensada, tanto a si mesmo, quanto ao conteúdo aqui compartilhado. De coração, espero que o mesmo possa se mostrar de alguma forma útil, em seu processo de abertura para novas moradas de consciência, no ser que nos faz ser, sendo.

Um fraterabraço, um beijo em seu coração e um chute em suas canelas! 
Outsider44

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!