Vídeo Introdutório
Perceba que o personagem "V de Vingança", — uma representação da mensagem proveniente da voz anônima de nossos despertos confrades — conduz os vacilantes passos da iniciante, até que ela possa atravessar o "Portal do descondicionamento mental". Atentem também, para a expressão de exaustão e dor no olhar da "iniciada". Ali, o personagem V tenta nela colocar uma "Toga", o que é um arquétipo do alcance de um novo estado de consciência, uma espécie de "presente", uma inserção consciente no agora, pela consumação de um doloroso, porém, fecundo rito de passagem, capaz de apontar para a descoberta da verdadeira liberdade do espírito humano. No entanto, diante de tal sentimento de Beatitude e Graça, símbolos sociais que antes tinham algum importante significado para o ego, passam a deixar de fazer sentido e, automaticamente, sem o menor vacilo, são deixados para trás. Perceba também, que a "iniciada" precisou ter seus cabelos "cortados" — uma espécie de "chute psíquico" —, uma representação maior do abrir mão de nossas velhas raízes que são a base da antiga personalidade condicionada egoica. Aqui se apresenta também a primeira manifestação da "chama coronária", que queima os resquícios de uma antiga personalidade. A chuva, é a representação da graça recebida, como resultado do incial estado de prontificação, expresso na capacidade de escuta, a qual deu início a tão necessária "lavagem cerebral".
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Capítulo I
À você, ousado confrade, cuja missão sagrada está na retomada da negligenciada Arte de Cuidar do Ser que somos e que neste agora chuvoso, desperta para a possibilidade de um "emergencialmente fecundo despertar", meus sinceros votos de um excelente, contínuo e estruturante AGORA.
Toda doença, traz consigo um "Fator X", o qual apresenta semelhanças, seja no tocante aos sinais de sua manifestação e progressão, quanto nos sinais de seu devido restabelecimento. Em nosso caso, o "Fator X", o qual o finado fundador Bill W. — um ser humano por excelência, cuja mente e coração se encontravam "anos luz" da consciência coletiva reinante — nos dizeres do principio do 5º Passo de seu programa de recuperação para a doença do alcoolismo — doença essa, cuja própria Organização Mundial da Saúde atesta ter como parte de uma tríade, a estrutura mental (mental, emocional e, posteriormente física), o "Fator X", muito mais do que a superação dessa desestruturante compulsão química, está na tomada de consciência da "natureza exata" de todos os conflitos humanos. Sem a devida consciência daquilo que ele chamou de a "natureza exata" e que para nós é o "Fator X" que desencadeia a possibilidade de um descondicionamento holístico, não há a mínima possibilidade de vivenciar de forma direta aquilo que Bill W., nos dizeres do princípio do 12º Passo, codificou como um "experimento espiritual", ou um "Despertar Espiritual" capaz de propiciar o alcance de uma vida dotada de unidade interna entre mente e coração e, consequentemente, uma vida livre de conflitos, cuja base é um estado de bem-estar comum dotado da magnitude do amor e compaixão.
Nossa experiência tem demonstrado que, na grande maioria dos casos, a dor é a pedra de toque, da qual a Consciência Pura faz uso, para que, mesmo de forma vacilante, avancemos na escura selva de nossos herdados condicionamentos; selva esta que, uma vez atravessada, nos proporciona a retomada do contato consciente com aquele Sopro manso e suave, Aquela desconhecida Chama que na câmara oculta do sutil plexo cardíaco, silenciosamente nos habita e que, em última análise, É Consciência Pura. Temos percebido que, a razão direta de nosso sofrimento psíquico, emocional e físico, encontra-se sustentado numa estrutura possessiva, erguida secularmente no terreno do condicionamento parental e social, estrutura essa que alimenta a coletiva "Ilusão de Separatividade" a qual impede a livre expressão do Amor e Compaixão.
Uma vez, conscientes deste operante "Fator X", desta "natureza exata" de nossos conflitos, somos agraciados, sem o menor esforço de nossa parte, com a instalação de um "espaçoso observador interno" o qual, uma vez devidamente instalado, impede a continuidade da identificação reativa com toda expressão da rede do pensamento condicionado e seu processo divisor. No entanto, para que essa "Graça Iniciática" do "observador interno" possa se fazer manifesta, um pré-requisito se faz essencial: a capacidade de uma escuta atenta, não reativa, isenta de qualquer forma de julgamento, comparação ou da nossa fatídica tendência separatista de rotulação, esta sempre exercitada de forma mecânica, compulsória e inconsciente. Diante da constatação da grande dificuldade de chegar até esta mensagem com o necessário terreno fecundo, este expresso pela presença de uma mente aberta e uma boca silenciosa, é que nós, os primeiros confrades despertos, cunhamos a expressão "Chute psíquico", o qual, logicamente, de forma inicial e muito natural, soa mais como prepotência e arrogância de nossa parte e não, como um saudável e emergencial mecanismo de resgate, o qual não dá espaço para o exercício da democracia, muito menos, para negociáveis colocações autocentradas. Sem a dolorosa e curativa ação desse "chute psíquico", torna-se totalmente impossível o despertar do presente estado de sonambulismo, o qual mantém à todos na ilusão do acúmulo de conhecimento, sempre expresso de forma mecânica, como naquele velho e riscado disco de vinil, no qual, pela influência do modismo do condicionamento social, insistíamos em repetir somente as faixas de seu lado a. Para que o processo de descondicionamento holístico possa ter o seu início, aqui, se faz necessária uma grande dose de paciência, tolerância e, o principal: ousadia. Essa ousadia se expressa através do sincero desejo de superar a barreira inicial criada pelo medo do desconhecido e então, exercitar a arte de confiar, arte essa expressa por uma total entrega onde não há espaço para a análise e o julgamento, mas tão somente, para o exercício de uma escuta atenta, livre de escolhas, onde em última análise, dá-se a ocorrência da percepção pura entre o que é falso e o que é verdadeiro.
Uma vez, conscientes deste operante "Fator X", desta "natureza exata" de nossos conflitos, somos agraciados, sem o menor esforço de nossa parte, com a instalação de um "espaçoso observador interno" o qual, uma vez devidamente instalado, impede a continuidade da identificação reativa com toda expressão da rede do pensamento condicionado e seu processo divisor. No entanto, para que essa "Graça Iniciática" do "observador interno" possa se fazer manifesta, um pré-requisito se faz essencial: a capacidade de uma escuta atenta, não reativa, isenta de qualquer forma de julgamento, comparação ou da nossa fatídica tendência separatista de rotulação, esta sempre exercitada de forma mecânica, compulsória e inconsciente. Diante da constatação da grande dificuldade de chegar até esta mensagem com o necessário terreno fecundo, este expresso pela presença de uma mente aberta e uma boca silenciosa, é que nós, os primeiros confrades despertos, cunhamos a expressão "Chute psíquico", o qual, logicamente, de forma inicial e muito natural, soa mais como prepotência e arrogância de nossa parte e não, como um saudável e emergencial mecanismo de resgate, o qual não dá espaço para o exercício da democracia, muito menos, para negociáveis colocações autocentradas. Sem a dolorosa e curativa ação desse "chute psíquico", torna-se totalmente impossível o despertar do presente estado de sonambulismo, o qual mantém à todos na ilusão do acúmulo de conhecimento, sempre expresso de forma mecânica, como naquele velho e riscado disco de vinil, no qual, pela influência do modismo do condicionamento social, insistíamos em repetir somente as faixas de seu lado a. Para que o processo de descondicionamento holístico possa ter o seu início, aqui, se faz necessária uma grande dose de paciência, tolerância e, o principal: ousadia. Essa ousadia se expressa através do sincero desejo de superar a barreira inicial criada pelo medo do desconhecido e então, exercitar a arte de confiar, arte essa expressa por uma total entrega onde não há espaço para a análise e o julgamento, mas tão somente, para o exercício de uma escuta atenta, livre de escolhas, onde em última análise, dá-se a ocorrência da percepção pura entre o que é falso e o que é verdadeiro.
Uma vez superada essa barreira inicial da dificuldade de escuta, a qual é causada pelo reativo, mecânico e agitado papagaiar de seculares certezas incertas de segunda mão, o confrade devidamente "amaciado", desenvolve então, o necessário terreno fecundo, expresso por um estado de mente e coração abertos, terreno esse onde pode dar-se início à um gracioso período inicial de educação. A dificuldade aqui, se apresenta pelo fato de que, ao chegar nesta sala, o confrade se depara com uma linguagem que lhe soa totalmente estranha, algo parecido como essas escolas de idioma, onde, desde o primeiro dia, a conhecida e condicionada língua, precisa ficar do lado de fora da sala. Um novo idioma, se apresenta com as mesmas qualidades de um novo paradigma, o qual transforma num grande "0", a utilidade da língua e dos conhecimentos de até então. No entanto, depois de superada a timidez e a comicidade dois primeiros contatos, quando se instala o devido interesse pelo "novo", uma nova energia, um novo olhar e uma nunca antes experienciada capacidade de escuta, se faz presente e, o melhor, livre de qualquer esforço. Nossa experiência tem demonstrado que, só então, dá-se a instalação da capacidade de continuidade do "aprender", que se manifesta pela capacidade de observar e absorver, capacidade essa, que resulta no absolver e de toda forma de ilusório condicionamento. Foi diante dessa constatação, que nossos primeiros membros criaram o lema: "Observar e absorver para absolver". Resumindo em outras palavras, semelhantes aquelas que foram um dia deixadas por um grande poeta da Grande Vida, ainda que aqui se chegue com o desenvolvido dom da oratória livresca, dom este imitado da "língua dos homens, ou mesmo da língua dos anjos", sem a linguagem do amor que aqui encontramos — amor este que nada tem a ver com aquilo que pensamos ser amor —, nosso conhecimento sem propriedade e originalidade vida, de nada valia.
Todos nós sabemos por experiência direta o que isso significa, uma vez que quase todos nós, vivenciamos semelhantes experiências colhidas de forma entediante e, por vezes dolorosamente insatisfatórias, nas diversas "Oficinas do Ser" que nos precederam antes daqui. Todos nós, de forma consciente ou inconsciente, experienciamos na pele, o doloroso significado desta assustadora afirmação: "O inferno é repetição!" Todos nós sabemos o quanto é triste não encontrar nas falas daqueles que um dia tivemos por nossos mestres e ídolos, e por que fomos "iniciados", uma palavra se quer com aquele antigo frescor energético, que aos ouvidos do nosso Ser se mostre realmente relevante e nutritivo. Apesar de doloroso, foi esse período de inconformismo à uma atmosfera nada nutritiva, imposta pela repetição de conceitos, crenças, achismos e lemas conformistas, os quais não apontavam de forma alguma para a busca da "excelência do Ser que somos", foi que muitos de nós, por vezes com a mente tomada por indevida culpa e vergonha, devido ao fato de se ver com sentimentos contraditórios em relação aos locais e pessoas com os quais, um dia, fomos por eles "iniciados", é que nos deparamos com a "Porta estreita", difícil de ser atravessada por aqueles que são "ricos de conhecimento", porta estreita essa que se abre sozinha, sem o menor esforço de nossa parte, quando em nós se instala o sentimento de prontificação — muito bem expresso no 6º Passo dos grupos anônimos — o qual nos brinda com a dolorosa e fecunda Graça daquilo que convencionamos chamar de "O Deserto do Real"; expressão essa cunhada e muito bem expressa nos dizeres do filme "Matrix", o qual se mostra como uma excelente ferramenta para a compreensão da Jornada do herói, vacilantemente inserido na trilha menos percorrida, a qual aponta para a libertação das poderosas garras da herança cultural baseada no pensamento coletivo condicionado.
Foi diante de tal constatação que também criamos a expressão "senta aí, até ter certeza de ter alguma coisa realmente relevante para compartilhar"; expressão essa, cujo espírito original foi divinamente bem representado no filme "O poder além da Vida", o qual, juntamente com o filme "Matrix" e o filme "Revolver", escrito e dirigido por Guy Richie — sendo este último, para nós, os primeiros confrades — uma verdadeira obra prima no que diz respeito ao entendimento da manifestação da espiral do ciclo compulsivo e obsessivo, cuja "natureza exata" se encontra na rede do pensamento condicionado com seu processo divisor, o qual é formado por um arquivo de memórias repletas de "autônomas e mecânicas imagens e monólogos ritualísticos", o que também é muito bem apresentado nas cenas do filme, "Dark City — Cidade das Sombras". Finalizando este capítulo, fazemos questão de deixar registrado aqui, a grande importância do desenvolvimento e estudo de uma nova leitura mítica, arquetípica, no que diz respeito as mais variadas expressões da arte, em especial o cinema, a música e a poesia — expressões essas que são resultantes de nossa dimensão noética — e que se mostram como poderosas setas orientadores que, como nas palavras de Jiddu Krishnamurti, no avançar desta "Terra sem Caminho, por este mar desconhecido".
Um fraterabraço e um estruturante chute nas canelas!
Em amor e serviço, "Bem haja!"
Outsider44
_________________________Outsider44
Atenção: Perceba no vídeo abaixo, indicado pelo desperto confrade "Morpheus", a expressão exata deste texto, retratada no mesmo, o qual aponta para a necessidade de mente aberta, escuta atenta para a compreensão e incorporação de uma nova mensagem, a qual inicialmente se manifesta através de um desconhecido Verbo e que depois de assimilada, vira carne e habita em nós. Importante ressaltar que, essa compreensão pode ocorrer totalmente livre da idéia condicionante da necessidade de "tempo cronológico" para a assimilação da linguagem expressa em nossa Confraria.