- O que nos torna vulneráveis ao embotamento mental que nos impulsiona ao ajustamento servil?
- O que nos foi transmitido e ensinado que nos tornou espiritualmente prisioneiros do sistema estabelecido, impossibilitando o despertar de outra realidade existêncial?
- Quais são as atuais vozes de comando que impulsionam nossa vulnerabilidade, pela qual somos incitados ao ajustamento servil?
- Quais os gatilhos emocionais capazes de abalar nossa estrutura mental, emocional e física ao ponto de tal ajustamento?
- Quais os fatores internos e externos que impulsionam o ajustamento ao sistema estabelecido: submissa aceitação masoquista ou desenfreada e inconsequente busca de poder e prestígio?
- Por que pendemos, tão facilmente para a conformação e ajustamento ao sistema quando somos afetados por sentimentos de privação e insatisfação, seja física ou emocional?
- Por que boa parte de nossas escolhas não tem como base o estudo e comparação de princípios sadios, mas sim, pela irrefletida influência familiar, esperança de vantagens financeiras ou outros tipos de privilégios que adulteram o que realmente é de direito?
- O que nos torna incapazes de sustentar nossos princípios? E o que nos faz justificar tal incapacidade através do uso de argumentos pré-fabricados pelo sistema, os quais nos forçam ao agressivo conformismo robótico?
- Por que resistimos ao tipo de estudo que possa paulatinamente e irreversivelmente ir esgarçando as fortes ligas que nos prendem ao sistema estabelecido?
Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.
05 julho 2011
Perguntas para pessoas sérias
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Escolho meus amigos pela pupila
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde