Na infância, alguns de nós cantaram com tanta enfase e tão repetidamente aquela música que diz: ..."Marcha soldado, cabeça de papel, se não marchar direito vai preso pro quartel"... Que acabaram presos num modo de vida em que, literalmente, cabisbaixos, marcham com uma "cabeça de papel"... Com o papel das cartilhas escolares impostas pelos governos, com o papel dos livros dos lucrativos templos e igrejas, dos colégios, das universidades, dos tendenciosos jornais e revistas, com os papéis representados pelos atores globais de plástico sorriso pago e, quando fartos e desiludidos de tudo isso, apelaram para outra ilusão: a dos papéis dos gurus da auto-ajuda que em nada ajudam... Enquanto o ser humano não decidir rasgar essas desgastadas folhas limitantes; enquanto não se decidir por começar a ler o livro que realmente é, — não o livro que pensa ser — não terá ele como conhecer o final feliz que só pode ser escrito pelo seu próprio coração.
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