Pela manhã, recebi um e-mail de um grande amigo, cujo conteúdo, traz falas da confraria dos despertos, as quais compartilho com você leitor.
(...)
Creio ser possível estar afinado com as tendências mundiais sem ler ou assistir nenhuma mídia jornalística. As verdadeiras tendências mundiais, da humanidade vibrante deste globo - inversamente aos 'ilustres' telespectadores 'Globais' e honorável público da miséria alheia (ISTO É, VEJA, ETC.) - estão para além de qualquer relato jornalístico; e aquém da mínima noção de realidade, de verdade pujante.
Estou afinado com as tendências mundiais, com a humanidade viva com quem partilho nosso dia-a-dia, porque estou em contato contínuo com o humano em mim. Isto permite uma espécie de pressentimento dos movimentos que estão ocorrendo para além das minhas vistas, para além do que eu posso ler ou ouvir com os meus olhos e ouvidos. Nada há de especial em mim por conta disso; pelo contrário, continuamente estou me deparando com o mais vil dos criminosos e o mais milagroso dos santos, pois tanto o criminoso como o santo pertencem ao humano, estão contidos na natureza humana da qual eu sou um mero representante (confesso, há muito me falta esmero no zêlo desta representação).
Conto isso a você, Nelson, porque a aparente loucura destes dizeres ganha a revitalização de uma sinceridade que se recusa a ser rasa. Não saberia dizê-lo de outra forma que não fosse a escrita, que me permite a contemplação do meu estado de testemunha, réu, juíz, advogado e júri de mim mesmo.
Fico grato e gratificado.
Abraços a você e a Deca.
Liban