Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

11 maio 2011

Só a pessoa séria pode conhecer a vida



Pela manhã, recebi de um amigo on-line, um e-mail com a seguinte pergunta:

"Olá, saiu do orkut, eliminou seu perfil e deixou a comunidade? Amigo, porquê isso, que houve? Abraço."...

Minha resposta:

Caro amigo, espero que você esteja bem, vivendo bons momentos! 

Olha só, em resposta ao seu e-mail, cheguei a conclusão de encerrar minha participação no Orkut, com base que o mesmo só me tomava tempo, tendo como mínimo demais o "retorno nutricional".  

Estou vivenciando um momento de solitária caminhada num imenso deserto, onde o sol da visão se faz muito forte. Não dá para ficar carregando na mochila, aquilo que já não alimenta e nem mata minha sede. Compreende?

Estou prestes a encerrar também minha participação no Facebook. Só não o fiz, porque ainda tenho tido alguns poucos retornos interessantes e nutritivos. Estou em busca da minha turma, de pessoas que sintam o mesmo desconforto interno diante da mesmice estabelecida, e que não se nutrem mais com textos caretas, condicionados e por demais falidos, sempre com base em arcaicos sistemas de crença, ou então, com suas inúteis discussões de militâncias políticas, ou com as infantis distrações das "Fazendinhas, CityVille, Zynga Poker entre outras mais, sem falar na grande parte das discussões ligadas as trivialidades momentâneas, sempre alardeadas por uma mídia de valores corrompidos. Não dá mais: minha necessidade é grande e meus pares são impares. Decidi ficar apenas com o trabalho que faço nos meus Blogs e canal do Youtube:





Tenho por certo, o espírito contido na frase de krishnamurti: "Só a pessoa séria pode conhecer a vida, saber o que é a vida, e não aquele que busca por divertimentos". Estou cansado. Não encontro por pessoas cujo maior anseio seja se verem livres do embotamento cultural, ou da pesada rotina da qual são reféns. Não encontro pessoas assumidamente descontentes, ao contrário, todas se dizem felizes, realizadas, amantes, contentes com suas coleções de "tá tudo bem!". Eu não sou uma delas. Apesar de tudo ao meu redor estar bem, a inquietude interna, se mantém. Portanto, preferi dar mais atenção a mesma, do que me distrair com algo que não possa me ajudar em sua solução. Em meu deserto, não estou afim de me iludir com as miragens desse imenso deserto virtual. Portanto, decidi aplicar aqui na Net o mesmo que fiz em meu espaço físico: seguir em frente deixando para traz, a caravana dos contentes infelizes espiritualizados estabelecidos. Para mim, isso é um fato: a distração me trai e ao me trair, me destrói. Em vista disso, cada um na sua. Quem quiser realmente manter contato comigo, tem meu e-mail, meus blogs e os raros íntimos, o telefone de casa (não uso celular), e o endereço da Padoca, onde nos fins de semana, compartilho de uma boa prosa temperada com uma boa pizza e uns copos de cerveja. 

Continuo por aqui. 

Um forte abraço fraterno e força em sua caminhada!

Nelson Jonas

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!