Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

18 maio 2011

Semancol: o respeito ao outro


Ainda não é nada fácil para mim, lidar com a alheia falta de coerência, bom-senso, falta de respeito e capacidade de dar satisfação. Ainda me azeda o estômago ter meu espaço invadido e limitado. Acho um pé no saco ter que procurar ser assertivo - com quem não é assertivo - para ter que estabelecer limites saudáveis de relacionamento sem causar melindres. 

Fico me questionando: eu é que sou egoísta ou é o outro que carece de boas doses de semancol? 

Por que para os outros é tão difícil - antes de tomar uma iniciativa - tentar analisar como os outros diretamente afetados pela mesma, poderão se sentir? O que fizeram com a empatia?

Por que antes de tudo, não tentam se colocar na pele do outro? Com certeza, essa simples atitude poderia prevenir uma série de inconveniências, inclusive a de ser vista como uma pessoa "espaçosa". 

É o fim da picada me sentir constrangido por ter que defender o meu espaço. O fato é que essa falta de visão alheia  me deixa profundamente irritado, enquanto que o outro, não está nem aí.

O que está claro para mim, parece que ainda é escuro para o outro: o meu espaço, não é público e o espaço público não é meu.

Se já não é nada fácil amar o seu vizinho, imagine só, quando o mesmo insiste em invadir suas cercas. 

Fazer o que quando se vive na sociedade da incoerência? Hoje, como o que mais conta é o bem estar pessoal e não é mais o bem-estar comum, infelizmente, parece que só os loucos e brutos é que são respeitados. E a maior das incoerências: não pelo respeito em si, mas sim, pelo medo.

Nelson Jonas

Crédito: Fundação Oswaldo Cruz. Canal Saúde

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!