Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

09 março 2011

O motivo maior que anima um Outsider

observador
Foto: Andrea Zafra

O Outsider sente profunda urgência em se afastar dos costumes e práticas do burguês. Sente a necessidade de se manter alheio aos pensamentos, costumes e opiniões do mundo burguês, uma vez que este valoriza as coisas com as quais o Outsider não se vê atraído. Enquanto o burguês sente a necessidade de ter um lugar onde se estabilizar, o Outsider sente uma espécie de horror a um lar estável, fixo, e, assolado por uma inquietude nômade, sente o desejo de vagar pelo mundo, sem pouso. O Outsider é propenso ao ócio da vida nômade, com sua meditação contemplativa, a qual lhe confere uma acuidade na inteligência e na capacidade de juízo que raramente é encontrada no modo de vida burguês. Isto se dá pelo fato de que o Outsider, por meio de uma experiência passada, conservar a lembrança de um estado de bem-estar, de unidade e de felicidade, totalmente desconhecido do burguês, e é por este estado que sacrifica a comodidade e a idéia de segurança alimentada pelo burguês. A busca da consumação da felicidade propiciada pelo estado de ser experimentado no passado é um dos poucos motivos que anima o Outsider.

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!