Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

25 março 2011

Estão acabando com o planeta?

Responsabilidade Social

Estão acabando com o planeta? Quem? Os "grandes"? A mídia? Os pequenos? O povo? Mas, quem é o povo? Os grandes, a mídia e os pequenos não são o povo?

Na minha percepção, tudo que se vê, quando se mantem os olhos abertos, só ocorre com o CONSENTIMENTO popular, estes, sempre ávidos por consumo e o sonho de poder. Se os poucos "grandes" são responsáveis pelo manuseio exacerbado e inconsequente do planeta, não são os muitos "pequenos" responsáveis pelo consumo do que é gerado pelos grandes? E os muitos "pequenos", não sonham com as posições dos "grandes"? E, desses muitos "pequenos", quais se preocupam com esses questionamentos, sem se importar em vir a ser "grande"? A falta de interesse pelos questionamentos seria responsabilidade da mídia ou dos governantes? Seria correto responsabilizar somente a mídia por essa alienação? Quem quer ser consciente? Olho em minha volta, - e não estou cercado de pessoas desculturadas - e vejo que nenhuma delas quer saber de consciência. Elas são sedentas por consumo, poder, prestígio e atividades alienantes. É possível responsabilizar somente os "grandes" e a mídia pela escolha do "comportamento Pilatos" destas pessoas?... Não sei!

Acho que está todo mundo tão egocentrado, tão voltado para os próprios umbigos, com seus transitórios sonhos de consumo, que sobra pouquíssima energia, boa vontade e disposição para qualquer tipo de questionamento. O governo, desde que se fez governo, sempre deu aquilo que o povo quer e o povo dando ao governo aquilo que ele quer. Raros são os que trilham em direções não percorridas; poucos desses, viram blogueiros, que por muitos são tidos como alienados sonhadores a lutar contra moinhos...

E fica a pergunta: quem quer acordar? Quem quer lidar com a Real? Quem arrisca o pescoço?...

É um ciclo vicioso... Os governantes, os "grandes", os publicitários que controlam a mídia vieram de onde, a não ser do povo? E, você e eu, que dedicamos tempo e energia sobre estes questionamentos, não somos também povo? Será uma benção ou uma maldição ter aberto, - ou estar abrindo - os olhos?

Finalizando: se é que estão matando o planeta, quem o está fazendo é a sociedade humana. É uma sociedade de vários sócios, com cotas diferenciadas, mas, sócios! Se sai um sócio, entra outro. E só se mantém como sócio, quando a sociedade produz aquilo que lhe foi prometido. Enquanto o sócio tem aquilo que busca, por lá fica...

Estou tranquilo! Os tristes fatos ocorridos no Japão deixaram claro para mim que o planeta está longe de acabar. Quem pode acabar, são aqueles que se sentem sócios! Basta ele tremer um pouquinho mais forte, que os sócios não tem tempo nem para tremer!

Nelson Jonas

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!