Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

17 agosto 2015

Vá de retro

O processo imaginal da mente adquirida é muito rápido e enredante; ela se serve disso para evitar uma visão holística da realidade; esse é o modo que ela usa para dar continuidade à sua inconsciência debilitante, a qual impede a manifestação do amor.

Parte de nossos conflitos está na recusa de aceitar os conteúdos apresentados pela Consciência, os quais abalam a estrutura de um modo de vida inconsciente, o qual é a trave de tropeço para a manifestação do amor.

Os conteúdos apresentados pela Consciência visam a liberdade, sem a qual, o amor real não se manifesta.

Sem a liberdade criativa do amor, somos constantes prisioneiros de medos, ansiedades, apegos e compulsivas dependências.

Essa liberdade só surge quando desenvolvemos a capacidade de observar os conteúdos da mente sem qualquer tipo de escolha ou interferência, sem qualquer tipo de fuga ou alívio do que nos é apresentado. Os conteúdos da Consciência vão se apresentando sem esforço algum de nossa parte, mas em contrapartida, os mesmos se misturam com o imaginal da mente adquirida, o qual é repleto de medos e ansiedades. Isso é o que quer dizer a expressão: separar o joio do trigo

O conteúdo da Consciência aponta para a instalação da Verdade; já os conteúdos da mente adquirida, para a continuidade de mentiras e ilusões. 

Boa parte de nossas reações inconscientes e inconsequentes são resultado da desesperada fuga de nossos medos. Elas ocorrem pela nossa total incapacidade de "dar a outra face ao inimigo", ou seja, a face da observação sem escolhas.

Num primeiro momento, devido nossa imaturidade diante do processo de observação sem escolhas, observamos apenas nossas reações. Conforme essa observação deixa de "ser um verbo e passa a ser carne e habitar em nós", conseguimos o exercício da "observação relâmpago", ou seja, a observação no exato momento em que as imagens se apresentam na mente. É  aqui que a Consciência pode expressar: "vá de retro, satanás".

Outsider

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!