Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

27 agosto 2015

Grupos anônimos

Os grupos anônimos não colocam fim ao "eu"; ao contrário, o ajustam e o alimentam com a aceitação e a respeitabilidade. Contrariando a essência do anonimato, os grupos anônimos criam e alimentam autoridades espirituais, cuja base está no exercício do intelecto com as bases no conhecimento colhido do passado. Para conseguir essa autoridade, basta abrir mão da originalidade — ainda que adoentada —, e se agarrar ao processo de imitação. Ali, você não pode pensar, se esse pensar não estiver aparelhado, ajustado ao que é chamado de Tradições. Na quebra da Tradição, cai por terra a respeitabilidade. O culto às tradições denota um processo de busca de segurança coletiva, o que demonstra o medo como a base dessa relação. E onde está o medo, como pode haver o exercício da capacidade de expressar amor? Como escola iniciática, sem dúvida, é uma excelente opção; mas há que se seguir viagem, se o que se busca, é de fato a verdade.

Outsider

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!