Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

26 fevereiro 2014

Patchwork musical



Ando meio desligado
Eu nem sinto meus pés no chão
Olho e não vejo nada...

Será que alguma coisa,
Nisso tudo, faz sentido?..

Os livros na estante
Já não tem mais
Tanta importância
Do muito que eu li
Do pouco que eu sei
Nada me resta...

Ninguém tá me dizendo
O que eu quero escutar!

Ninguém tá me explicando
O que eu quero entender...

Será que existe alguém
Ou algum motivo importante
Que justifique a vida
Ou pelo menos este instante?...

Antes era só alegria,
O mundo não mordia.
A vida era doce,
Nem ardia!

Eu tô cansado de ficar aqui parado
só nessa masturbação mental.
Prefiro algo mais original...

Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir...

Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?...

Eu vou contando as horas...


A noite nunca tem fim
Por que que a gente é assim?

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!