Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

03 fevereiro 2014

Constatações sobre o hipnótico êxtase vedântico

Propagar um escapismo místico que se apresenta na esfera das ideias parece ser muito mais fácil e cômodo do que observar, compreender e transcender nossas dolorosas reações emotivas, nossas disfarçadas dependências, nossos hábitos, manias e tendências autocentradas (para não chamar de egoístas), as quais nos impedem de saber, por experiência direta, o que é o amor, o que é o Absoluto. Queremos provar da doçura do fruto, sem o trabalho de limpar o terreno e se dedicar ao plantio e colheita. 

A manutenção de nossa natureza egocêntrica adquirida ao logo dos anos e a experiência direta do Absoluto, ou da Realidade que somos, não podem ocorrer juntas. Não há como manter dois senhores. Portanto, é preciso muito cuidado com esta nova "droga" no mercado virtual: o "hipnótico êxtase vedântico" que nos lança numa ilusória "second life"...

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!