Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

04 agosto 2009

Reflexões sobre o sofrimento


Maioria de nós sofremos nas diversas formas de relações – com a morte de alguém, em não conseguir preencher-nos e nos frustrar tentando conseguir ou tornar-nos algo e ser um fracasso total. Existe todo o problema do sofrimento do lado físico da doença, a cegueira, a incapacidade, a paralisia, e assim por diante. Em toda a parte há essa coisa extraordinária chamada sofrimento com a morte nos esperando ao virar cada esquina. Como não sabemos encarar o sofrimento, assim nós o adoramos, racionalizamos, ou tentamos de fugir dele. Indo para qualquer igreja cristã iremos achar o sofrimento adorado, transformado em algo extraordinário, sagrado, e é dito que somente através do sofrimento, através do Cristo crucificado, é que podemos encontrar Deus. No Oriente possui as suas próprias formas de fuga, outras maneiras de evitar o sofrimento e parece-me uma coisa extraordinária que tão poucos, no Oriente ou Ocidente, estão realmente livres do sofrimento. Seria uma coisa maravilhosa se neste processo escutássemos – impassivelmente, não sentimentalmente – o que está sendo dito... se realmente pudéssemos compreender o sofrimento e libertar-nos totalmente dele, porque então não haveria frustração, nem ilusão, nenhuma ansiedade, nem medo, o cérebro funcionaria clara, aguda e logicamente. E talvez, depois, conhecêssemos o que é o amor.

Autor: Krishnamurti – O Livro da Vida

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!