Existem coisas
Que me são urgentes
E outras que me são essenciais
E destas últimas
Urgência tenho.
Persistem em mim
Experiências cravadas
Que em nada
São-me sagradas.
É por causa destas
Que urgência tenho
Da Sagrada experiência
Que craveje minha consciência
Com a sapiente inteligência.
Existem coisas
Que me são urgentes
E outras que me são essenciais
Enquanto outras tantas
Já não mais.
E ao som contínuo
Dos pingos da chuva branda
No peito, feito Tsunami em fúria
A essencial emergência de experiência
Da Inefável e Sagrada Presença
Do Ser que me fez ser
E por quem hoje e sempre sou.
Enquanto isso,
Neste eterno agora
Como no silêncio de um ser em luto
Rememoro a lembrança infinita
Da experiência transformadora
Da voz firme e suave do Absoluto.