Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

29 janeiro 2008

A urgente e necessária essencialidade do Ser

Existem coisas
Que me são urgentes
E outras que me são essenciais
E destas últimas
Urgência tenho.

Persistem em mim
Experiências cravadas
Que em nada
São-me sagradas.

É por causa destas
Que urgência tenho
Da Sagrada experiência
Que craveje minha consciência
Com a sapiente inteligência.

Existem coisas
Que me são urgentes
E outras que me são essenciais
Enquanto outras tantas
Já não mais.

E ao som contínuo
Dos pingos da chuva branda
No peito, feito Tsunami em fúria
A essencial emergência de experiência
Da Inefável e Sagrada Presença
Do Ser que me fez ser
E por quem hoje e sempre sou.

Enquanto isso,
Neste eterno agora
Como no silêncio de um ser em luto
Rememoro a lembrança infinita
Da experiência transformadora
Da voz firme e suave do Absoluto.

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!