Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

16 outubro 2015

A trilha menos percorrida

Para onde aponta a atenta observância do Paradigma Holotrópico? Assim como em várias escolas iniciáticas, aponta para a retomada da consciência de nossa inerente divindade. No entanto, enquanto identificados com a mente adquirida e suas paixões, manias, tendências, absurdas crenças e infundados preconceitos, não há como ocorrer uma busca consciente pelo retorno desse estado de ser em divindade.

É preciso ter consciência de que não há autoconhecimento sem um prévio trabalho de egoconhecimento. É preciso um sério trabalho de reparação e depuração, ou seja, um trabalho que nos prontifique para tal retorno. É preciso depurar-nos do orgulho e suas incontáveis resultantes (um trabalho que se mostra bastante doloroso); mas não há outro modo: sem humildade, não há retorno à Divindade que somos. Sem o silêncio de nossos vários "cios", o SI MESMO, não se manifesta. 

O egoconhecimento e o resultante silenciar de nossas paixões, inevitavelmente, lança-nos num enorme deserto do Real; para tudo que olhamos e tocamos, não encontramos o mínimo reflexo do Real. O egoconhecimento traz consigo a reorientação do desejo, para que Deus seja.

A maturidade nos chega quando tomamos a consciência, de modo holístico, de que valores finitos não podem saciar essa enorme sede do Infinito. Quando todos os pensamentos se fundem num só pensamento, estamos próximos da manifestação do autoconhecimento, ou seja, de conhecer, por nós mesmos — e não mais pelos ditos de terceiros — a realidade da divina substância que somos, com seu inenarrável e glorioso estado de ser.

Essa é a trilha menos percorrida; essa é a jornada do herói; essa é a estrada dos corajosos Outsiders. O resto, é só coloridos desvios...

Outsider

Gostou? Então compartilhe!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Postagens populares

Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!